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Trabalho Sobre Spinoza Fim de Curso

Por:   •  1/4/2020  •  Projeto de pesquisa  •  7.343 Palavras (30 Páginas)  •  233 Visualizações

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Afetos, afetabilidade e corpo

Os sentidos do afetos são problemas de conhecimento

Como sentimos os afetos, para onde caminhamos com os afetos,como percebemos os afetos?

Para Espinosa os corpos mudam, mas existem traços que são preservados como os objetos e imagens das coisas que temos através das vivencias. Os afetos e os pensamentos são constituintes da subjetividade humana, estão simultaneamente em conjunto, e o meio por muito das vezes fazem essas afetos aumentarem positivamente ou diminuírem; Os afetos são importantes para que a vida aconteça e para isso o homem precisa desejar, esse é o primeiro afeto que o homem precisa ter para querer está no entre corpos da vida. Na proposição Ética III, P2: “Nem o Corpo pode determinar a mente a pensar, nem a mente pode determinar o Corpo ao movimento, ao repouso ou a alguma outra coisa (se isso existe)”. Afirmando as ideias de Espinosa com essa proposição para ele o corpo e mente podem ser ativos e passivos ao mesmo tempo e os termos como emoção (emotio) dão lugar ao afeto (affectus) e a paixão (passio), para estabelecer os movimentos afetivos do homem.

A história ocidental coloca o homem no centro ao longo de anos, valorizou o pensamento lógico racional, ocorrendo assim perda das forças dos afetos no processo epistemológico. Desta maneira Espinosa fala da tradição moderna do século XVII e também do dualismo mente-corpo cartesiano onde tentava-se explicar os afetos humanos por suas causas primeiras, cujo, acreditava-se que a mente tinha poder absoluto sobre as suas próprias ações e que tinha poder absoluto sobre os afetos, contrapondo o método cartesiano para ele o corpo e a mente são equivalentes, desta forma, estão sob as mesmas leis e também os mesmos princípios,definindo que corpo e mente se compõe,sendo uma só coisa, cujo é concebida ora pelo pensamento, ora sob a extensão. O corpo é capaz de surpreender a própria mente, pois o corpo fala, o corpo age, o corpo pensa. Um exemplo disso é quando planejamos falar e fazer alguma coisa perante alguma situação, ficamos arquitetando o jeito e tom de voz e até a movimentação do corpo e quando chega na hora do fato ocorrido ou perante a situação, agimos de forma totalmente diferente, pois o corpo vive o corpo a corpo. Ganhamos experiências após o planejamento de como agiríamos, durante o acontecimento e após.Entretanto, por bastante das vezes não acontece a mediação entre o pensamento e também os afetos, porque os afetos nos comandam ;(Ética III,pág.163)

“Por afeto compreendo as afecções do corpo,pelas quais a potência de agir

  • aumentada ou diminuída, estimulada ou refreada e, ao mesmo tempo. Assim quando podemos ser a causa adequada de alguma dessas afecções , por afeto compreendido, então , uma ação ; em caso contrário, uma paixão”.(Ética III, pág 184).

Espinosa diz que o homem não tem poder absoluto e único sobre suas próprias ações,ele é determinado por coisas que vão além dele,pois nada se produz na natureza que possa atribuir a um defeito próprio dela, pois a natureza é sempre a mesma em toda parte em suas virtudes com essa compreensão podemos dizer que tanto o corpo quanto a alma, são modificados pelas potências de agir, isto é , ser um afeto é ser uma afecção onde tendem a acontecer uma variação positiva ou negativa à potência de agir do sujeito.

A experiência vivida pode nos apresentar qual será o afeto relativo naquele momento, se temos a nossa potência de agir aumentada temos o afeto da alegria e se temos a potência de agir diminuída temos o nosso afeto de tristeza, tudo acontece de acordo com experiência vivenciada naquele determinado encontro entre corpos presentes, e é na potência de agir que podemos compreender as regras universais; Por esse modo que os afetos como ódio, a ira, a inveja são considerados os mesmos em suas necessidades e virtudes, contendo suas causas precisas. A natureza e os afetos são como a da potência da mente sobre eles. As definições dada por Espinosa: A causa adequada é aquela cujo o efeito pode ser percebido por ele mesmo,produzindo ideias adequadas e a causa inadequada é aquela cujo o efeito não pode ser percebido por si só e produz ideias inadequadas ou atividade e passividade, essas causas são produções de interações de corpos, do encontro que eles tiveram com a afecções e efeitos produzidos. (Ética III,pág.163). Chamamos de afetos todas essas potências que ocorrem pelas interações no modo de atuar no mundo. Sendo ativos quando se as causas forem da nossa natureza e passivos se forem causas exteriores;

Na Definição geral dos afetos (Ética III,pág.257),”O Afeto , que se diz pathema (paixão)do ânimo, é uma ideia confusa, pela qual a mente afirma a força de existir, maior ou menor do que antes, de seu corpo ou parte dele, ideia pela qual, se presente, a própria mente é determinada a pensar uma coisa em vez de outra.”

Espinosa define afeto como pathema (paixão) do ânimo, sendo uma “ideia confusa, pela qual a mente afirma a força de existir, maior ou menor do que antes, de seu corpo ou de qualquer parte dele, ideia pela qual, se presente, a própria mente é determinada a pensar uma coisa em vez de outra” (Ética III,pág.259). É através dos afetos que a mente pode afirmar, em maior ou menor intensidade, a realidade de seu corpo, ou seja, ter a sua potência de agir aumentada ou diminuída. Isto porque “a ideia que constitui a forma de um afeto, deve indicar ou exprimir o estado do corpo ou de algumas de suas partes” (Ética III,

p.260).

O homem realiza conhecimentos e afetos podendo ser passivos ou ativos. O conhecimento passivo é à medida que ideia ou percepção do que acontece com o corpo com base em suas relações com as coisas exteriores,sendo uma operação cognitiva da mente na qual o Espinosa chama de imaginação. Entretanto, a ligação das percepções dependem da relação com os objetos exteriores, onde temos pouco controle sob esses objetos.

O estudo com nenéns vem crescendo com o passar dos anos o intuito é descobrir como os afetos se dão nos bebês,várias áreas procuram se aprofundar pesquisando tanto nas áreas biológicas onde da o destaque para a pele, a caracterizando como orgânica e ao mesmo tempo também como algo imaginário, pois a pele é algo individual e dessa forma trocamos e tocamos com o outro. A interação com o meio em que vivemos é faz o corpo e mente se relacione com os pensamentos. Para o corpo existir ele precisa ter relação com outros corpos para que ele de fato exista. Corpo e mente estão interligadas, a mente concebe ideias. O Espinosa diz que a mente produz uma determinada coisa como algo verdadeiro, até que seja produzir outra coisa para retirar essa primeira verdade;nos temos consciência de uma imagem e do corpo que nos afetou, eu não separo a imagem que me afetou do corpo que me afetou onde os gêneros de conhecimentos fazem semelhanças com o objetos.O homem livre que não se reduz ao pensar, homem pensa por imagens e criações de imagens que remetem a alguma coisa ou que traz algum valor, as palavras também remetem a elevação da nossa potência de agir esses são os primeiros gêneros de poder.

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