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A Pratica do Planejamento Paticipativo

Por:   •  5/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  571 Visualizações

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Introdução:

  Planejamento, de acordo com Gandin, é um processo vivo e não se resume ao preenchimento de quadros com planos que, sob o pretexto de serem flexíveis, nunca são praticados como foram concebidos. "Para que o planejamento seja realmente um instrumento de trabalho, é preciso colocá-lo em prática, ou seja, agir de acordo com o que foi imaginado".

Para ele, isso só será possível perceber se o quadro encontrado no início do ano está sendo transformado na direção da realidade desejada, o que exige algum tipo de acompanhamento das ações. Gandin, relata também que âmbito das redes de ensino o planejamento precisa ser elaborado, executado e constantemente avaliado.

O planejamento como tarefa natural ao ser humano é o processo de divisar o futuro e agir no presente para construí-lo. Assim, de acordo com Gandin, “planejar é organizar um conjunto de ideias que representem esse futuro desejado e transformar a realidade para que esse conjunto nela se realiza no todo ou em parte",.

A Prática do Planejamento Participativo

Por que o planejamento educacional:

O Autor fala da transformação que envolve o crescimento da consciência crítica explica como podemos fazer isso, essa transformação é realizado através de um processo de planejamento no qual o mais importante seja a tensão, a dialética entre a realidade existente e a realidade desejada.

Quando se pensa na relação da escola com
a sociedade, são diversos os pensamentos que surgem baseado nos pensamentos da filosofia, ciências, ideologia ou simplesmente o senso comum, porém, todos possuem verdades que contribuem para explicar a realidade, no âmbito educacional surge uma interpretação ingênua exemplificada com a afirmação “boa escolarização produz bons cidadãos, boas pessoas”. Ou seja, boa
educação – boa sociedade. “Como não há uma boa educação, não há uma boa sociedade”.

A participação busca interferir na realidade social para transforma-la ou para construi-la, é a possibilidade de não apenas como fazer, mas sim de o que fazer e para que fazer. Uma das características do planejamento participativo é o aprimoramento da construção da realidade social, apresenta-se como ferramenta para as instituições, grupos, constrói conceitos, modelos, técnicas para organizar a participação e intervir na realidade.

Quando se pensa na relação escola com a sociedade são possíveis pensamentos diversos. Um dos pensamentos e um tanto quanto ingênuo é de que a escola é responsável pelo bom andamento social, ou seja, se não tivermos boa educação teremos um sociedade ruim, esse modo ingênuo de pensar faz com que acreditemos que sempre haverá o mais rico e o mais pobre, e que não devemos questionar essa pirâmide social, porque como relata Gandim, é “assim mesmo” e o máximo que podemos fazer e tentar ascensão dentro desta pirâmide.

Uma outra relação da escola e sociedade está vinculada ao desenvolvimento, nesse consenso a educação é um investimento porque a sociedade cresce e se desenvolve de acordo como o investimento, e que é preciso portanto direciona-la para que ela responda a necessidades da sociedade. Um outro pensamento sobre a relação escola – sociedade afirma que a escola é simplesmente uma função da sociedade e que serão reflexos da sociedade naquele momento.

Assim, segundo Gandin, há possibilidades de caracterizar as pessoas que trabalham na educação, tendo como critérios o modo como percebem a situação e que pratica realizam, temos então; os que se dão conta da incoerência entre o que diz e o que se faz, chamados de conservadores, estes mantem o contato com a realidade existente e a realidade desejada mas não expressam nenhuma mudança; os que se dão conta dessa incoerência mas que por comodismo ou por convicção deixam tudo como está, estes perdem o contato com a realidade existente e não podem mais fazer nenhuma mudança; e os que se dão conta dessa pratica reprodutiva, estudam e querem mudanças ,estes querem mudanças na realidade existente, tendo como meio o campo de trabalho que atua, seguem como propostas consistentes. Como farão isso? Reproduzindo, o se escolheu como a firmeza da opção crítica e da teoria com modelos de interpretação e metodologia de ação que sejam eficazes, e isso só poderá ser feito através de um processo de planejamento


Crise e Respostas: Planejamento Estratégico, Qualidade Total e Planejamento Participativo.

Segundo Gandin (2011, p.21),  Quem melhor expressou o que seja crise foi Walter Benjamin quando diz que:
Ela é um momento em que os valores estabelecidos já não resolvem os problemas nem trazem a necessária segurança à caminhada, ao mesmo tempo em que os valores novos não se firmaram ainda suficientemente, não produziram ainda resultados claros e, por isso, não podem trazer nova segurança no caminho,
esse trecho aponta que a hierarquia de valores, uma vez que “mudadas as circunstância de vida do homem, os valores se reorganizam em nova escala e que  essa a hierarquia de valores influencia os períodos de crise ou calma, os períodos de calma é quando essa hierarquia está bem consolidada. Desse modo as transformações sejam elas grandes ou pequenas têm relação com as mudanças na hierarquia de valores e são feitas para preservar ou para recuperar algo considerado absolutamente necessário à condição humana.

Sobre a nova crise, fazendo referência à crise que ocorreu no Renascimento resultando em vários questionamento como o Por que a miséria? Por que a violência? São questionamento que expressam a questão social, diante desses questionamento o  autor aponta o planejamento como contribuição a essas tentativas de respostas, três grandes linhas do planejamento: O gerenciamento da qualidade total, o planejamento estratégico e o planejamento participativo, para Gandin, as linhas de planejamento estão estreitamente envolvidas com três grandes questões, que são a qualidade, a missão e o poder, de forma que em cada uma dessas questões estão presentes as linhas de planejamento  ,a contribuição do planejamento é fazer  uma discussão sobre metodologias e sobre instrumentos: estuda e indica processos para se chegar aos resultados.

No entendimento do planejamento denominado o Gerenciamento da Qualidade Total este modelo apresenta um caráter conservador onde o  foco é na produção e no produto, sua  característica visa o lucro, busca a eficiência, mantêm esquemas hierárquicos bem definidos, o poder é paternalista, a participação é limitada os  procedimentos são padronizados e não se discutem critérios, já o  planejamento estratégico é ao contratario, em momento de crise, é importante rever os fins para os quais se está gastando energias, pensar na missão da empresa, já no O planejamento participativo,  enquanto metodologia e o  processo técnico, valoriza a questão da qualidade, da missão e da participação, esse modelo parte da premissa de que a realidade é injusta e que isto ocorre pela falta de participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana, nesse sentido,  a superação da crise passam pela participação de todos.

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