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Resenha texto Conto Le Horla

Por:   •  16/2/2016  •  Resenha  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  811 Visualizações

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Thaynara de Oliveira

Curso de psicologia 1º período/ Universidade Federal Fluminense

 A sensação de ler o conto Le Horla de Guy de Maupassant é um misto de curiosidade, terror e surpresa. Este conto envolve o leitor de tal forma que nos leva encarar as experiências do personagem até mesmo como se estivéssemos no lugar dele. Os pensamentos e ações do protagonista não deixam os acontecimentos óbvios, por isso tamanha surpresa a medida do desenrolar da estória. O formato do texto, como se fosse um diário trás bastante proximidade ao leitor, permitindo perceber os fatos de forma gradual.

 Texto de angústia, obsessão, no qual o personagem principal se vê emergido em grande tristeza e cansaço emocional devido a um ser superior a nós humanos, que o aterroriza, deixa-o doente em um estado de profundo medo. Esse ser o Horla se alimenta de água e leite e deixa a imaginar que também se alimente de sua alma, felicidade, fazendo que fique em estado de exaustão. Pela manhã percebeu que seu copo de água estava vazio, sendo que não havia bebido água durante a noite. Logo pensou que devia ser sonâmbulo, a partir desse momento fez vários experimentos para comprovar que não era sonâmbulo ou apenas uma paranóia.

 O personagem resolveu partir para uma viajem a fim de relaxar, desviar sua atenção para outras coisas. Teve na sua viajem experiências bastante peculiares. A primeira delas foi a conversa com o Monge, bastante reflexiva sobre o que podemos ver se somente o que vemos é digno de ser considerado real. O monge fez a comparação com o vento, disse-lhe sobre sua força, como o sentimos, mas não podemos vê-lo. Esse diálogo foi crucial, pois se contrapôs a incredulidade que ele tinha. A certeza apenas das coisas que vê, ignorando os outros sentidos, baseando o real apenas no que por ele pode ser tocado e visto. Sendo que a realidade é relativa, a representação é diferente para cada pessoa, mudando pelo seu significado e experiência que vai ter para cada um de nós.

A outra experiência foi presenciar um momento de hipnose no qual sua prima passou. Ela foi hipnotizada, e foi ordenado que pedisse emprestados cinco mil francos ao seu primo, sendo que ele sabia que ela não necessitava daquele dinheiro. Mas a angústia que ela sentiu ao insistir para que ele emprestasse o dinheiro, fez com que ele percebesse que foi justamente o que sentia em relação aquele ser invisível que habitava sua casa. Era como se não tivesse mais vontade própria, ele tomava seu ser e suas vontades. Necessidade de algo, que não era próprio e a necessidade do seu eu, ficava em segundo plano.

 Há uma grande dúvida no texto. Pois ao mesmo tempo em que O Horla parece tão real, pode ser tudo apenas fruto da imaginação do protagonista, tudo uma grande paranóia. O final impactante apenas dá mais ênfase a essa segunda possibilidade. Chegando ao seu limite, ele tenta de todas as formas acabar com sua angústia. Chegando ao extremo de colocar fogo na sua própria casa. Porém algo dentro dele diz que não havia acabado, por mais que tenha lutado e ter perdido tantas coisas para obter sua liberdade novamente. Como se o que estava atormentando fora, também pudesse estar dentro.

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