TRABALHO DE OBSERVAÇÕES DE PSICOLOGIA DO COTIDIANO

UNIVERSIDADE PAULISTA DE BRASÍLIA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

TRABALHO DE OBSERVAÇÕES

DE PSICOLOGIA DO COTIDIANO

Local: Metro/DF  Horário: 10:30 – 11:00 horas

Tempo de observação: 30 minutos

Estou no metro na estação guariroba para ir a faculdade por volta das 10 horas, o vagão esta vazio, há lugares para sentar, me sento no fundo no canto, na próxima estação entrou um rapaz, estava vestindo uma roupa toda preta, botas, jeans escuro, casaco preto, camiseta preta com o desenho da bandeira gay, brincos grandes, maquiagem e batom escuro, com um cabelo azul, quase preto, ele tem uma aparência forte, aparenta ter no máximo 22 anos.

O rapaz se senta e ao lado dele havia um lugar vago, aos poucos o trem foi enchendo e este lugar ao lado do rapaz continuou vago. Observei as pessoas olhando e desviando o seus olhares quando encontravam o do rapaz. Várias pessoas ao redor em pé e o lugar vago ao lado do rapaz aparentemente diferente daquele ambiente. A aparência evidência a teoria de que as relações sociais são constituídas e o gênero manifesta-se nos símbolos culturais, nos conceitos normativos, na política, nas instituições e organizações sociais e nas identidades subjetivas (Joan Scott, 1990).

Permanece assim por várias estações até que uma moça que já estava no trem, e observava ele de longe, se aproxima e pede licença para se sentar. O rapaz se acomoda de uma forma melhor na poltrona e ela começa a puxar assunto com ele, ele diz, “há pensei que ninguém sentaria perto do diferentão do rolê”, ela sorri e diz, “por que não me sentaria? Dei graças a Deus quando vi o lugar vago”, ele comenta que esta ali a algumas estações e as pessoas preferiram ficar em pé do que se sentar, diz a ela que isso não afetou ele a ponto de se sentir discriminado além do normal, que já se acostumou de as pessoas não tratarem ele como os outros e que ele sempre foi diferente mesmo, contou sobre a dificuldade de encontrar trabalho e acredita que é por conta da aparência mas que não fica mais magoado pois já se acostumou e não aceita mais que ninguém trate ele mal e que respeita muito quem consegue enxergar além da aparência.  

As pessoas continuam a observa-los agora conversando com a moça e sorrindo, diferente de antes que estava com um expressão forte. Ele e a moça continuam conversando até que ele se levanta, se despede dela e sai do trem na próxima estação, até mesmo quando ele desce na outra estação, é possível ver os olhares das pessoas para ele. A teoria comportamental de Skinner Na vida cotidiana, também aprendemos a nos comportar em diferentes situações sociais dada a nossa capacidade de generalização no aprendizado das regras e normas sociais. (BURRHUS FREDERIC (2003), apud. SKINNER).

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