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Cultura De Citros

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Por:   •  22/10/2014  •  4.123 Palavras (17 Páginas)  •  474 Visualizações

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INTRODUÇÃO

De origem asiática, as plantas cítricas foram introduzidas no Brasil pelas primeiras expedições colonizadoras, provavelmente na Bahia. Entretanto aqui, com melhores condições para vegetar e produzir do que nas próprias regiões de origem, as citrinas se expandiram para

todo o país. Os citros compreendem um grande grupo de plantas do gênero Citrus e outros gêneros afins (Fortunella e Poncirus) ou híbridos da família Rutaceae, representado, na maioria, por laranjas (Citrus sinensis), tangerinas (Citrus reticulata e Citrus deliciosa), limões (Citrus limon), limas ácidas como o Tahiti (Citrus latifolia) e o Galego (Citrus aurantiifolia), e doces como a lima da Pérsia (Citrus limettioides), pomelo (Citrus paradisi), cidra (Citrus medica), laranja-azeda (Citrus aurantium) e toranjas (Citrus grandis). A citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, têm se destacado pela promoção do crescimento sócio-econômico, contribuindo com a balança comercial nacional e principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área rural. As laranjeiras, as

tangerineiras, as limeiras ácidas e os limões verdadeiros são os principais tipos de citros cultivados no Brasil. As laranjeiras [Citrus sinensis (L.) Osbeck] são os citros de maior

importância econômica, sendo divididas em grupos: Comum, Umbigo, Sem Acidez e Sanguíneas (HODGSON, 1967). O fruto é consumido na forma “in natura”, porém, 50 a 55% é

industrializado para a produção de suco. O caule das plantas podem ser utilizados na forma de

lenha. Algumas espécies são utilizadas na produção de ácido cítrico e também na produção de matéria-prima para a indústria farmacêutica. No Brasil, a produção de citros ocorre principalmente no Estado de São Paulo, onde

encontram-se cerca de 85% da produção brasileira de laranjas (14,8 milhões t; 700 mil ha);

também, na ordem de aproximadamente 1,5 milhão t, destaca-se a produção de Tahiti e

tangerinas, como a Ponkan e o tangor Murcott. Outros estados como Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul contribuem para o agronegócio dos citros com a produção, principalmente, de laranjas, tangerinas e Tahiti. As laranjas representam a principal espécie cítrica cultivada no País. A pujança da produção brasileira deve-se ao grande mercado mundial de exportação de suco. Com o conhecimento das qualidades nutricionais, a demanda para o suco

cítrico tem crescido.

Importância Econômica

No Brasil, a área plantada com frutas cítricas está ao redor de 1 milhão de hectares e a produção supera 19 milhões de toneladas, a maior no mundo há alguns anos. O país é o maior exportador de suco concentrado congelado de laranja, cujo valor das exportações, juntamente com as de outros derivados, tem gerado cerca de 1,5 bilhão de dólares anuais.

Apesar da produção estar concentrada na região sudeste, com destaque para o estado de São Paulo, que é responsável por aproximadamente 80% da produção brasileira, a região Nordeste responde por 8,65% da produção nacional e 12,70% da área colhida. Com relação à região Nordeste, destacam-se os estados da Bahia e Sergipe como o 2° e 3° produtores nacionais, respectivamente, onde a Bahia responde por 54% da produção e 45% da área colhida, e Sergipe responde por 39% da produção e 43% da área colhida. Juntos, Bahia e Sergipe, representam cerca de 8% da produção citrícola brasileira.

A produção integrada de citros, portanto, vem contribuir como elemento de sustentabilidade e competitividade para o agronegócio citros, e permitir além do aumento da qualidade dos frutos, a possibilidade de abertura de novos nichos de mercado e a exportação dos mesmos, devido o uso de normas que atendem rigorosos padrões de controle baseados na sustentabilidade, aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados de monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade de todo o processo, tornando-o economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.

Dessa forma, percebe-se que a produção integrada pode alavancar mais o cultivo de citros, sobretudo em regiões onde existe uma maior carência na organização da base produtiva, na obtenção produtos de maior qualidade, no desenvolvimento da citricultura mais competitiva, com redução nos custos de produção, que permita ao produtor apresentar um produto diferenciado, que agregue mais valor e garanta a permanência no mercado consumidor, interno ou externo.

Clima

Tem-se para o gênero Citrus que a pluviosidade mais adequada é aquela situada entre 1800 mm a 2400 mm, com um mínimo aceitável de 1200 mm, bem distribuídos durante o ano, podendo-se suplementar os déficits com água de irrigação. As pesquisas sobre o comportamento de plantas cítricas tem demonstrado que esta cultura é fortemente afetada pela falta de chuva ou pela distribuição irregular destas, podendo trazer problemas como redução da produção, da massa foliar e número de frutos por pé. Por outro lado, quando em condições irrigadas o rendimento é alto, podendo superar até três vezes mais os plantios não irrigados, ou seja, o clima exerce grande influência sobre o vigor e longevidade das plantas cítricas. No que diz respeito a temperaturas ideais, temos como exigência mínima da cultura 10 ºC, temperaturas ótimas de 20 a 30 ºC e máxima de 35 ºC.

Os elementos climáticos exercem influência sobre os citros, destacando-se dentre esses a temperatura que, além de ter efeito acentuado sobre a qualidade do fruto, foi o fator que determinou a distribuição geográfica das plantas cítricas na grande faixa de 40º ao norte e sul do equador.

Os frutos produzidos nos climas frios têm melhor coloração da casca e da polpa, bem como teores mais altos de açúcares e ácidos, que acentuam o sabor. Nos climas quentes os frutos são menos coloridos interna e externamente, com teores mais baixos de açúcares e principalmente de acidez, o que resulta em frutos mais doces, porém de paladar mais pobre. Sob temperaturas mais altas o período floração-maturação é bastante encurtado e os frutos permanecem pouco tempo na planta depois de maduros. Os climas quentes são propícios ao cultivo dos pomelos e toranjas, limas doces e ácidas e limões verdadeiros.

É interessante notar que as condições climáticas do Brasil permitem ao país desenvolver uma citricultura tropical, dos arredores do equador até as proximidades do paralelo 20º Latitude Sul, onde predominam

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