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Resumo do Livro Psicodiagnóstico - cap. 1, 2 e 3

Por:   •  27/6/2023  •  Resenha  •  2.157 Palavras (9 Páginas)  •  86 Visualizações

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Psicologia

Jade Almeida Ferreira Façanha Cavalcante

PSICODIAGNÓSTICO

Fortaleza

2023

V1

  • CAPÍTULO 1: Conceituação de psicodiagnóstico na atualidade

        É muito comum no Brasil, avaliar o paciente para obter um diagnóstico e os profissionais usam o termo “psicodiagnóstico” para denominar essa avaliação. Porém, esse termo é mais utilizado quando na avaliação se usam testes psicológicos, caso não utilize o termo mais apropriado seria avaliação clinica, avaliação psicológica ou até entrevista preliminar.

        Essa questão de precisar ou não de testes, há divergências de opniões em alguns autores, Arzeno defende que nem toda avaliação precise ser utilizado teste, logo não utiliza o termo “psicodiagnóstico” nas avaliações que não utilize testes e Cunha defende a mesma ideia. Essa “disputa” de qual nome utilizar é meio em vão, pois o que de fato importa é a avaliação com caráter investigativo e qual o diagnóstico e não quais os instrumentos que serão utilizados nesse processo.

        Segundo o CFP, a avaliação psicológica pode ocorrer com ou sem uso de testes, porém diferencia avaliação psicológica de testagem psicológica, onde o foco é utilização dos testes e o termo “psicodiagnóstico” aparece na versão de 2013 como uma modalidade da avaliação psicológica.

DEFINIÇÃO DE PSICODIAGNÓSTICO:

        É um procedimento científico de investigação e intervenção clínica, com limite de sessões, que pode utilizar testes ou não, independente da abordagem do profissional, com o propósito de avaliar características psicológicas, cujo objetivo é obter diagnóstico psicológico para nortear o processo terapêutico. A utilização dos testes não pode invalidar a teoria, se não, vai ser realizado um diagnóstico de forma ateórica, o profissional tem que utilizar seu embasamento teórico junto com os testes.  

        O psicodiagnóstico abrange qualquer avaliação psicológica que utilize uma ou mais técnicas (observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos, etc.). Na área jurídica e organizacional, não é sugerido utilizar o termo psicodiagnostico, por que é diferente do contexto clínico.

  • CAPÍTULO 2: Psicodiagnóstico: formação, cuidados éticos, avaliação de demanda e estabelecimento de objetivos

        O psicólogo deve avaliar com cuidado a demanda que trouxe o paciente ou a forma que foi encaminhado para realizar um psicodiagnóstico. É necessário um preparo teórico para realizar o psicodiagnóstico, que se inicia na graduação de Psicologia, em sequência cursos de extensão, especialização, mestrado e doutorado. Além do preparo técnico, é preciso ter a capacidade de reflexão sobre os aspectos éticos inerentes à realização da atividade, importante está sempre atualizado nas questões teóricas, ter conhecimento e praticar as exigências do código de ética do CFP e investir no seu desenvolvimento pessoal, como fazer terapia, é importante o autoconhecimento e não é adquirido em leituras, além da supervisão e a experiência adquirida nos atendimentos clínicos.

        O Ministério da Educação exige que algumas competências sejam trabalhadas na grade curricular do curso de psicologia que são desenvolvidas em algumas disciplinas para capacitar o profissional a fazer avaliação psicológica, porém, muitas vezes profissionais recém formados ainda não estão completamente capacitados no quesito avaliação psicológica, fazendo-se necessário esses investimentos citados acima.

        Como foi dito anteriormente, uma das primeiras coisas para que se consiga fazer um psicodiagnóstico é entender qual demanda trouxe o paciente até o setting, quando há uma pergunta para ser respondida, porém, alguns pacientes não conseguem elaborar qual a questão que lhe levou a procurar a avaliação e acaba trazendo queixas genéricas, de forma ampla. Quando ocorre assim, é recomendado que se inicie com entrevistas para compreender melhor qual a demanda e a partir de então, pensar em um planejamento da avaliação, apesar desse primeiro momento já fazer parte da avaliação.  Escolher bem as perguntas auxilia na confirmação de hipóteses.

        O encaminhamento também é importante e preciso ter cautela, por que pode ocorrer de encaminhar paciente para um psicólogo que só realize psicodiagnóstico, mas aquele paciente também precise de alguma intervenção clínica, tem que ser observado esse ponto e que pode ser um contratempo.

        Em caso de crianças, muitas vezes o encaminhamento vem da escola e o psicólogo é a primeira pessoa a olhar aquela criança de forma global, observando aspectos emocionais e cognitivos, pois uma dificuldade de aprendizagem, por exemplo, pode ser um problema de visão, problema familiar, não necessariamente um transtorno. Antigamente, era mais comum as pessoas serem encaminhadas ou chegarem em busca da avaliação com objetivo de obter um diagnóstico, mas agora muitos já vem com um diagnóstico de outro profissional, sendo encaminhado ao psicólogo para a) realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico; b) realizar o diagnóstico diferencial; c) identificar forças e fraquezas do paciente e de sua rede de atenção visando subsidiar um projeto terapêutico; d) ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração de um entendimento dinâmico, alicerçada em teoria psicológica; e e) refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso.

        Portanto, o psicólogo realizará primeiro a avaliação da demanda para depois estabelecer os objetivos do psicodiagnóstico e ver quais aspectos deverão ser priorizados, Segundo Cunha (2000), precursora do psicodiagnóstico em nosso meio, os objetivos podem priorizar: a) a classificação simples; b) a descrição; c) a classificação nosológica; d) o diagnóstico diferencial; e) a avaliação compreensiva; e) o entendimento dinâmico; f) a prevenção; g) o prognóstico; e h) a perícia forense, que se diferencia bastante do contexto clínico e acaba exigindo conhecimentos técnicos específicos.

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