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MYERS, D. & DEWALL, N. Psicologia. Rio de Janeiro LTC, 2017. Cap. 5 (Sensação)

Por:   •  11/8/2019  •  Bibliografia  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  892 Visualizações

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Sensação

Sentindo o Mundo: Alguns Princípios Básicos

Limiares Adaptação Sensorial

Visão

O Input do Estímulo: Energia da Luz

O Olho

Processamento da Informação Visual

Visão de Cor

Audição

O Input do Estímulo: Ondas Sonoras O Ouvido

Perda de Audição e Cultura de Surdos

Os Outros Sentidos

Tato

Paladar

Olfato

Posição e Movimento do Corpo

Restrição Sensorial

No mundo exterior, incontáveis estímulos bombardeiam seu corpo. Num mundo interior, silencioso e acolchoado, em total escuridão, flutua seu cérebro. Estes fatos levantam uma questão que antecede a psicologia em milhares de anos e ajudou a inspirar seus primórdios, há um século: Como o mundo exterior consegue entrar?

Para modernizar a pergunta: Como formulamos nossas representações do mundo exterior? Como representamos o bruxulear de uma fogueira de acampamento, a lenha crepitando, a fragrância enfumaçada, como padrões de conexões neuronais ativas? E como dessa neuroquímica viva criamos a experiência consciente do movimento e da temperatura do fogo, seu aroma e beleza?

Para representar o mundo exterior em nossa cabeça, devemos detectar a energia física do ambiente e codificá-la como sinais nervosos, um processo tradicionalmente chamado sensação. E devemos selecionar, organizar e interpretar nossas sensações, um processo tradicionalmente chamado percepção. Em nossas experiências cotidianas, sensação e percepção se misturam num processo contínuo. Nos Capítulos 5 e 6, vamos reduzir a velocidade desse processo para estudar suas partes.

Neste capítulo, começaremos com os receptores sensoriais e continuaremos até os mais elevados níveis de processamento. Os psicólogos referem-se à análise sensorial que começa do nível: de entrada como processamento de baixo para cima. O capítulo seguinte focaliza como a mente interpreta o que os sentidos captam. Formamos as percepções baseados não apenas nas sensações que “sobem” para o cérebro, mas também em nossa experiência e expectativas. Os psicólogos chamam isso de É processamento de cima para baixo.

As falhas de percepção podem ocorrer em qualquer ponto A entre a captação sensorial e a interpretação perceptiva. Por exemplo, os olhos de uma pessoa que nascem com catarata “| podem ser incapazes de captar a luz, tornando inútil o equipamento de processamento visual de nível superior do - cérebro. Pacientes com lesão cerebral revelam a importância de | outros elos na corrente sensação-percepção. Depois de perder 1 uma área do lobo temporal essencial para reconhecer rosto, a a paciente “E. H.” sofre de uma condição que se chama É prosopagnosia. Ela tem a sensação completa, mas à percepção 4 incompleta. Pode sentir a informação visual — na verdade, pode 4 até descrever feições com precisão, mas não é capaz de E reconhecer um rosto. Diante de um rosto desconhecido, não tem qualquer reação. Diante de um rosto familiar, seu sistema nervoso autônomo reage com uma transpiração considerável. Mesmo assim, ela não tem a menor idéia de quem é a pessoa. Diante do próprio rosto no espelho, ela fica também perplexa. Por causa da lesão no cérebro, não consegue processar de cima para baixo; não pode relacionar seu conhecimento acumulado com o input sensorial.

Sentindo o Mundo: Alguns Princípios Básicos

Começamos com questões pertinentes a todos os sistemas sensoriais: que estímulos atravessam o limiar para a percepção consciente? Podemos ser influenciados sem saber por estímulos subliminares, que são fracos demais para serem percebidos? Por que não temos consciência de estímulos constantes, como por exemplo o relógio que se comprime contra o pulso?

Os sistemas sensoriais permitem que os organismos obtenham 4 as informações de que precisam. Considere:

• Uma rã, que se alimenta de insetos voadores, tem olhos com células à receptoras que só são acionadas em reação a objetos pequenos e escuros em movimento. Uma rã pode morrer de fome cercada por moscas imóveis. Mas basta uma única mosca voar e as células "detectoras de insetos” da rã entram em ação no mesmo instante.

• Um bicho-da-seda macho tem receptores tão sensíveis ao odor do atraente sexual da fêmea que uma única fêmea precisa liberar apenas 0,000000028 grama por segundo para atrair todos os machos num raio de um quilômetro e meio. E por isso que o bicho-da-seda continua a existir.

• Nós, humanos, também somos projetados para detectar os detalhes que consideramos importantes no ambiente ao redor. Nossos ouvidos são mais sensíveis às frequências de som da voz humana.

Os dons sensoriais da natureza atendem às necessidades de cada organism vivo.

Limiares

Existimos num mar de energia. Neste momento, você e eu somos atingidos por raios X e ondas de rádio, luz ultravioleta e infravermelha, e por ondas sonoras de frequências muito altas e muito baixas. Mas para tudo isso somos cegos e surdos. As cortinas de nossos sentidos abrem-se apenas por uma fresta, “permitindo-nos um conhecimento restrito desse vasto mar. A psicofísica é o estudo da maneira como essa energia física se relaciona com nossa experiência psicológica. Que estímulos podemos detectar? Com que intensidade? Até que ponto somos sensíveis à mudança de estimulação?

Limiares absolutos

“Temos uma sensibilidade refinada para alguns tipos de stímulos. No alto de uma montanha, em total escuridão, numa oite clara, podemos ver, dispondo de sentidos normais, a chama de uma vela no alto de outra montanha, a 50 quilômetros de distância. Numa sala silenciosa, podemos ouvir o tique-taque de um relógio a 6 metros de distância. Podemos sentir a asa de uma abelha roçando em nosso rosto. Podemos sentir o cheiro - de uma única gota de perfume num apartamento de três cômodos (Galanter, 1962).

Nossa consciência desses tênues estímulos demonstra os limiares absolutos — a estimulação mínima necessária para detectar um estímulo específico (luz, som, pressão, gosto, odor). “Os psicólogos em geral medem o limiar absoluto pelo

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