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A concepção de Estado em Gramsci

Por:   •  17/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  910 Palavras (4 Páginas)  •  189 Visualizações

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A concepção de Estado em Gramsci:

         Diferente de Marx, Gramsci não define o estado como um aparelho coercitivo, ou um aparelho de coerção, em Gramsci o Estado esta dividido em sociedade política (Estado) e sociedade civil camuflando o caráter de classe do poder do Estado. o Estado seria produto da correlação de força que atende tanto o interesses da classe dominante como também aos interesses do proletariado, a manutenção do poder esta em equilibrar as forças, para tanto são utilizados os aparelhos ideológicos garantindo assim a permanecia do estado atual.  e relevante apontar algumas categorias que fundamentam seu pensamento e a definição que ele apresenta, segundo Coutinho, Gramsci leva para o cárcere um grande questionamento, que é o motivo pelo qual a revolução no ocidente não foi vitoriosa mesmo usando o mesmo modelo usado na  revolução que ocorreu no oriente, na Russia em 1917, e e para apontar as diferenciação entre oriente e ocidente ele cria dois tipos de formação social capitalista que seriam a oriental e a ocidental, sendo que segundo Gramsci,  no oriente o Estado seria tudo e a sociedade civil e definida por ele como primitiva e gelatinosa, já no ocidente  existe uma relação de equilíbrio entre estado e sociedade civil, segundo a Profª Simionatto, Gramsci executa a distinção entre ocidente  e oriente partindo de uma analise que transcende a geografia dos cismas, esta analise é pautada nas diferentes formas de ambos lidarem com a economia, política e cultura, na visão de Gramsci esta particularidade ocidental impossibilita a tomada do poder como foi feito no oriente mas abre a possibilidade de um combate a longo prazo, que vai ser denominada por Gramsci como guerra de posição, que seria uma complexa luta por espaços e posições dentro do aparelho político, um movimento de recuo e avanços na conquista de cargos e alianças, na missão de transformar a classe dirigente em classe dominante para que a própria massa a destitua do poder.

Porem para que ocorra estes avanços Gramsci lança mão de mais um termo seu, que seria a hegemonia, a hegemonia remete ao poder de levar o domínio de uma classe sobre a outra, ou seja, a construção de poder de uma classe dentro de uma sociedade historicamente determinada. É a “capacidade” de direção intelectual e moral que um grupo social tem sobre outros grupos sociais. Esta hegemonia não seria apenas política mas estaria também no plano da cultura, enriquecendo, fortalecendo o sujeito, tornando-o mais critico, é importante entendermos que esta hegemonia não ocorre apenas no seio do proletariado, mas há também a hegemonia da burguesia e esta batalha travada entre estes segmentos seria o que Gramsci chama de sociedade civil, ou seja a sociedade civil é formada por aparelhos privados de hegemonia. A de se apontar ainda que a hegemonia remete ao esclarecimento das relações entre infra e superestrutura, sendo que ocorre uma batalha entre as partes, onde as forças emergentes opõem se contra as forças dominantes, o que poderia ser chamado por Gramsci de crise de hegemonia, quando os dominados começam a questionar e se afastar das ideologias tradicionais,    Marx, identifica a sociedade civil como base materialista na infra- estrutura econômica, mas em Gramsci ela não está na estrutura, mas na superestrutura. Gramsci faz um enriquecimento da teoria Marxista do Estado com novas determinações, onde há uma concretização dialética no modo pelo qual a base econômica determina as superestruturas. Gramsci não nega ou elimina as determinações registradas pelos clássicos, ele enriquece e desenvolve as mesmas, aprimorando suas teorias como “aparelhos privados de hegemonia”. Para Gramsci diferentemente de Marx, o Estado é composto de duas e principais esferas; sociedade política e sociedade civil. A sociedade política é o conjunto dos mecanismos que a classe dominante detém o monopólio legal da repressão e violência – aparelhos de repressão e coerção controlados pela burocracia executiva. Já na sociedade civil as classes buscam o consenso para ganhar força e Legitimidade em suas ideologias.  Gramsci aponta também que estas classes tem em seu favor agentes que podem ser vistos como articuladores, ou organizadores da classe a que estão ligados, podendo este de acordo com o grupo que compõem ser , modernos , tradicionais ou orgânicos   , estes intelectuais são formados de acordo com as demandas das organizações que estão ligados, e alem de organizar as questões econômicas também portam a hegemonia que a classe dominante exerce sobre a sociedade civil, através das igrejas, escolas, cinemas e claro também a partir dos partidos políticos que tem como membros os intelectuais, que tem como missão abandonar as funções isoladas e transcendê-las a funções universais.

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