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Determinação Da Acidez Trocável E PH Do Solo Em Amostras De Cerrado

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Por:   •  14/8/2014  •  3.449 Palavras (14 Páginas)  •  1.787 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

CAMPUS MONTE CARMELO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

PRISCILLA ALVES

Determinação da acidez trocável e pH do solo em amostras de Cerrado

MONTE CARMELO – MG

2014

PRISCILLA ALVES

Determinação da acidez trocável e pH do solo em amostras de Cerrado

Relatório apresentado como requisito parcial de conclusão da disciplina de Química Geral e Analítica ministrada pelo Prof.Mr. Edmar Isaias de Melo

UFU

MONTE CARMELO – MG

2014

RESUMO

Os solos do cerrado apresentam fertilidade baixa, alto teor de alumínio e acidez e pH entre 4 e 5. Essa acidez é influenciada pela pouca quantidade de bases dos materiais de origem e a capacidade de troca de cátions (C.T.C.) no solo. Se, em sua menor parte, ele for ocupado por cátions básicos, a substituição destes por alumínio trocável e prótons representa a acidificação do solo. O excesso desse alumínio é tóxico às plantas, limita o crescimento das raízes e o desenvolvimento das plantas, interfere diretamente na disponibilidade de fosfato e inibe a absorção de ferro, além de causar efeito tóxico ao metabolismo vegetal e reduzir a condutividade de água aparente das raízes. O alumínio também causa atraso na germinação de sementes, além de provocar estresse oxidativo nas plantas. Uma das formas de se corrigir a acidez do solo é o processo de calagem, a adição de calcário ao solo, o pH é elevado ao valor exigido à cultura em que se deseja empregar, o alumínio é precipitado e os teores de cálcio e magnésio é elevado para valores moderados. Para saber se há necessidade de calagem, é feita a determinação do teor de alumínio trocável (acidez trocável) e dos teores de H+ + Al3+ (acidez potencial) através de analises químicas do solo. O trabalho teve como objetivo determinar potencialmente o pH do solo em água e em solução de cloreto de potássio 1mol.L-1, como também a acidez trocável por meio de uma solução de cloreto de potássio ( KCl 1mol.L-1). Diante dos resultados obtidos foi possível avaliar a acidez das amostras de solo de cerrado nativo e talhão de café e constatou-se que a amostra de talhão de café apresentou baixa acidez em relação à de cerrado nativo e, portando esse primeiro é mais produtivo que o último.

Palavras-Chave: Cerrado; acidez do solo; alumínio trocável; calagem.

INTRODUÇÃO

O cerrado brasileiro cobre uma área de 2 área de aproximadamente milhões de km² (200

milhões de hectares), abrangendo dez estados do Brasil Central. Constitui uma região rica em água destacando a presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins - Araguaia, São Francisco e Prata) na região que favorecem sua biodiversidade. Com características típicas de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem caracterizadas: inverno seco e verão chuvoso. Seus solos são ácidos, deficientes na maioria dos deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio. Diferencialmente, o cerrado abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal.

Os planaltos predominam a paisagem dos Cerrados, embora pode-se observar grande

variação de relevos. Calcula-se que metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses.

Com parte das regiões de clima tropical e subtropical, é comum a ocorrência de solos

ácidos, caracterizados por reduzido pH, baixos teores de matéria orgânica, baixos teores de Ca e Mg trocáveis, baixo índice de saturação de bases, e relativamente elevados teores de alumínio trocáveis. Quando os solos de cerrado encontram-se inseridos ao processo produtivo, a correção desses já foi realizada através da calagem. A calagem é uma das práticas que mais contribui para o aumento da eficiência dos adubos e consequentemente, da produtividade e da rentabilidade agropecuária.

ORIGEM DA ACIDEZ DOS SOLOS

Os solos podem ser ácidos devido à própria pobreza em bases do material de origem, ou

a processos de formação que favorecem a remoção ou lavagem de elementos básicos como K, Ca, Mg, Na e outros. Além disso, os solos podem ter sua acidez aumentada por cultivos e adubações. Em ambos os casos, a acidificação se inicia, ou se acentua, devido à remoção de bases da superfície dos coloides do solo. A origem da acidez do solo é causada principalmente por lavagem de Ca e Mg do solo pela água da chuva ou irrigação, remoção dos nutrientes pelas colheitas e utilização da maioria dos fertilizantes químicos. Há três maneiras principais que provocam a acidificação do solo.

1-A primeira ocorre naturalmente pela dissociação do gás carbônico:

CO2 + H2O ⇔ H+ + HCO3-

O H+ transfere-se então para a fase sólida do solo e libera um cátion trocável, que será

lixiviado com o bicarbonato. Esse fenômeno é favorecido por valores de pH elevados, tornando-se menos importante em pH baixos, sendo inexpressivo a pH abaixo de 5,2. Portanto, em solos muito ácidos não é provável uma grande acidificação através do bicarbonato.

2- A segunda causa da acidificação é ocasionada por alguns fertilizantes, sobretudo os

amoniacais e a ureia, que durante a sua transformação no solo, sob ação dos microrganismos, resulta H+:

Amoniacal:

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