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Análise das dificuldades enfrentadas pelo pequeno município de Uibaí

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Por:   •  1/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.917 Palavras (8 Páginas)  •  526 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS 9

1 INTRODUÇÃO

Ao desenvolver este portfólio, tivemos como objetivo realizar uma análise criteriosa sobre as dificuldades encontradas por Uibaí, município de pequeno porte, população estimada em 14.436 habitantes, em cuidar da saúde dos seus moradores. O município encontra-se em Gestão Plena de Atenção Básica, tendo responsabilidade limitada, necessitando das pactuações com o Estado.O recurso destinado a atender todas as demandas originarias da saúde são insuficientes, como em todo o Brasil, Uibaí sofre com o subfinanciamento e tem dificuldade de atender/suprir todas as necessidades deste setor fundamental para a vida.

Este município tem o profissional médico presente em todas as Unidades Básicas de Saúde, porém, como não evoluímos no modelo de atendimento, centrado neste profissional, as filas para agendamento de consultas permanecem. Recentemente foi implantado no município o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF II), tendo como objetivos, ampliar a capacidade resolutiva das equipes de Atenção Básica e possibilitar o trabalho entre os diversos setores da administração pública.

2 DESENVOLVIMENTO

O município de Uibaí localiza-se na região Noroeste do Estado da Bahia, tem como macrorregião o município de Jacobina e está situado na microrregião Irecê, distante de Salvador, capital do Estado, 536 km por rodovia e 430 km em linha reta. Possui uma população estimada de 14.436 habitantes, com uma área de 550,994Km², com densidade demográfica de 24,73 habitantes/Km², expectativa de vida 70 anos e Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de 0,617 (IBGE, 2012). Possui clima quente e seco, sua vegetação é predominantemente a Caatinga, tem como cultura de subsistência o cultivo do feijão, milho e mamona, além da pecuária com criações de bovinos, suínos e caprinos. O poder aquisitivo da população gira em torno de um salário mínimo, originado em maior proporção do poder público municipal e da renda dos aposentados. Sendo que uma parcela da população tem renda inferior a um salário mínimo e sobrevive dos programas do governo de transferência de renda, tendo como exemplo o bolsa família. Atualmente 1.876 famílias do munícipio recebem beneficio do governo (dados obtidos nos registros da Secretaria de Saúde).

A Atenção Básica é reconhecida como a principal ferramenta para organização e consolidação do SUS a partir da Estratégia de Saúde da Família e como reorientadora do modelo técnico-assistencial de saúde.

A saúde do município de Uibaí vem enfrentando, além dos desafios pela Atenção Básica no Brasil, como subfinanciamento; dificuldade de atração e fixação de trabalhadores com experiência em saúde da família; qualificação de mão de obra; rotatividade de profissionais; além da distância da capital do estado de 516Km.

A verba destinada à saúde não é suficiente para solucionar todos os problemas que surgem a cada dia na saúde dos moradores do município, as necessidades são muitas, a verba insuficiente, é preciso escolher de forma criteriosa e decidir a maneira de investir o recurso em programas e projetos que atendam o maior número de usuários. O problema aumenta quando os clientes precisam de atendimento especializado, exames ou procedimentos que devem ser regulados pelo governo. É uma espera “interminável”, principalmente para quem está precisando de cuidados para a saúde. Diante deste fato, o município assumiu responsabilidades como, contratar especialistas na área de cardiologia, ginecologia, psiquiatria e oferece os serviços de ultrassonografia e eletrocardiograma. Por um lado isso é bom, a população recebe atendimento destes profissionais, mas como o município está pagando com recursos próprios, acaba desequilibrando as contas. Parte dos funcionários de saúde está insatisfeita com o salário que recebe, como o município investe o dinheiro em especialidades sobra menos para investir na atenção básica.

Quanto à Atenção à Saúde, o município encontra-se em Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada e está em processo crescente do Modelo de Atenção, no entanto, verifica-se a predominância do Modelo centrado no médico e a valorização hospitalar. Tem-se buscado o fortalecimento e estruturação da Atenção Básica com a implementação da Estratégia de Saúde da Família e demais ações de Promoção à Saúde. Precisa-se, portanto, vislumbrar e implementar as ações em conjunto com a equipe e os profissionais de saúde objetivando uma Atenção Integral.

A Atenção Básica é prestada através das ações desenvolvidas por quatro (04) Equipes de Saúde da Família; três (03) Unidades Satélites, um (01) Posto de Saúde, um (01) Centro de Atendimento Médico Especializado como apoio matricial e uma (01) Farmácia Básica. O controle endêmico é realizado por doze Agentes e um supervisor de campo desenvolvendo atividades no controle de Chagas, Dengue e Leishmaniose. Estão lotados na Secretaria Municipal de Saúde, onde esta se compõe dos seguintes serviços: Departamento de Atenção Básica, Vigilância à Saúde (Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental); Serviço de Controle e Regulação; Setor de Informação de Saúde e Atendimento à livre demanda.

A composição das equipes de Saúde da Família, atualmente, encontra-se desta maneira: um (01) médico; um (01) odontólogo; um (01) auxiliar de odontologia; um (01) auxiliar de serviços gerais; uma (01) recepcionista; três (03) técnicos de enfermagem, exceto o PSF do povoado de Boca D’água, que conta com dois (02) técnicos de enfermagem e uma (01) enfermeira que atua como gerenciadora das unidades.

O município dispõe ainda, do Hospital Municipal João Ferreira de Souza, de pequeno porte, com capacidade e credenciamento no SUS para 30 leitos, atendendo nas quatro clinicas básicas, com procedimentos ambulatoriais, serviço de urgência/emergência e internações em regime de 24 horas. O serviço de apoio diagnóstico é prestado por um laboratório de análises clínicas e alguns procedimentos especializados são realizados através de pactuações. Profissionais que atuam no serviço hospitalar: oito (08) médicos, sistema de plantão; quatorze (14) técnicos de enfermagem; dez (10) auxiliares de serviços gerais; quatro (04) vigilantes; três (03) recepcionistas; sete (07) motoristas; duas (02) cozinheiras; duas (02) copeiras; dois (02) agentes administrativos; quatro (04) na lavanderia e uma (01) enfermeira que

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