Análise sobre a desigualdade social e o capitalismo dependete

Análise sobre a desigualdade social e o capitalismo dependente

A desigualdade social no Brasil é um problema com raízes históricas que desenvolveu suas bases no início da colonização portuguesa, sucedendo-se na contemporaneidade. Nesse sentido, a sociedade brasileira se desenvolveu a partir dos interesses da classe dominante que com a transição do feudalismo para o capitalismo mantiveram seus privilégios, gerando uma sociedade pautada em uma super exploração do trabalho que deixa em evidência os danos causados por décadas de descasos e disparidades.

Em primeira análise, cabe ressaltar que o desenvolvimento do capitalismo brasileiro foi marcado por diversas crises políticas e influências externas, o que gerou uma certa dependência econômica baseada na exportação. Como citado pelo autor Ruy Mauro Marini, na década de 60 houve uma contenção na exportação brasileira atrelada a diminuição da entrada de capital estrangeiro no país, gerando uma série de desempregos onde os trabalhadores rurais foram forçados a migrar para os centros urbanos na tentativa de oportunidades no mercado de trabalho. Entretanto, não havia um planejamento que proporcionasse uma remanejo dessas massas do campo, resultando na diminuição dos salários urbanos devido a grande quantidade de mão de obra e no aumento da população favelizada.

Nesse sentindo, é possível perceber que a falta de políticas públicas para a criação de empregos e a falta de políticas habitacionais é um fator antigo, porém, permanece recente na sociedade. De acordo com o relatório sobre riqueza global elaborado pelo banco Credit Suisse o Brasil atingiu o recorde da desigualdade social em 2020, pode-se mencionar essa problemática é gerada e ampliada pela má distribuição de renda e pela baixa oferta de empregos à população, que afeta além da qualidade de vida do cidadão, a situação econômica do país, que busca corrigir a problemática através de políticas assistenciais que não se mostram eficazes contra a disparidade econômica nacional.

Destarte, pode-se afirmar que as mazelas sociais e econômicas presentes na sociedade estão estruturados em sua conjuntura desde o início do regime capitalista instaurado no país.  Estes são fatores que contribuem para a condição de subsenvolvimento que se encontram diversos países, em destaque o Brasil, atrelados à disparidade  em  relação  à  distribuição  da  renda entre uma  grande  parcela  da  população  que recebe baixos rendimentos e um grupo restrito que concentra uma grande quantidade de capital.

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