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Desenvolvimento Psicomotor

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Por:   •  29/10/2014  •  722 Palavras (3 Páginas)  •  506 Visualizações

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Nesta unidade enfatizaremos o desenvolvimento motor normal da criança de 0 a 12 anos,

considerando desde o crescimento intrauterino até a influência do ambiente, sem deixar de lado os

estímulos que interferem no desenvolvimento psicomotor.

Na sequência, veremos alguns aspectos de distúrbios e debilidades psicomotoras, bem como tópicos

de gerontomotricidade.

Abordaremos alguns pontos sobre as avaliações em psicomotricidade e a prática psicomotora.

Veremos também o envelhecimento que naturalmente ocorre, trazendo suas transformações em

hábitos e atitudes, para que a pessoa idosa possa manter suas atividades do dia a dia, assim como

orientações aos seus familiares ou cuidadores.

5 Da ontogênese à retrogênese psicomotora

5.1 Etapas psicomotoras normais da criança de 0 a 6 anos

5.1.1 O crescimento intrauterino e o peso ao nascer

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002),

o período de crescimento intrauterino é de vital importância para o ser

humano. É quando se observa maior velocidade de crescimento. Uma

ideia dessa velocidade pode ser ilustrada pelos seguintes fatos: no curto

período que vai da concepção até o momento da implantação no útero,

o ovo apresenta várias divisões celulares, de modo que, ao implantar‑se,

já possui 150 células. Ao final da oitava semana após a fertilização (cerca

da 12ª semana de gestação), termina o período embrionário, e o concepto

já apresenta a forma humana com braços e pernas, um coração que bate

e um sistema nervoso que mostra sinais de início de respostas reflexas ao

estímulo tátil [TANNER, 1978]. É neste período [...] que os riscos externos

(agentes infecciosos, má nutrição materna, uso pela mãe de tabaco e outras

drogas, irrigação placentária insuficiente, enfermidades maternas, entre

outros) de agressão para o feto são maiores, mais graves e têm repercussões

mais generalizadas (BRASIL, 2002, p. 17).

Para acompanhar essa etapa tão importante, o Ministério da Saúde, por meio da Atenção à Saúde da

Mulher, incentiva a mulher a dar atenção à realização do pré‑natal, entre outras medidas.

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Psicomotricidade

A Rede Cegonha sistematiza e institucionaliza um modelo de atenção ao parto e ao nascimento que

vem sendo discutido e construído no país desde os anos 1990, com base no pioneirismo e na experiência

de médicos, enfermeiros, parteiras, doulas, acadêmicos, antropólogos, sociólogos, gestores, formuladores

de políticas públicas, gestantes, ativistas e instituições de saúde, entre muitos outros. Trata‑se de um

modelo que garante às mulheres e às crianças uma assistência humanizada e de qualidade, que lhes

permite vivenciar a experiência da gravidez, do parto e do nascimento com segurança, dignidade e

beleza. Não se pode esquecer jamais que dar à luz não é uma doença, mas uma função fisiológica e

natural que constitui uma experiência única para a mulher e o(a) parceiro(a) envolvido(a).

Observação

O pré‑natal é importante durante toda a gestação, desde o primeiro

trimestre, pois só assim é possível identificar os riscos que podem ocorrer

durante o desenvolvimento fetal.

Leia o texto a seguir.

A desaceleração do crescimento intrauterino

O crescimento em comprimento e o peso do feto seguem o mesmo padrão, entretanto

o pico da velocidade de ganho ponderal é atingido mais tarde, por volta da 32ª semana

(terceiro trimestre). Entre a 34ª e a 36ª semana, a velocidade de crescimento do feto

começa a diminuir devido à influência do espaço da cavidade uterina que vai se tornando

completamente ocupado. Fetos gemelares diminuem a sua velocidade de crescimento mais

cedo que o feto único, e isso ocorre quando a soma do peso dos dois fetos é aproximado ao

peso do feto único com 36 semanas [TANNER, 1978].

A importância prática desse mecanismo de desaceleração do crescimento intrauterino é que

permite a uma criança geneticamente grande crescer no útero de uma mulher pequena e apresentar

peso de nascimento nos percentis [...] mais baixos do que deveria ter pelo seu potencial genético

de crescimento. São, portanto, crianças geneticamente grandes nascidas de mães pequenas que

a partir dos primeiros meses de vida alcançam percentis de crescimento mais altos; por outro

lado, crianças geneticamente pequenas nascidas de mães grandes tendem a direcionarem‑se

para percentis mais baixos. Isso tem uma implicação prática grande, pois durante os 18 primeiros

meses de vida muitos bebês podem mudar seu canal de crescimento para comprimento e peso,

mesmo sem a ocorrência de patologias ou alterações na sua nutrição [TANNER, 1978].

A altura materna é de grande importância em Saúde Pública por ser um marcador da

história nutricional da mãe e apresentar forte associação com o baixo peso do recém‑nascido.

Crianças filhas de mães com altura inferior a 1,50 metros apresentam risco elevado de baixo

peso ao nascer. Essa associação é mais marcante nas famílias de baixa renda (menos de

seis salários mínimos de renda familiar). Também é um fator de risco para o parto assistido

devido à desproporção cefalopélvica [BARROS; TOMASI; VICTORA, 1996].

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