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Discutir a sustentabilidade e a responsabilidade social na cadeia de abastecimento

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Por:   •  16/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.688 Palavras (19 Páginas)  •  389 Visualizações

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1. Introdução

Designa a ideia de que a performance de uma empresa deve ser medida baseando-se na sua contribuição para a prosperidade econômica, qualidade ambiental e capital social.

A Sustentabilidade é um novo desafio na Cadeia de Suprimentos, o Triple Bottom Line, usado como uma alternativa de medida e de elaboração de relatórios sobre o desempenho da empresa, confrontando-a com os parâmetros econômicos, sociais e ambientais. De um modo mais abrangente, o termo é utilizado para definir o conjunto de valores, assuntos e processos que as empresas devem ter. Possui o objetivo de reduzir os danos resultantes das suas atividades de forma a criar valor econômico, social e ambiental. Este procedimento demonstra transparência no propósito da empresa e considera as necessidades de todos os stakeholders (acionistas, clientes, colaboradores, parceiros de negócios, governos, comunidade local e o público). Tornar-se mais competitivo no mundo globalizado, ampliar o portfólio de soluções, inovar para manter ou buscar a liderança, são motivos que levam as empresas a rever seus modelos de negócios.

A Responsabilidade Social na Cadeia Produtiva é um desafio permanente e contínuo voltado para o investimento social da empresa agregando valor ao seu produto, envolvendo toda a Cadeia Produtiva na busca da ética cooperativa e da cidadania.

O conceito de Responsabilidade Social Empresarial segundo (ASHLEY, 2002), está se consolidando de forma multidimensional e sistêmica. O conceito concretiza-se através da busca da interdependência entre os diversos stakeholders ligados direta ou indiretamente ao negócio da empresa.

A cadeia de valor na conceituação de Porter (PORTER, 1989) é vista como indissociável da sustentabilidade e da contribuição que esta pode dar à prosperidade econômica e a qualidade socioambiental da sociedade.

Segundo Yung (2005) “as empresas brasileiras incorporaram nos últimos anos o discurso da gestão responsável. Muitas avançaram em suas práticas aprimorando o relacionamento com os funcionários, adotando estratégias de redução do impacto no meio ambiente ou investindo no desenvolvimento das regiões onde atuam. As nossas empresas estão descobrindo que cuidar apenas dos processos internos não é suficiente. É preciso garantir que as práticas responsáveis sejam adotadas em toda a cadeia produtiva. Ele acredita que uma companhia conquista uma boa reputação por tratar bem seus funcionários. Caso contrário, esta empresa terá seu esforço anulado se comprarem serviços de empresas que não respeitam direitos humanos básicos. Num ambiente em que a cooperação faz cada vez mais parte do negócio, uma empresa com ações condenáveis pode comprometer a imagem de outras na mesma cadeia. Uma companhia atuando sozinha tem uma influência limitada em seu ambiente de negócios”.

Na pesquisa do guia Exame de boa cidadania corporativa (2005) 51% das empresas afirmaram incluir critérios específicos de Responsabilidade Social na seleção e avaliação de fornecedores.

Discutir Sustentabilidade e Responsabilidade Social na cadeia de Suprimentos é algo extremamente complexo devido à amplitude e ao encadeamento das relações estabelecidas entre os diversos stakeholders. Além disso, as cadeias produtivas diferem-se intrinsecamente possuindo uma especialização única, principalmente no que se refere aos agentes participantes e àquele com maior poder de coerção sobre a cadeia (CHING, 1999).

A junção entre qualidade socioambiental e desenvolvimento socioeconômico por meio de uma gestão do desempenho baseada na Responsabilidade Social Empresarial, tornam iniciativas empresariais marcos de fundamental importância, tanto teórica, quanto empírica e social.

2. A Cadeia de Suprimentos

As etapas produtivas nas cadeias de suprimentos transformam as empresas em agentes cuja competitividade depende do seu desempenho e do desempenho de todas as demais empresas envolvidas no fornecimento de produtos aos clientes finais: o efeito Jay Forrester (SLACK et al. 1997) “quanto maior for o número de interlocutores em um processo determinado, maior é a tendência de distorção da informação”.

Como membros de arranjos como as cadeias de suprimentos e as cadeias produtivas, as empresas transformam-se em agentes cuja competitividade depende do seu desempenho e do desempenho de todas as demais empresas envolvidas nas etapas necessárias para o fornecimento de um determinado produto aos clientes finais. Nesse sentido, uma empresa pode ser visualizada e analisada a partir de três unidades principais:

De forma isolada, no contexto de sua cadeia de valor em que as atividades executadas são analisadas com o objetivo de apontar potenciais de vantagem competitiva. Como um dos membros de uma cadeia de suprimentos visualizada a partir de uma empresa, e envolvendo as empresas inseridas a montante e a jusante desta, desde as fontes originais de matérias-primas, até os clientes finais; ou como participante de um dos elos (indústria) de uma cadeia produtiva, seja na cadeia principal ou auxiliar desta. Os conceitos de cadeia de suprimentos, cadeia produtiva e cadeia de valor, são discutidos na sequência do trabalho.

O termo logística evoluiu para uma concepção de integração, em que os fluxos de materiais, financeiro e de informação atuam de forma estratégica reduzindo custos. A expansão do comércio internacional, atrelada às mudanças tecnológicas, induziu a um crescente movimento de cooperação entre clientes e fornecedores denominados Supply Chain VI Management. Para conceituar o Supply Chain Management é necessário antes conceituar o que é Cadeia de Suprimento e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento.

A cadeia de suprimento, segundo Christopher (1997, p.13) "representa uma rede de organizações, através de ligações nos dois sentidos dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos do consumidor final”.

Segundo Slack (1997, p.411), este conceito "é desenvolvido com uma abrangência bem maior e com um enfoque holístico, que gerencia além das fronteiras da empresa". (LAMBERT; COOPER E PAGH, 1998) e (LAMBERT, STOCK E VANTINE, 1999, p. 830-831), analisam o escopo da logística e afirmam que por mais amplo que seja o enfoque dado a ela, a cadeia de suprimentos tem uma abrangência maior, envolvendo todos os processos de negócio, que se tornam processos de negócios da cadeia de suprimentos.

Lambert e Pohlen (2001) afirmam que o Council of Logistics Management (CLM) revisou sua definição de logística em 1998 e definiu que logística é aquela parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa

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