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UM PSICÓLOGO NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO

Por:   •  31/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  289 Visualizações

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UM PSICÓLOGO NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO

        O texto analisado não trata somente de acontecimentos externos vividos por prisioneiros dentro do campo de concentração, fala também, de suas experiências vivenciadas lá dentro, descrevendo as inúmeras pequenas torturas e tentando responder a seguinte pergunta: “De que modo se refletia na mente do prisioneiro médio a vida cotidiana do campo de concentração?”. A narrativa é contada pelos próprios sobreviventes dessa experiência.

        Na narrativa o autor V. Franklin nos traz as diversas experiências vivenciadas por estes prisioneiros por diferentes pontos de vista, a maneira como estas dificuldades eram vistas pelos prisioneiros, e o agrupamento como forma de ajuda e terapia que eles utilizavam em meio ao caos por eles vivenciados.

        As experiências relatadas no texto são fatos ocorridos em campos de concentração menores onde seus sobreviventes relatam que estes campos reduzidos eram verdadeiros locais de extermínio.

Para o autor enxergar no ponto de vista da psicologia é muito difícil, pois, ele nos traz situações dentro do livro que chegam a ser desumana.

        As expectativas eram sempre muito grandes nos momentos em que haviam seleção, pois, os prisioneiros não tinham ideia de para onde iriam parar, se iam voltar para os campos (que era a melhor opção), ou se iriam parar na fornalha (morte). Dentro desses campos haviam também casos de trocas pelas vidas, onde para o inspetor da SS o individuo não era enxergado como ser humano e sim como apenas mais um número, como por exemplo, se alguém do grupo A fossem mandado para a morte, esses poderiam trocar cigarros pela vida de seu companheiro, porém teria que colocar alguém no lugar da pessoa. Para os serviços bem executados, os prisioneiros recebiam um “cupom-prêmio”, onde estes cupons facilitavam as trocas em casos de extrema importância.

        O autor V. Franklin distingue em três fases o seu relato que são: 1) A recepção no campo de concentração; 2) A vida no campo de concentração; 3) Após a libertação.

        Na primeira fase (A recepção no campo de concentração) mostra o choque de recepção, onde ele relata que os prisioneiros eram transportados durante dias e noites em vagões ferroviários e que levavam 1500 pessoas aproximadamente, acumuladas umas sobre as outras.    

          A segunda fase (A vida no campo de concentração) uma das primeiras consequências da vivencia no campo era a apatia, que ia tomando conta do prisioneiro. Outro trecho muito significativo é relativo á fome onde os prisioneiros encontravam-se em extrema subnutrição. No campo de concentração ninguém tinha documentos, onde eram identificados por números. A religião era uma crença onde se mantinha viva entre os encarcerados. Além da obsessão por comida e da apatia que, em geral, tomavam conta de todos, os prisioneiros eram sujeitos a frequentes irritações.

        Já a terceira fase (Ápos a libertação) após serem libertados os prisioneiros não sabiam mais o que fazer, pois, já tinham seus sentimentos aniquilados, onde a apatia havia os dominado. Estes prisioneiros não acreditavam que essa liberdade era verdadeira. Notou-se também que esses prisioneiros libertos também enfrentavam dois decepções ao chegarem em casa: a indiferença de seus familiares e a ausência ou desaparecimento dos entes queridos.

O autor afirma que mesmo em piores situações dentro do campo de concentração haviam pessoas que agiam de forma “heroica” onde superavam a apatia e reprimiam a irritação para reagirem “fora do esquema”. Na sua teoria ele embasa sobre a busca de sentido sendo essencial a manutenção da vida, mesmo em condições extremas, quando se tem algo para lutar podemos suportar praticamente tudo.

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