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Tomada de Decisão e Raciocínio

Por:   •  23/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.761 Palavras (8 Páginas)  •  475 Visualizações

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FACULDADE DA AMAZÔNIA - FAMA

ANDRESSA STEFFANY PUTTKAMMER

PSICOLOGIA

TOMADA DE DECISÃO E RACIOCÍNIO

SAPEZAL - MT

2017

RESUMO

Esse trabalho considera muitas situações nas quais proporcionamos opiniões e decisões e usamos o raciocínio para extrair conclusões. Tomar decisões é uma ação exclusiva do ser humano, mas também é uma atividade angustiante pela incógnita que representa o resultado das decisões tomadas. É também um processo cognitivo fundamental que envolve a escolha de uma dentre várias opções e que podem acarretar em futuras consequências. Os processos de tomada de decisão são estudados desde a antiguidade e ao longo da história, a abordagem do estudo tem sido sempre uma abordagem multidisciplinar. Do ponto de vista teórico, foram formuladas algumas teorias ao longo do século XX, como foi o caso da Teoria Clássica da Tomada de Decisão, quer individualmente, quer em grupo, as decisões são invariavelmente tomadas com recurso à utilização das heurísticas e dos vieses. Tomar uma decisão implica sempre em uma escolha e uma não escolha.

Palavras-chave: Tomada de decisão; decisão; raciocínio; estudo.

1 INTRODUÇÃO

Julgamento e tomada de decisões

Desde sempre o homem tem procurado ferramentas que possam ajuda-lo a tomar decisões. O estudo sobre a tomada de decisão envolve várias matérias como a matemática, sociologia, psicologia, filosofia, economia e até das ciências politicas. Sua história desde sempre tem oscilado entre o empirismo e o racionalismo, (Buchanan & O’Connell, 2006), entre o dualismo cartesiano e a abordagem de Demásio. Com efeito, é o comportamento emocional individual que torna o ser humano único, já que o leque de respostas dadas é a consequência das interação entre o corpo e o cérebro. (Demásio, 1996). As teorias sobre a tomada de decisão evoluíram exponencialmente quando a humanidade passou a usar a numeração árabe que incluía o zero, o que passou a permitir transformar as cognições em linguagem matemática. Desse modo, passaram a equacionar as probabilidades de sucesso e os riscos envolvidos em todas as decisões.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Teoria clássica da decisão

Na década de 1950, alguns pesquisadores contestaram a noção de racionalidade limitada e reconheceram que nós nem sempre tomamos decisões ideais e também sugeriram que nós temos a racionalidade limitada - somos racionais, porém dentro de alguns limites (Simon, 1957).

Segundo Simon, nós usamos uma estratégia de tomada de decisões que ele denomina como satisfatoriedade (satisficing) onde consideramos as opções individualmente e escolhemos a que melhor nos satisfaz.

Há também outra estratégia denominada eliminação por aspectos, que segundo Tversky, quando nos deparamos com uma quantidade maior de opções, nós focalizamos particularmente em um atributo das várias opções, formamos um critério mínimo para esse aspecto e em seguida eliminamos as opções que não atendem ao critério. Em seguida, repetimos o processo de seleção até que reste somente uma opção.

Segundo Bilhim (2013), tomar uma decisão é apenas optar racionalmente entre as alternativas disponíveis. Durante este processo, devem ser analisadas todas alternativas possíveis e optar por uma que permita maximizar a ação, em função dos objetivos desejados.

As pessoas tomam muitas decisões com base em vieses e heurísticas (atalhos) em seu pensamento. Esses atalhos mentais aliviam a carga cognitiva da tomada de decisão, porém leva a uma probabilidade muito maior de erro (Kahneman, Tversky, 1972, 1990; Stanovich, Sái, West, 2004; Tversky, Kahneman, 1971, 1993).

Tomada de decisão em grupo

Tomar decisões não é um exercício exclusivamente individual. A tomada de decisão em grupo é mais eficaz do que apenas a individual, o que em termos organizacionais é tido como mais seguro. É sabido que uma decisão tomada por um grupo dará, à partida origem a uma decisão melhorada já que conta cm conhecimentos diversificados de cada um dos elementos do grupo, o que significa uma maior e melhor quantidade de ideias e recursos. Por outro lado, tomar decisões em grupo implica dificuldades acrescidas, já que se impõe a negociação das escolhas, para que a decisão funcione como uma comunhão entre a equipe e então esteja orientada para o sucesso. Também a memória do grupo é melhor que a individual. Sabe-se que os grupos de menor dimensão são os mais bens sucedidos na tomada de decisão, isso porque a comunicação é aberta e os membros partilham uma configuração mental idêntica e se identificam com o grupo.

Mas a tomada de decisão por grupo não representa apenas vantagens, a pressão pelos pares pode condicionar o pensamento, a opinião, e por consequência, a decisão. Os grupos sem capacidade de decisão, sem uma liderança objetiva, imparcial e que estimule a crítica construtiva, e com elementos sujeitos a elevados níveis de stress, perdem a capacidade de tomar boas decisões.

Então, quando há necessidade de tomar decisões, compartilhar informação e dividir responsabilidades pode levar a melhores decisões e até mais eficazes.

Neurociência e racionalidade versus emotividade

Do ponto de vista das funções cerebrais, sabe-se que durante o processo de tomada de decisão, o córtex pré-frontal é altamente acionado, mas não só. Sendo esta uma atividade própria do lobo frontal, a verdade é que ela aciona também processos de memória, de aprendizagem, de análise de problemas e de ponderação das soluções possíveis. Este é um processo altamente dinâmico que faz intervir várias áreas do córtex. (Sternberg, 2010)

Este exercício profundamente complexo deveria obedecer idealmente à análise de rigorosamente todos os dados sobre um determinado assunto, e à avaliação de todas as possíveis soluções. Quanto mais racional se mostrar se o individuo, maior tendência ele terá a ser mais ponderado no processo da tomada de decisão. Por outro lado,

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