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A Escola Neoclasica

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Por:   •  26/11/2014  •  2.767 Palavras (12 Páginas)  •  619 Visualizações

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Resumo Capitulo 15

A ESCOLA NEOCLASSICA – ALFRED MARHALL

Como neo significa novo neoclassicismo implica uma nova forma de classicismo. Os economistas neoclássicos eram marginalistas, no sentido em que enfatizavam a tomada de decisões e a determinação dos preços na margem. No entanto podemos perceber três diferenças entre os primeiros marginalistas e os últimos economistas neoclássicos.

Primeiro o pensamento neoclássico salientava a oferta e a demanda para determinar os preços dos bens, serviços e recursos no mercado enquanto os primeiros marginalistas tendiam a reforçar somente a demanda. Segundo muitos dos economistas neoclássicos demonstraram maior interesse no papel da moeda na economia do que os antigos marginalistas. Finalmente os economistas neoclássicos expandiram a analise marginal para as estruturas do mercado além de livre concorrência do monopólio e do duopólio.

A VIDA E O MÉTODO DE MARSHALL

"Não será provavelmente um bom economista quem não é nada mais do que isso." Alfred Marshall

Alfred Marshall, nascido em Londres (1842-1924), foi um dos maiores pensadores da ciência econômica. Marcado pelo contexto de sua época, pós revolução industrial, presenciou de perto os impactos positivos e negativos do sistema capitalista de produção. Baseado em seus estudos sobre esse cenário, aprimorou a ciência incluindo novas abordagens aos modelos utilizados, alguns aplicados ainda hoje.

Após estudar matemática, física e a própria economia, Marshall preferiu seguir carreira como professor de economia pela Universidade de Cambridge, fundando o primeiro curso de economia da história, decorrido alguns anos saiu da mesma e tornou-se diretor da University College, mas retornou ao cargo de professor anos depois. No período em que lecionou, influenciou alunos que se tornaram grandes economistas contemporâneos, como John Maynard Keynes e Arthur Cecil Pigou.

Esse interesse de Marshall pela economia nasceu da preocupação com questões sociais como a pobreza oriunda da má distribuição de renda, conseqüências da primeira era industrial. De acordo com ele a solução fundamental dos problemas sociais reside na educação da população, idéia difundida até os dias de hoje.

Influenciado por Adam Smith, David Ricardo e Stuart Mill, escreveu duas grandes obras da literatura econômica, Princípios de Economia e Economia da Indústria. A primeira tornou-se livro didático base por décadas, já a segunda, mais empírica, um referência para futuras pesquisas.

Outra grande contribuição de Marshall está na formalização matemática dos conceitos econômicos, em grande parte, através da análise quantitativa proporcionada por sistemas de equações. Esse novo tratamento permitiu a verificação empírica das hipóteses por meio de medições, demonstração matemática e experiência laboral. A ciência econômica pôde, assim, se destacar do tratamento filosófico.

A introdução dos conceito temporal de curto e longo prazo encerrou discussões sobre a determinação do valor. Os marginalistas mensuravam o valor de acordo com a utilidade proporcionada a cada consumidor (conceito subjetivo), já os clássicos, baseados em David Ricardo, mensuravam o valor de acordo com a quantidade de trabalho utilizado para a produção do bem. Assim, a proposição de Marshall, conhecida como neoclássica, determina o valor de acordo com o custo objetivo da produção no longo prazo e a utilidade marginal no curto prazo.

A contribuição mais polêmica de Marshall é o emprego do conceito de equilíbrio parcial, contrariando a teoria clássica de equilíbrio geral. Para ele, a análise parcial é essencial para a economia, visto que as relações econômicas estão sujeitas a incontáveis variáveis independentes. Portanto, o termo ceteris paribus (tudo mais permanecendo constante) é introduzido na abordagem matemática econômica, utilizando de derivadas parciais em seus modelos.

Fica claro, então, que Marshall mudou a cara da ciência econômica, pois além das contribuições citadas acima, foi ponto de partida para diversas ramificações da teoria econômica, como econometria, economia monetária e a teoria dos jogos. Contudo, vários pontos levantados por Marshall ainda geram polêmica entre estudiosos, não só em relação às questões sociais, mas, até mesmo, na separação entre economia política e a própria economia.

UTILIDADE E DEMANDA

Utilidade marginal

De acordo com Marshall, demanda baseia –se na lei de utilidade marginal decrescente a utilidade marginal de algo para uma pessoa diminui a cada aumento no total daquilo que ela já utiliza desse item. Marshall introduziu duas qualificações importantes nesse ponto. Primeiro, ele indicou que se preocupava com um momento no tempo, que um intervalo de tempo e muito curto para se considerar qualquer mudança no caráter e nos gostos de uma pessoa particular.

Abordagem da utilidade do sistema de Marshall lida com prazeres esforços, desejos, aspirações e incentivos para se tornar uma atitude. Como podemos medir a utilidade de tais bens intangíveis. Marshall audaciosamente afirmava, com dinheiro. Os primeiros marginalistas afirmavam que a força das preferências de uma pessoa determina o total de dinheiro que ela esta disposta a gastar para adquirir um produto ou total de trabalho que esta disposta a sacrificar para atingir um determinado objetivo.

Não podemos comparar diretamente o total de prazer que duas pessoas sentem ao comer um hambúrguer. Nem podemos comparar o nível de prazer que uma pessoa sente ao comer um hambúrguer em dois horários diferentes. Mas, se encontramos uma pessoa que esta em duvida entre gastar uma certa quantia de dinheiro em um hambúrguer , um refrigerante ou um doce ou utilizar um ônibus em vez de caminhar, poderemos dizer que ela espera prazer igual dessas situações.

Escolha racional do consumidor

Sua analise de demanda também utilizou a ideia de escolha racional do consumidor. Em uma economia monetária, dizia Marshall cada linha de despesa será levada ao ponto em que a utilidade marginal do valor de um bem em xelim (ou dólar) será a mesma em qualquer direção de gasto. Assim por exemplo o consumidor que precisa decidir entre comprar roupas novas ou usar o dinheiro para umas férias esta medindo a utilidade marginal de dois tipos diferentes de gastos.

Lei da Demanda

A lei da demanda surge da relação entre utilidade extraída de uma unidade adicional de um bem e a utilidade extraída de uma unidade monetária, com a qual

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