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Solos do Cerrado Brasileiro

Por:   •  3/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  437 Visualizações

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[pic 1]

Universidade do Estado da Bahia Campus IX

Engenharia Agronômica

ACÁSSIO NADSON GOMES FREITAS

CLEUBER OLIVEIRA DE SOUSA

LOANNY DE SOUZA SANTOS

HELLEN CRISTINA MAGALHÃES

MARILUCIA DE JESUS GOMES

RILLARY BIANNCA DE OLIVEIRA ALVES

SOLOS DO CERRADO BRASILEIRO

Barreiras-Ba

2018.1

ACÁSSIO NADSON GOMES FREITAS (121720140)

CLEUBER OLIVEIRA DE SOUSA

LOANNY DE SOUZA SANTOS

HELLEN CRISTINA MAGALHÃES

MARILUCIA DE JESUS GOMES

RILLARY BIANNCA DE OLIVEIRA ALVES

SOLOS DO CERRADO BRASILEIRO

[pic 2]

Barreiras-Ba

2018.1

1. INTRODUÇÃO

O segundo maior Bioma do Brasil é o Cerrado que cobre uma área de 204 milhões de hectares. Isso representa 20% de toda a extensão territorial do país. O Bioma Cerrado é encontrado na parte mais central do País, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal.

Os solos do Bioma do Cerrado são geralmente profundos, de cor vermelha ou vermelha amarelada, porosos, permeáveis, bem drenados e, por isto, intensamente lixiviados.

A agricultura nos solos do cerrado difere das áreas com solos mais férteis apenas na correção da pobreza natural de nutrientes e da sua acidez. Uma vez superada essa limitação, a situação é a mesma de qualquer agricultura bem feita em qualquer local onde se procura restituir ao solo os nutrientes extraídos e exportados como produto agrícola, pecuário ou florestal (SOUZA, 2004).

Em sua textura predomina, em geral, a fração areia. Sua capacidade de retenção de água é relativamente baixa. O teor de matéria orgânica destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3 e 5%. Quanto às suas características químicas, eles são bastante ácidos, com pH que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5. Esta forte acidez é devida em boa parte aos altos níveis de Al3+, o que os torna aluminotóxicos para a maioria das plantas agrícolas. Níveis elevados de ions Fe e de Mn também contribuem para a sua toxidez. Baixa capacidade de troca catiônica, baixa soma de bases e alta saturação por Al3+, caracterizam estes solos profundamente distróficos e, por isto, impróprios para a agricultura.

2. CLASSES DE SOLOS        DO BIOMA CERRADO

As classes de solos de ocorrência mais comum no cerrado, definidas com base na classificação brasileira de solos, são representados no gráfico 1 abaixo.

Gráfico 1 - Principais classes de solos do cerrado.

[pic 3]

Fonte: SOUZA, 2004.

2.1. LATOSSOLOS

2.1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

São formados pelo processo de latolização que consiste na remoção da sílica e das bases do perfil, como Ca2+, Mg2+, K+, após o intemperismo dos materiais primários.

Tabela 1. Características morfológicas e físicas diferenciais dos principais latossolos do cerrado; Latossolo Roxo (LR), Latossolo Vermelho-Escuro (LE), Latossolo Vermelho-Amarelo (LV), Latossolo Amarelo (LA) e Latossolo Variação-Una (LU).

Características

LR

LE

LV

LA

LU

Cor (úmida)

Vermelha escura e arroxeada

Vermelha escura

Vermelha amarelada

Amarelada

Amarelada escura

Textura

Argilosa e muito argilosa

Média, argilosa e muito argilosa

Média, argilosa e muito argilosa

Média, argilosa e muito argilosa

Argilosa e muito argilosa

Drenagem

Acentuadamente drenado

Bem acentuadamente drenado

Bem acentuadamente, podendo ocorrer drenagem moderada e até imperfeita

Bem drenado

Bem drenado

Fonte: SOUZA, 2004.

Estes são solos minerais, não-hidromórficos, profundos, com cores variadas entre vermelho muito escuro e amarelada, apresentam estrutura granular muito pequena, são maciços quando secos e altamente friáveis quando úmidos. Apresentam teor de silte inferior a 20% e argila variando entre 15% e 80%. Os latossolos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas devido a sua baixa capacidade de troca de cátions (CTC). Mais de 95% dos seus solos são distróficos (solos com saturação por base inferior a 50%) e ácidos, com pH entre 4,0 e 5,5, em geral são solos com grandes problemas de fertilidade.

2.1.2. APTIDÃO AGRÍCOLA

Os latossolos são utilizados com culturas anuais, duradouras, pastagens e reflorestamento. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis e de fácil preparo. Apesar do alto potencial para agropecuária, parte de sua área deve ser mantida com reserva para proteção da biodiversidade desses ambientes.

2.1.3. LIMITAÇÕES

Um fator limitante é a baixa fertilidade desses solos. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e fertilizantes, aliadas à época propícias de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas produções.

A baixa CTC desses solos pode ser melhorada, adotando-se práticas de manejo que promovam a elevação dos teores de matéria orgânica do solo, uma vez que a CTC depende essencialmente dela. Plantio direto, associado à rotação de culturas, pode permitir a elevação desses teores.

Os Latossolos Amarelos, além da baixa fertilidade e da alta saturação por alumínio, apresentam problemas físicos com limitações quanto à permeabilidade restrita (elevada coesão dos agregados, pois o solo é extremamente duro quando seco) e lenta a infiltração de água. Os de textura mais argilosa têm certa tendência ao selamento superficial, condicionado pela ação das chuvas torrenciais próprias dos climas equatoriais e tropicais. Os solos, utilizados para lavouras ou pastagens, apresentam alta erodibilidade à proporção que permanecem desnudos.

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