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FUNDAMENTOS HISTORICO METODOLOGICO SERVIÇO SOCIAL I

Por:   •  25/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  324 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO UNISAL

FUNDAMENTOS HISTORICO METODOLOGICO SERVIÇO SOCIAL I

PROFª - MARGARETH PACCHIONI

ALUNAS – CAMILA MOREIRA, FABIANA SILVA, JULIANA DE CASTILHO LETICIA BERTIE

Americana – SP

2016


INTRODUÇÃO

 Se insere naturalmente nos campos das ciências da educação e da metodologia das ciências sociais, setor das ciências. Mostra uma sociedade que aprisiona a infância, a velhice, o desviante, a loucura, se julga ela própria. A sociedade não quer saber. Então aprisiona.  A criança não existe. Psicólogas tenta descobrir o segredo das crianças perdidas. Elas não elaboram um grande discurso sobre a condição das crianças como outros fazem grandes discursos, grandes teorias sobre a condição das mulheres, dos moradores das favelas, dos delinquentes, etc., mas, ao contrário, descreve o que lhe aconteceu ao ocupar-se dessas crianças confinadas, de seu lugar, socializar a infância. Analise de uma sociedade. Revelam e a interrogam, a obriga a reagir. Em restituir o que existe. 


De acordo com Violante (1989, p. 15 e 16) No Brasil, a problemática do Menor foi assumida oficialmente pelo Estado. Levou o Estado centralizar a Política Nacional do Menor – FUNABEM – que objetiva sistematizar no âmbito nacional as diretrizes. Que teoricamente orientou as normas para FEBEM – Fundação Estadual do Bem-estar do Menor de São Paulo. Visa a implantar, a nível estadual, a política nacional do bem-estar do Menor. Declara como seu objetivo o “abrigo, tratamento e educação do Menor abandonado e infrator”.

Conforme Altoé (1936, p. 16) a Fundação compreende um grande complexo de estabelecimentos oferecendo três tipos básicos de atendimento: abrigo de velhos, atendimento hospitalar a doentes e assistência a “menores”. O estudo se refere somente à rede de atendimento oferecida aos “menores”, cuja administração é feita pelo DAM — Departamento de Assistência ao Menor. Todas as obras criadas para atender ao “menor” restam atualmente apenas seis escolas. É feito o atendimento a dois mil menores, em sete estabelecimentos. No internato IV a capacidade é para 400 menores, na faixa etária de 10 e 12 anos.

De acordo com Violante (1989, p. 62), a FEBEM/SP tem o encargo de prevenir a marginalidade corrigir as causas de desajustamento do Menor “abandonado” [...]. Declarando o seu objetivo: abrigar, tratar e educar o Menor marginalizado socialmente.

Ainda de acordo com Violante (1989, p. 63), a FEBEM define como seu objetivo institucional a reintegração do menor que se afastou do processo normal de desenvolvimento e promoção humana. A FEBEM se declara uma entidade antiassistencialista e antiprisão, mas sendo uma entidade educacional. Todas as unidades de atendimento são chamadas “Unidades Educacionais”.

De acordo com Altoé, as características do funcionamento da Fundação se assemelham com a “instituição total”, conforme Goffman.

Segundo Violante (1989, p. 69) O Menor é recebido pela Unidade de Recepção e encaminhado para as Unidades de Triagem 3 e 4, e depois encaminhadas para as Unidades Educacionais.

De acordo com Altoé (1936, p.17), a internação das crianças ocorre por intermédio do Juizado de Menores e os órgãos conveniados, como a Fundabem, a Feem e a LBA.

Conforme Violante (1989), a central é verificar como se processa o desenvolvimento da identidade do Menor institucionalizado, através de suas ações e representações, sob as condições objetivas de sua socialização.

Há diversos relatos sobre a sensação de abandono e rejeição de seus pais e familiares.

De acordo com Altoé (1936, p.122), é frequente ver as crianças que são abandonadas a própria sorte durante os horários livres. São raros os momentos em que os inspetores lhe dão alguma atenção, seja para ajudar a vestir uma roupa apertada, seja para ouvir alguma reivindicação ou alguma estória sobre a família, entre outras. A impressão que elas passam é o sentimento de abandono e desproteção. O relato a seguir deixa claro estes sentimentos:

Há um menino no castigo que chora e outro, no fundo da sala, que chora muito. Pergunto a este o que se passa e ele diz: “Um menino me bateu, me deu um chutão aqui. Eles me batem e o tio nem esquenta”. [...]. “Meu pai não vem mais me ver. Não saí nas férias. Minha mãe não gosta de vir aqui. Não gosto daqui, é muito ruim. Eles [os colegas] me batem. ”

De acordo com Violante (1989. P.44), apesar da origem do menor ser desconhecida, pode-se concluir que o menor viveu em estado de carência.

Ainda de acordo com Violante (1989. P.45), as condições materiais, assistências e afetivas, a qual o menor vive, são precárias, condições estas essenciais para o seu desenvolvimento físico e psicológico.

Conforme Violante (1989. P.44), não há relação do Menor com a família, ou há dificuldade de relacionamento.  A desorganização ocorre, geralmente, quando o Menor ainda é criança.

Segundo Altoé (1936, p.123), quando alguma coisa do Menor desaparece, aumentam mais o sentimento de desproteção e abandono. A seguir o depoimento de um menino de 10 anos, que tentava conseguir que alguém escutasse:

“Quero sair daqui porque um menino dali só vive roubando as minhas coisas. Eles viram a meia nova, aí eu queria mudar de roupa para merendar [...]. Fui e mudei a até hoje a meia não apareceu. E no mesmo dia que ganhei! Foi ontem. [...]. Eu quero sair daqui porque fica a maior confusão, ainda o seu, o diretor ali não resolve nada. Eu mando ele formar os alunos todos para tirar a meia, mas não, ele não forma não. Então eu prefiro sair daqui do que ficar aqui sofrendo nas mãos dos adultos. ” Então ele me descreve como é a sua meia que perdeu; fala desesperado. Diz que não tem como achar mais a meia e explica o que os colegas dizem: “Achado não foi roubado, quem perdeu foi relaxado”.

Segundo Altoé (1936, p.123), o interno não tem a quem recorrer, não há funcionários que resolvam a situação. Eles se sentem só e completamente indefeso junto com os outros garotos.

De acordo com Violante (1989, p. 48), o Menor se refere ao abandono e a solidão, quando não tem família ou por ela foi abandonado. E ao menor que foi por ela internado, se refere ainda ao sentimento de rejeição e incompreensão por parte dos adultos.

Ainda de acordo com Violante (1989, p. 48), o Menor explica que seu comportamento se dá pela revolta da situação que vive.

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