A Influência Norte-americana no Serviço Social Brasileiro

A influência norte-americana no Serviço social Brasileiro surgiu em 1941, sob o governo de Getúlio Vargas junto com o governo norte-americano Roosevelt, visando fortalecer o capitalismo, combater o comunismo e estender a hegemonia por todo o continente Americano. A presença norte- americana se dá por meio de técnicas de atuação profissional, técnicas que tem o funcionalismo como especulação teórica. O tomismo, que é uma das três ideias gerais do serviço social esta associado às praticas norte-americanas  no final da década de 40 e início da década de 50, assim o trabalho social, mesmo nos Estados Unidos, permanece fundamentado em princípios católicos e neotomistas, ao mesmo tempo em que adota métodos norte-americanos e desperta para a Práxis. Em 1941, os Estados Unidos oferecem bolsas de estudo a assistentes sociais sul-americanos, incluindo assim o Brasil, para melhorar e especializar as escolas americanas de serviço social. A Brasileira D. Odilla Cintra Ferreira, participou de uma conferência nacional sobre serviço social em Atlantic city, promovida pela American Association of Schools Work. O objetivo era partilhar experiências e garantir um nível de ensino que racionalizasse os problemas da nação que não poderiam ser resolvidos apenas pelo ensino católico, dirigidos as jovens de alma benevolente e pacífica, ao retornar, ele estabeleceu um processo de Serviço Social de Casos e a Supervisão de Estágios e introduziram no seu currículo a cadeira de Pesquisa e Organização de Comunidade.

Mary Richmond, influenciada pela América do norte, foi fragmentada por suas técnicas, dividida em métodos de caso, grupos e propostas de desenvolvimento comunitário. Membro da Baltimore charitable, Mary Richmond trouxe sua experiência para ajudar a América e lutou para obter uma educação profissional, isso inspirou cursos de formação para agentes sociais voluntários ministrados pela associação de instituições de caridade. Enfim, através da influência norte-americana, trouxeram conhecimento cientifico e técnico, ao invés de se aterem a contribuições morais e assistencialistas inspirada nos europeus, achando que isso atenderia à demanda atual, em parte porque envolveria questões muito mais científicas. O serviço social no Brasil adquiriu um caráter funcional estruturalista de análise da sociedade, adequando os indivíduos "desajustados" à sociedade. O assistente social está envolvido na divisão sociotécnica do trabalho, que é uma prática socialmente importante que se justifica como uma profissão que se transforma em um âmbito social profissional garantido pela expansão dos serviços e programas oferecidos. É feito principalmente pelo Estado, que é o maior empregador, e por empresas privadas que enfrentam e respondem aos problemas sociais. O serviço social foi integrado como profissão socialmente justificada através da eficácia das suas atividades no quadro da divisão sociotécnica do trabalho como especialização colaborativa. As formas de expressão do Serviço social constituem o objeto de ação dos assistentes sociais e desde a era do monopólio, houve necessidade de uma intervenção efetiva do Estado burguês perante aos atos políticos da classe trabalhadora que procuravam respostas para a questão social, diante da precariedade das suas condições de vida. Mais tarde, como resultado das lutas da classe trabalhadora, foram criadas políticas sociais setoriais, especialidades sociais que justificaram e legitimaram as atividades profissionais de assistência social. As metas profissionais são definidas como objetivos de atuação profissional que partem dos projetos éticos e políticos do serviço social e possibilitam a concretização dos direitos sociais da classe trabalhadora.

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