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Resenha - Estadio Do Espelho

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Por:   •  5/10/2013  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  2.014 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: Escola Francesa da Psicanálise

Sobre o texto: O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica

O ser humano nasce prematuro. Não possui coordenação motora e precisa de um apoio para se sustentar. O chimpanzé supera, por algum tempo, a inteligência instrumental do bebê. Porém, este consegue reconhecer sua imagem no espelho, enquanto para aquele sua imagem especular lhe é indiferente. Com este fato da psicologia comparada Lacan começa a descrever como se dá a formação do eu.

A partir da idade de seis meses, a criança diante do espelho experimenta a relação entre a imagem virtual e a realidade. Sua imagem, contudo, não corresponde à sensação de seu corpo fragmentado, por causa da impotência motora e dependência do outro. Nesse momento ela vivencia sua discordância de sua própria realidade, ou seja, a oposição entre imagem e realidade. Só há uma possibilidade para o sujeito: a alienação. Essa alienação representa a identificação do sujeito com o outro e a unificação do seu corpo pela tomada do corpo do outro como seu próprio. A criança antecipa seu amadurecimento através do corpo do outro.

Lacan afirma que a função do estádio do espelho é estabelecer uma relação do organismo com sua realidade, do Innenwelt com o Umwelt. Mas essa relação é alterada pela insuficiência orgânica de sua realidade natural, que destina o sujeito à antecipação (representada pela fantasia da transformação da imagem despedaçada em uma totalidade) e à identidade alienante, que marcará com sua estrutura rígida todo seu desenvolvimento mental. O corpo despedaçado mostra-se nos sonhos sob forma de membros disjuntos e órgãos que criam asas e no plano orgânico, nas linhas de fragilização que define a anatomia fantasística, manifesta nos sintomas de esquize ou de espasmo da histeria.

O estádio do espelho se conclui na separação do sujeito com o outro, quando a criança percebe que seu corpo é distinto do corpo do outro. Isso acontece com a inscrição do Nome do Pai, que são as leis e limitações naturais. A partir das identificações com o outro e o desenrolar do complexo de Édipo se formará a estrutura que regerá o sujeito nas situações sociais. Quando ocorre a separação com a inscrição do significante do Nome do Pai, a criança é castrada e se constitui em um sujeito faltante. Se não ocorrer a separação a criança permanece como objeto a da mãe e está destinada a realizar as fantasias desta.

Segundo Lacan a diferença entre a imagem especular e a realidade permanecerá. Assim o sujeito nunca terá uma percepção do seu corpo real, sendo esse desconhecido por ele, mas visto pelo outro. O sujeito dependerá do olho do outro para construir sua própria imagem, ou seja, necessita de um constante reconhecimento do outro.

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