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TRANSTORNO BORDELINE

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Por:   •  13/11/2014  •  2.316 Palavras (10 Páginas)  •  320 Visualizações

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5. Compreensão a partir das Teorias da Personalidade

5.1. Apresentação do Capítulo

No presente capítulo iremos tratar das Principais Teorias que envolvem o Transtorno de Personalidade Bordeline. Existem vários teóricos que se dedicaram ao estudo do bordeline cada um com as suas peculiaridades puderam colaborar com o diagnóstico do transtorno para os indivíduos que apresentam um comportamento diverso do padrão aceito pela sociedade e que se encaixam como portadores do Transtorno de Personalidade Bordeline. O paciente borderline está cada vez mais presente nos consultórios e tal fato decorre da possibilidade de diagnosticá-lo com maior precisão e rapidez nos dias atuais. Esta possibilidade existe em grande parte porque teóricos se dispuseram a estudar o transtorno permitindo assim que os seus portadores possam ter uma vida mais saudável. Destarte, existam vários teóricos que se dedicaram ao estudo do Transtorno Bordeline aos quais a ciência, a psicologia a psiquiatria e a sociedade como um todo agradecem o presente capítulo dará destaque a teoria apresentada por Danald Winnicott no estudo do Transtorno Bordeline.

5.2 Conceitos Fundamentais sobre personalidade e Saúde Mental

A Personalidade pode ser conceituada de forma simples como sendo o conjunto de características marcantes de uma pessoa, ou seja, características particulares, peculiares a um indivíduo, a personalidade é o que determina o relacionamento das pessoas baseado em seu padrão de individualidade. Portanto, é um termo abstrato que é utilizado para descrever de maneira teórica o conjunto de peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e diferenciam dos demais. Ao analisarmos o conceito de personalidade acima transcrito é impossível não se deparar com questões latentes, tais como: Quais os fatores que influenciariam na construção da personalidade de um indivíduo? Quais os elementos responsáveis pela formação da personalidade? O que determina a personalidade de uma pessoa?. Na busca pelas respostas de tais indagações nos deparamos com estudiosos da mente humana, dentre eles podemos destacar o famoso psicanalista Sigmund Freud. Para Freud a personalidade está dividida em três elementos: o id, o ego e o superego. Segundo a teoria de Freud o id é o elemento com o qual já nascemos, formado pelos instintos mais primitivos como o prazer e os impulsos orgânicos, transmitido pelos pais. O id é um elemento basilar para a estrutura da personalidade humana, é a estrutura original e mais essencial da personalidade. É a partir do id que as outras estruturas são ampliadas. O ego já começa a ser desenvolvido após o nascimento, a partir do momento em que o bebê começa a interagir com o ambiente ao seu redor. O ego procura o prazer, mas em contato com a realidade. Quanto ao superego, esta terceira parte da estrutura da personalidade, representa o aspecto moral dos seres humanos, se desenvolve quando os pais e/ou os outros adultos transmitem os valores e as normas da sociedade à criança. Portanto, para Freud estes três elementos compõem a estrutura da personalidade de um indivíduo. Destarte, podemos perceber que para Sigmund Freud a personalidade dos indivíduos seria construída a partir de fatores externos que ocorrem nos primeiros anos de vida. Já Alfred Adler, famoso estudioso que divergiu em alguns pontos de Freud, compreendia as pessoas como sendo totalidades integradas dentro de um sistema social. Ele sustentava que a motivação do homem é fundamentada naquilo que é solicitado pela sociedade em que vive. Para Adler, o homem procura contato com os outros, empreende atividades sociais em cooperação, colocando o bem-estar social acima do seu interesse próprio, adquirindo assim um estilo de vida que é, predominantemente, orientado para o meio externo. Ambos criaram teorias de grande relevância para o estudo da mente humana, teorias que estão vivas até hoje em nossa sociedade. Apesar da divergência existente entre os dois teóricos podemos perceber que o ambiente externo possui grande importância no desenvolvimento da personalidade dos indivíduos. Nesse contexto faz-se imprescindível o ambiente em que o individuo se desenvolve a fim de estabelecer uma qualidade de vida e conseqüentemente oferecer uma saúde mental ao indivíduo. A saúde mental pode ser definida como: o termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional assim como a ausência de uma doença mental. A saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo em apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços, para atingir um equilíbrio físico e mental. Daí a grande importância do ambiente externo e social na construção da personalidade humana, pois o homem é um ser estritamente social.

Ao tratarmos do Bordeline estamos nos deparando com um transtorno de personalidade motivado por essa relação entre o individuo e o seu ambiente externo. Dentro desse contexto, podemos destacar grandes nomes como: Danald Winnicott e Jean Bergeret para este o estado borderline apresenta-se como intermediário entre neurose e psicose. Sabe-se que é próprio da estrutura neurótica repousar sobre um arranjo das condições no conflito que opõe o id ao superego do ego. A estruturação psicótica corresponde ao conflito entre pulsões e realidade, onde o ego acaba achando-se excluído. Quanto a organização Borderline, o ego não conseguiu chegar a uma psicogênese do tipo neurótico a relação do objeto permaneceu centrada na dependência do outro, por conta disso, o perigo contra o qual se luta muito nas variações de estados Borderline é, acima de tudo, a depressão. Entretanto, não se trata somente de um rompimento do ego, mas uma reação defensiva nas atividades do mesmo e não constituição de uma solidez já para aquele o distúrbio borderline tem uma característica principal que consiste na defesa de si mesmo e para que se possa compreendê-la é primordial que se remeta a teoria do amadurecimento pessoal, a fim de esclarecer conceitos como o ambiente, trauma e agonia impensável para que assim se possa regredir ao estágio de dependência absoluta, momento em que o desenvolvimento maturacional foi interrompido devido a uma falha ambiental. (tem por a fonte)

Por outro lado, Kernberg (1995) afirma que a organização Borderline reflete falhas na integração do superego e são caracterizadas por precursores não integrados do superego, representações primitivas do objeto, sádicas e idealizadas. A regulação da auto-estima através de sentimentos de culpa ou oscilações depressivas de humor, até que ponto a pessoa é capaz de regular seu funcionamento de acordo com os seus princípios éticos, manipulação ou maus tratos dos outros; ou de manter

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