Saude Mental E Familia

Transtorno Mental e Família: Perspectiva através da consideração do Programa Saúde da Família.

Universidade Cruzeiro do Sul

Área de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Psicologia 2012

Transtorno Mental e Família: Perspectiva através da consideração d Programa de Saúde da Família.

Trabalho apresentado na área de Ciências Biológicas e da Saúde no curso de Psicologia, atendendo às exigências da disciplina de Psicologia Social II, sob orientação do profº Ms. Cláudio Cobianchi.

2012

Sumário

Introdução...............................................................................................01

Desenvolvimento Teórico.....................................................................

Caracterização da Instituição Investigada................................................

Dados Gerais...........................................................................................

Conteúdo Básico da Instituição..................................................................

Resultado da Investigação.....................................................................

Depoimento dos Integrantes da Equipe.................................................

Jéssica Tomaz...................................................................................

Bruna Castro..................................................................................

Conclusão...................................................................................................

Referências Bibiográficas...........................................................................

Anexos......................................................................................................

Introdução

O presente trabalho tem como tema central o transtorno mental e família, considerando aspectos característicos e emergentes deste processo, bem como o comportamento com a qual as famílias utilizam-se frente esta condição. A perspectiva ao tema constrói-se através da consideração do programa de saúde da família, sendo este o campo de nossa pesquisa e de observação do fenômeno, Unidade de Saúde da Família.

Como respaldo teórico a este trabalho, há presença de referências literárias que abordam o tema, transtorno mental e família, e que nos fornecem subsídios para construção de conhecimento sobre o assunto. Estes textos descrevem o processo de evolução sobre a consideração social da loucura e o drama vivenciado pelo contexto familiar. Materiais teórico-informativos publicados pelo Ministério da Saúde em 1997 e 2005 que apresentam uma nova estratégia pública de atenção à saúde mental no Brasil são também para os textos que se seguem, fontes sobre planejamento e propostas à assistência à saúde mental no país.

Desenvolvimento teórico

Para compreensão da problemática apresentada sobre o tema, Transtorno metal e Família - Perspectiva através da consideração do Programa Saúde da Família faz-se necessário a articulação histórico-bibliográfica construída sobre a relação; assistência à saúde, paciente e família, utilizando a ênfase aos novos programas públicos propostos ao longo dos últimos anos.

Objetivando a construção harmônica sobre o assunto, a evolução da assistência à saúde mental coloca-se em primeira instância, sendo que, o surgimento de alternativas de assistência aos portadores de transtorno mental constrói-se através do processo de transformações da prática psiquiátrica partindo de novas conceituações teóricas desenvolvidas durante o processo de reforma.

A loucura nunca foi vista da mesma forma por diferentes culturas em diferentes épocas, o “louco” que era visto de maneira “aceitável” passa a assumir uma nova condição na contemporaneidade, visto então como um problema a ser curado. Sendo assim, a maneira de se lidar com a loucura também não foi a mesma ao longo dos tempos.

Através desta consideração, não há como excluir o papel da psiquiatria tradicional neste contexto que, através da utilização de recursos cruéis e inescrupulosos propunha-se resolver o “problema” de desordem social que estes “cidadãos” propiciavam.

A Psiquiatria surge em resposta do interesse social de normatização, trazendo consigo o tradicionalismo médico de focalização sobre a doença, sintomas, medicalização de uma situação instalada etc. Juntamente a esta, as instituições de respaldo deste sistema apresentam-se como depositários de deslocados socialmente, pessoas que por não se enquadrarem arriscam a ordem social.

A representação cinematográfica, “Bicho de sete cabeças.”, considerado a partir do conceito de manutenção da ordem social e práticas arcaicas de “promoção” à saúde mental, é um bom exemplo sobre esta questão. Neste filme o pai, por não aceitar as transformações de conduta do filho, toma uma postura autoritária e absoluta ao interna-lo em um hospital psiquiátrico de práticas tradicionais e maléficas.

Não deve ser ignorada a conclusão de que a “loucura” é presente em todos de maneira mais ou menos intensa. Segundo Jonas Melman, o “louco” é uma construção social, um papel determinado para que os devaneios da humanidade sejam alocados.

“O paciente, ao carregar o papel de doente do grupo, permite que os outros caminhem relativamente bem e se encontrem protegidos dos sintomas mais graves”. (MELMAN, 2001 p.64)

Deve-se haver a conscientização de que questões sociais têm intensidade colaborativa sobre o transtorno mental, isso fica claro através de diversas considerações, porém nesta ocasião a utilização do exemplo de Estamira, senhora de 60 anos, “trabalhadora” de um “lixão” no Rio de Janeiro, que teve sua vivência relatada em um documentário de leva seu nome, podemos observar a realidade do sofrimento e miséria como desencadeador à condição de transtorno. Não somente, este documentário nos revela o sofrimento enfrentado pelo contexto familiar e a dificuldade assistencial, sobre isso tratará posteriormente.

Neste sentido