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TEA - Transtorno do Espectro Autista e o ABBA

Por:   •  9/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  646 Palavras (3 Páginas)  •  682 Visualizações

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Um dos tópicos aos quais eu não tinha conhecimento sobre e acabou se mostrando muito interessante para mim foi o que abordava os métodos e protocolos de avaliação do TEA. Apesar de conviver e conversar bastante com uma profissional da área (minha mãe é psicopedagoga), não conhecia muitos dos métodos utilizados no tratamento do autismo. Na verdade, sabia que existiam, mas só tive contato com uma anamnese, que é o primeiro passo para conhecer melhor o mundo e a história de um possível paciente com o TEA.

A princípio, o uso do ABA me assustou, uma vez que nada mais é do que um adestramento. A imagem de ver uma criança ser “treinada” como um cão me chocou, mas ao mesmo tempo, a evolução me mostrou que é possível adequar uma criança autista às atividades diárias dela e ver seu desenvolvimento.

Dentro do ABA, o Treinamento de Resposta Dinâmica (PRT) muito me interessou, uma vez que ele dá liberdade à criança, para que ela seja independente e estimula sua autonomia, ou seja, ela se sente mais à vontade para se desenvolver, uma vez que pode escolher a atividade que será trabalhada.

Este é um tipo de tratamento de intervenção comportamental, derivado do trabalho de Koegel, Schreibman, Dunlap, Horner, e outros pesquisadores. Durante tais pesquisar, foram identificados em crianças com autismos, certos comportamentos centrais, tais como a motivação e a responsividade à estímulos múltiplos. O PRT proporcionou, então, mudanças positivas a esses comportamentos identificados, que acarretam mudanças significativas sobre outros comportamentos ligados à linguagem e interação social.

O treinamento de Respostas Pivôs (PRT) fornece uma diretriz para as competências pedagógicas e tem sido mais bem sucedido para habilidades de interação no jogo, linguagem e social em crianças com autismo.

Dentre os principais componentes do PRT, temos que, em primeiro lugar, a criança será responsável por definir o objeto que será usado pelo profissional para ensiná-la. Sendo assim, ela tem o poder de escolha, tornando o controle da atividade compartilhado e ela se sinta motivada a aprender. Além disso, as instruções dadas (bem como as oportunidades apresentadas), tem de ser clara, de modo a garantir que a criança está prestando atenção e recebendo as informações passadas. É importante também reforçar o comportamento natural desejado, ou seja, se a criança diz “boneca”, ela deverá receber o objeto boneca e não um elogio. Por último, mas não menos importante, deve-se oferecer à criança, estímulos múltiplos, aumentando a capacidade de resposta dela. Por exemplo, pode-se usar dois objetos diferentes associados ao mesmo verbo como “rolar a bola” e “rolar a roda do carrinho” e, em seguida, usar o verbo “jogar a bola”. Dessa maneira, a criança será capaz de diferenciar a bola da roda e identificar que a bola pode ser rolada ou jogada. Da mesma forma podemos incentivá-la multiplamente apresentando mais de um componente (um vestido ou um vestido rosa, por exemplo).

A utilização do PRT como metodologia de avaliação e intervenção é muito importante uma vez que ele visa ensinar às crianças autistas a usarem estratégias para ter um ganho de atenção, para estender a conversa, narrar situações. Além disso, ajuda o cuidador a oferecer opções para manter a motivação, reforçar as tentativas, incentivar a conversa e modelar o comportamento social da criança.

O PRT é, portanto, um programa de intervenção baseado nos interesses e iniciativa da criança que tem como objetivo desenvolver quatro áreas fundamentais para o desenvolvimento: a motivação, a resposta a múltiplos estímulos, a autogestão (autonomia) e as respostas auto iniciadas. Além disso, segundo a Cooperativa de Solidariedade Social Focus, acredita-se também que uma quinta área também seja investigada e desenvolvida: a empatia. Tais áreas, como dito anteriormente, são responsáveis por desenvolver outras áreas do funcionamento psicossocial, se estimuladas corretamente.

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