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A ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL E SISTÊMICA

Por:   •  15/5/2015  •  Seminário  •  1.118 Palavras (5 Páginas)  •  3.483 Visualizações

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A ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL E SISTÊMICA

INTRODUÇÃO

A filosofia é a ciência mais antiga da humanidade, surgiu com o objetivo de compreender a realidade a partir do racional, do logico. A sociologia é o estudo da sociedade e as relações sociais que se estabelecem. A antropologia, objeto de reflexão desse estudo, busca estudar o homem e compreendido na sua essência, sua totalidade. Sua característica principal é olhar o outro como um possível e igual a si mesmo.

O Estruturalismo foi um movimento filosófico francês que surgiu após o existencialismo, ele é mais do que um método de analise, busca construir modelos que expliquem as realidades chamadas estruturas.

No inicio a antropologia era exercida de outra forma, existiam os chamados “Antropólogos de cadeira”, ou seja, eles ocupavam um lugar fixo e desenvolvia sua analises baseados apenas no leram a respeito daquela comunidade. No decorrer do tempo, tornou-se necessário que comunidade fosse observada e estudada de perto, então os antropólogos começaram ir até as comunidades isoladas para estudar seu modo de viver, seus costumes, suas crenças. Etc.

Os primeiros antropólogos que desenvolveram essa prática foram Margaret Mead (1901-1978) e o francês Claude Lévi-Strauss (1908).

        Margareth Mead investigou as relações entre cultura e personalidade, o modo como os indivíduos recebiam os elementos de sua cultura e como isso formava sua personalidade. Sua pesquisa foi feita na Oceania em três sociedades da Nova Guiné, os Arapesh, os Mundugumor e os Chambuli. Hoje ela é considerada a pioneira em antropologia visual.

        Lévi-Strauss estudou as diversas tribos indígenas de vários países incluindo o Brasil. Na década de 1930 conviveu com os bororós, nambikwaras e tupis-kawahib e outras etnias do Matogrosso e da Amazônia, Strauss chegou a uma conclusão inovadora, que o modo de pensar dos índios é absolutamente idêntico ao nosso e mostra a universalidade do pensamento humano. Seja através do pensamento dos povos selvagens, seja pelo pensamento dos povos civilizados. A importância disso é que não podemos hierarquizar povos, culturas, como se alguns fossem superiores a outros. Eles descobriram que a variedade de culturas é determinante para o surgimento de novas culturas.

        A Antropologia estrutural busca exatamente isso, estudar e registrar as culturas através de método etnográfico, e a partir de então fazer comparações, perceber as diferenças e sistematizar essas culturas. Dessa forma a linguística é a ciência humana que mais contribuiu para a estruturação e sistematização das culturas, pois o homem sempre buscou uma forma de se comunicar.

COMUNICAÇÃO

A comunicação não é somente uma forma linguística, apesar da fala ser muito importante, existem outras formas de se comunicar, seja por gestos, posturas, mimicas, expressões do rosto, libra, etc., não tem realmente nada de natural, começamos então a nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós mesmos, a nos espiar. O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura passível entre tantas outras, mas não a única. Toda nossa relação social esta ligada através das palavras e através dessa constituição a comunicação (é que constrói pensamentos). A gente conhece o outro através da palavra. O meio de comunicação é o veiculo de transmissão dos costumes, do saberes da cultura de determinada comunidade.

ANTROPOLOGIA CONTEMPORANEA

A antropologia sempre trabalhou com a lógica do distanciamento entre o pesquisador e o pesquisado, a etnologia: ciência que estuda os fatos e documentos levantados pela etnografia no âmbito da antropologia cultural e social buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas. No começo da antropologia os fatos chegavam aos antropólogos através de relatos trazidos por diferentes pessoas das quais eles contavam suas experiências de viagens pelo o mundo (antropologia de gabinete), isso os classificava como os antropólogos de cadeira que ficavam em seus escritórios escrevendo aquilo que lhes eram relatados. Com a chegada do capitalismo e a influencia da revolução industrial que trouxeram profundas transformações nas sociedades europeias, no modo de vida e em suas relações sociais, houve uma necessidade de um confronto entre as abordagens antes tão afastadas uma das outras. O encurtamento dessas distancia provocaram nos antropólogos contemporâneos uma necessidade de emergirem-se no campo de pesquisa para uma melhor analise e compreensão da realidade sociocultural, a observação direta do antropólogo sobre seu objeto de estudo. Já o século XIX, o contexto geopolítico é totalmente novo, pois se trata de um período de conquistas de colônias, que em 1885 é selado com a assinatura do Tratado de Berlim que divide o continente africano entre as potências europeias e põe um fim às soberanias daqueles povos. Nesse sentido destaca-se; É no movimento dessa conquista que se constitui a antropologia moderna, O pesquisador compreende a partir desse momento que ele deve deixar seu gabinete de trabalho para ir compartilhar a intimidade dos que devem ser considerados não mais como informadores a serem questionados, e sim como hóspedes que o recebem e mestres que o ensinam (LAPLANTINE 2006, p.76).

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