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FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE: UMA ANÁLISE CONCEITUAL

Por:   •  19/2/2018  •  Resenha  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  285 Visualizações

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RESUMO

Maria Clarete Guimarães Renó

FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE: UMA ANÁLISE CONCEITUAL

João Carlos Petrini;

Miriã Alves Ramos de Alcântara;

Lúcia Vaz de Campos Moreira

A Família em Mudança. Revista VERITATI. Salvador, v. 2, n. 2, p. 125-140, 2002.

Baseada no contexto histórico de famílias em uma sociedade em um bairro na zona rural das Minas Gerais, desde a década de 1940 até os tempos atuais, observando o conviver dessas famílias e fazer parte do contexto histórico delas é possível sentir as transformações sociais, culturais, políticas e econômicas perpassadas por elas nas linhas do pensamento dos autores acima. Nesses tempos o pai era o chefe de família de onde partia a administração dos labores e a mãe aquela figura materna e mantenedora dos afazeres domésticos e do bem estar dos membros da casa, contudo não fugia a figura machista dos homens tal qual a feminilidade das mulheres. A realidade da família brasileira com o passar dos tempos vem sofrendo as metamorfoses sociais, entrar no viés da globalização e neoliberalismo desenfreados amadrinhados pela informática, não saber controlar o fluxo da internet em suas vidas, é algo preocupante. Mario Sergio Cortela vem dizer em uma de suas palestras que as redes sociais cumprem um papel essencial na vida das pessoas, porém o efeito colateral é o isolamento. O próximo mais próximo que já não o é mais; em nome da conexão virtual, todo mundo junto e quase ninguém perto.

Fazer parte de uma dessas famílias onde crises de valores são vistos e sentidos paralelamente com o famigerado capitalismo é sentir as metamorfoses sem muitas di9ficuldades, se antes a matriarca contava longas histórias para sua prole a beira de um fogão à lenha, hoje trocam palavras através de aparelhos eletrônicos ainda que custe. Se antes tinham vários filhos, hoje não mais; causadas ora pelas situações financeiras ameaçadoras, ora porque as mulheres assumem posições de pais. A convivência familiar é transformada por responsabilidades igualitárias de formas mais democráticas entre marido e mulher deixando assim os modelos anteriores esquecidos (Petrini) .Em nome da modernidade.

Neste passado também as famílias trocavam experiências no trabalho em que cada dia todos trabalhava para um e para todos (tipo de colaboração entre os vizinhos quando o serviço exigia mais a força tarefa) e no final da tarefa sempre um “bolão” de fubá no canto da roça. Tinham o lado alegre trocando quitutes e canções em festas de padroeiro de bairro. Tinha-se festa de formatura de filha professora, o anel de formatura cravejado com uma pedra de esmeralda com 20 diamantes era a alegria do chefe da casa que vendia uma vaca leiteira para o feito.Tudo regado com satisfação, amor e prazer resumido em baile com teto de lona e moderação. A religião também muda o que era passada de geração em geração passa então a ser religião de momento conforme a necessidade (dizeres de padre Fábio e Karnal do livro Crer ou não Crer). A igreja seja qual ela for, ainda tenta por demais alcançar o milagre de conservar a família nos parâmetros anteriores, enfrenta a resistência da modernidade no confronto que o conservadorismo quer exigir alegando a destruição de lares.

É por meio da família que, num primeiro momento, tem acesso ao mundo. Somos apresentados a uma série de informações que nos dirá quem somos e o que esperam de nós. Trata-se da unidade básica de desenvolvimento e experiência, onde ocorrem situações de realização e fracasso, saúde e enfermidade. É um sistema de relação complexo dentro do qual se processam interações que possibilitam ou não o desenvolvimento saudável de seus componentes. Buscaglia (1997, p. 78).

Torna-se surreal a luta desta instituição diante do avanço da modernidade e massificação da mídia, são verdadeiros duelos entre a empatia do conservador e a defesa de direito de liberdade de escolhas, em se tratando de estrutura familiar. A instituição familiar é vista como uma das mais fortes composições sociais e essencial a todo ser humano porque é nela que inicia a sociedade ainda que tenha muitas sem estrutura e sem proteção social.

Enfim o diálogo no seio familiar é ferramenta eficaz. A democracia deve ser experimentada na educação familiar, mas que seja vivida e praticada pelas autoridades do lar com capacidade suficiente para não usar de ditadura e causar efeitos colaterais.

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 226 conceitua família como sendo base da sociedade, tendo esta proteção especial do Estado. Rodrigues (2009) vem dizer que a constituição não deixa dúvida que é considerado família aquele grupo social com laços de afetividade com preservação da dignidade de seus membros.

Até a entrada em vigor da atual Constituição Brasileira, o casamento era a única modalidade de família admitida no ordenamento jurídico, em especial pela postura conservadora do Estado em consonância com o padrão de moralidade disseminado pela Igreja, no sentido de se preservar o perfil de família tradicional até então existente: patriarcal, hierarquizada e heterossexual. (FERNANDES, 2010)

O autor traz que a nova Carta Constitucional adequa a nova realidade ao proteger outras entidades familiares, há muito distanciada da fórmula romântica, caótica e prostática entabulada de família sobre a visão da igreja .

DA TRANSFORMAÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIA

O termo "família" surge na Roma Antiga e seu significado no latim é famulus que significa “escravo doméstico” denominava-se assim, pois era um grupo social introduzido à agricultura e à escravidão legalizada nas tribos latinas. Já Engels, em seu livro A Origem da Família, da Propriedade

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