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Técnicas de entrevista

Por:   •  19/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.417 Palavras (18 Páginas)  •  315 Visualizações

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1 INTRODUÇÂO

 A disciplina de técnicas de entrevista psicológica busca habilitar o aluno no manejo da  entrevista de acordo com os objetivos que se deseja alcançar e os contextos de aplicação; conhecer os vários tipos de entrevistas psicológicas; identificar o alcance deste instrumento de avaliação; respeitar os princípios éticos e técnicos quanto a utilização da entrevista psicológica e desenvolver a prática da entrevista com abordagem psicossocial. Após preparação teórica, os acadêmicos são levados à pratica para desenvolvimento e aprimoramento de uma das técnicas utilizadas pelo psicólogo, a entrevista psicológica em seus vários tipos, sendo que  entre cada sessão de atendimento receberam supervisão profissional da professora, podendo analisar e discutir a respeito do caso com maior segurança.  Este trabalho objetiva expor o resultado da atuação dos acadêmicos em clínica, bem como apresentar o que foi desenvolvido sobre o domínio da técnica de entrevista psicológica.  
        
1.1 Queixa
         O pré-adolescente de 11 anos, Orlando (...), compareceu à clínica sepsi no dia (....) acompanhado de seu pai Arnaldo (...), o qual alegava que o filho Orlando, apresenta desde os cinco anos de idade, comportamentos de rebeldia, dificuldade em aceitar  regras e intolerância à frustação, sendo que tais comportamentos estão comprometendo o convívio familiar, ao passo que afeta a mãe, o irmao mais velho e a relação entre o casal, já que o menino responde, fala palavrões e entra em atrito com os pais e irmão.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Prática Clínica
         A psicologia clínica teve início com atendimento à infância em 1896, crescendo depois em hospitais, no convívio entre psicólogos e psiquiatras. A aproximação com a psiquiatria incentivou, entre psicólogos, o interesse pela psicoterapia e pela psicanálise, sendo assim, pode-se dizer que a psicologia clínica é herdeira direta da psiquiatria.

Freud introduziu na clínica psicológica a mudança do paradigma da observação para o da escuta, a importância da resistência e, em última instância, a perspectiva de tratar o cliente como um sujeito de sua história de adoecimento, e não como mero objeto. A prática clínica psicológica passa a vincular-se a uma demanda do sujeito, e não necessariamente a uma patologia, como no modelo médico, sendo que a Psicologia, em sua origem, inclusive a Psicologia clínica, está atrelada a uma perspectiva individualista.

A psicologia clínica é a parte da psicologia que se ocupa em estudar transtornos mentais e suas manifestações psíquicas. É um espaço criado para atender o outro em sua singularidade, ouvi-lo, orientá-lo, apontar caminhos a fim de proporcionar alívio emocional, autonomia, autoconhecimento, ajustamento criativo, etc. Toda a amplitude do fazer clínica está direcionada a atender às diversas demandas, bem como crianças, adolescentes, adultos, idosos, visando ajudar na recuperação do sujeito em sofrimento psíquico e emocional, na reestruturação de seu bem estar biopsicossocial e, sobretudo, na promoção da saúde.

2.3 Observação científica
         A observação científica é uma técnica da qual profissionais de diversas áreas se utilizam para se apropriarem de um evento como ele de fato é. Diferente da observação informal, a observação científica necessita de um objetivo e finalidade para que se baseie.  Os autores Danna e Matos (1982)afirmam que:
O uso de informações obtidas através da observação parece colocar o cientista mais sob a influência do que acontece na realidade do que sob a influência de suposições, interpretações e preconceitos. Isto, é claro, possibilita uma melhor compreensão da natureza e ações transformadoras mais eficazes”. (p. 28).   
         Para os autores Danna e Matos (1982), essa técnica permite que o cientista faça relatos mais neutros e aproximados do fato, facilitando a troca de saberes de forma interdisciplinar: ““...
O cientista que registra e relata as suas observações, permite que outros possam repetir o que ele está fazendo. Assim, seus procedimentos e conclusões podem ser criticados, aperfeiçoados e aplicados por outras pessoas (p.28). 
         Ainda segundo os autores (Danna & Matos, 2006), os dados coletados a partir da dessa técnica fornecem subsídios para diagnosticar uma situação problema, facilitar a escolha das técnicas e procedimentos que serão utilizados.
    Se tratando da observação científica na psicologia, Fagundes (1999), acredita que “a observação comportamental é importante para psicólogos, modificadores do comportamento e pesquisadores, servindo-lhes como um instrumento de trabalho para obtenção de dados que, entre outras coisas, aumentem sua compreensão a respeito do comportamento sob investigação” (p. 23).
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2.2 Anamnese
         
A anamnese é um tipo de entrevista estruturada, geralmente sem dirigida, que implica na coleta de dados pessoais por meio de um questionário e não possui foco no vinculo terapêutico. O propósito da anamnese é uma coleta de dados, tanto atual como de todo seu histórico e de seu processo saúde e doença.  Acoplado com a entrevista, a anamnese necessita está focalizada a aquisições de elementos que ofereça subsidio para investigação significante para um trabalho do profissional.
        Para Bleger “anamnese implica uma compilação de dados preestabelecidos, de tal amplitude e detalhe, que permita obter uma síntese tanto da situação presente como da historia de um individuo, de sua doença e saúde”. (1980, p.5)        
        Fonseca também compartilha desta ideia e relata que
“a anamnese é um documento que registra uma recordação, aquela referente a historia passada e presente de saúde e doença de um individuo. Por isso, realiza-se uma coleta de informações acerca do início e evolução da doença. Nota-se o objetivo da anamnese é unicamente copilar dados pré-estabelecidos.” (1996, p.3)
         Diferente da entrevista, que adquiri dados que o cliente não é conhecedor, na anamnese o paciente é o moderador, pois, presume que o mesmo conheça sua historia e que tenha capacidade de colaborar com seu histórico de vida. Porém, a anamnese pode ser feita dentro do processo de entrevista.
         A anamnese deve ser realizada de acordo com etapas específicas, necessitando ordem nas informações. Portanto a anamnese é fundamental para o diagnostico do cliente. Sendo concretizadas com etapas e ordem nas informações.

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