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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III

Por:   •  22/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.973 Palavras (8 Páginas)  •  152 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA SOROCABA

CURSO: SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA : FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III

Alunas

        

Cleide Aparecida de Paula Proença                         RA: 1299749359

Jomara Tadea Ribeiro                                 RA: 6399267534

Simone Cesar Antunes Vieira                         RA: 6997500326

Simone de Souza e Silva                                 RA: 7581600979

Valdenice Souza Pereira                                 RA: 6944446694

 

Atividades Práticas Supervisionadas

Tutor da disciplina: Cintia Regina Fernandes Ruberti Delimite

Sorocaba

31/10/14

ARTIGO CIENTÍFICO

  O Serviço Social tem um passado de influência da doutrina da Igreja Católica, época de manipulação da classe trabalhadora, ajuda aos pobres, mantendo os interesses da classe dominante, ao longo da história foi envolvido pelo desenvolvimento do capitalismo, sistema que enfatiza a desigualdade social. Naquela época o papel do assistente social era cooperar com a classe dominante no dominio da classe dominada .Com as lutas, dos assistentes sociais, para as mudanças em relação ao papel destes na sociedade, somado a várias conquistas, como a Constituição de 1988, os profissionais do Serviço Social passaram a ter como foco a defesa intransigente dos direitos humanos; equidade e justiça social, intervindo em espaços onde o poder público é quase ou totalmente ausente, amparando, estimulando a promoção da cidadania, pois é preciso ter cidadãos participativos na sociedade, consciente de seus direitos e deveres, para que a universalidade de acesso aos bens, aos serviços e as políticas sociais se efetivem. Para isto é necessário que o profissional do Serviço Social compreenda as transformações Políticas, Econômicas e Sociais, e porque estas transformações influenciam nas políticas sociais da sociedade.

A importância do Serviço Social nos dias de hoje é que se tornou um agente de transformação fundamental no cumprimento das Políticas Sociais. Políticas essas cada vez mais valorizadas pelos Governantes e pela elite dominante, para a transformação dos reais objetivos das Políticas Sociais, que até próximo do final do século XX camuflavam por detrás do marketing da “solidariedade” o interesse em inserir no mercado de trabalho mão de obra mais barata, e de fortalecer os programas sociais que beneficiavam trabalhadores ao invés de melhorarem as condições sócio-econômicas dos trabalhadores e de realizarem políticas econômicas que visassem a perseguição do pleno emprego e da melhoria da capacitação técnica dos profissionais e de uma cidadania participativa. Hoje, o profissional de Serviço Social, trabalha na transformação da sociedade brasileira, resgatando a dignidade de brasileiros e comunidades esquecidas.

O Assistente Social atua na área da Educação, Social, da Saúde e outras áreas que requerem transformação e conscientização. Sua atuação é de grande relevância, já que o profissional carrega consigo um conjunto teórico, metodológico, técnico e operativo, capaz de compreender a realidade com uma visão crítica e buscar as medidas que solucionem as dificuldades, os problemas, e tenham como meta o desenvolvimento social, seja às demandas da criança, do adulto, do trabalhador, da mulher, etc, tendo como ponto central a defesa intransigente dos direitos humanos.

O Assistente Social tornou-se fundamental para promover o bem estar social na sociedade brasileira, este profissional tem a compreensão que para elaborar as políticas sociais, estas têm que ser entendidas no tempo e na sociedade em que estão inseridas, e que são sempre dinâmicas. As formações das teorias políticas do Serviço Social são o reflexo da evolução do pensamento humano sobre o entendimento do ser humano vivendo em Sociedade e suas necessidades. Dentro de uma sociedade capitalista o entendimento da dinâmica e evolução da relação Trabalho e Capital são fundamentais na formulação de políticas sociais, pois estamos em um sistema que reforça as desigualdades sociais para que uma elite seja privilegiada. O trabalho do Assistente Social é importantíssimo, pois tem como objetivo garantir direitos e enxergar as dinâmicas sociais para que possa intervir de maneira efetiva, através de elaboração de planos, programas, projetos, conscientização de uma população excluída, viabilizando os direitos da população e seu acesso as políticas.

          O Assistente Social lida hoje com dois conceitos que persistem na prática social a filantropia e o assistencialismo. Iniciaremos com a filantropia, que é uma palavra de origem grega e deriva de “philos” significa “aquele que gosta de”, e “anthropos” significa homem, sendo assim, ela denota “amor à humanidade” e, dentre vários significados encontrados, podemos ressaltar: “[...] é um sentimento que faz com que os indivíduos “ajudem” outras pessoas, em forma de doações em dinheiro ou outros bens materiais, muito comuns para as instituições sociais sem fins lucrativos. Entendemos que as doações quando tem a finalidade de atender necessidades imediatas é benéfica e eficaz, por exemplo quando realizada em apoio a entidades, porém não podemos esquecer do  dever político de todo cidadão que doa, deve se doar com consciência política ou seja observar se a instituição que será beneficiada realiza um projeto de ação social fundamentado em todos os parâmetros da política em que está inserida, isto é necessário para que não sejamos conviventes com a manutenção de um sistema injusto, de manter os excluídos através do assistencialismo.

Não podemos confundir Políticas Públicas com Assistencialismo, pois este tem a prática clientelista, praticado por pessoas que tem a finalidade de manter uma relação de dependência, dominado e dominador, reforçando as correntes que mantém a população presa a falta de informação, na ignorância, tentando dar continuidade a desigualdade para se privilegiar, como por exemplo, aos pobres apenas doações materiais emergenciais, mantendo assim a distância cada vez maiores entre as classes sociais.

A verdadeira função da Política da Assistência Social, da Saúde, da Educação, como as outras políticas, é atender a todos igualmente quando necessário, é incluir todos os cidadãos, é dar acesso a todos a uma educação de qualidade, uma saúde de qualidade, é todos serem vistos como cidadãos, cidadãos de direitos e não de favores, cidadãos conscientes e participativos na construção de uma sociedade mais igualitária e não subordinados, calados e conformados, pois o cidadão tem direito e o Estado o dever no cumprimento destes direitos. O assistencialismo pode tornar uma prática de dominação social, quando os assistidos são levados a retribuírem a atenção recebida eleitoralmente. O Serviço Social de hoje, tenta formar Assistentes Sociais mais conscientes de seu papel transformador, conscientes da história da atuação destes profissionais. Estamos ainda em transição, temos muitas atuações assistencialistas, conseqüência da própria história; porém temos algumas vitórias, como exemplo a Constituição Federal de 1988 que coloca a Assistência Social como política pública, regulamentando-a através da LOAS, Lei Orgânica da Assistência Social em 1993, assegurando a todo o cidadão, principalmente o excluído, o direito ao trabalho, saúde previdência social e educação. Uma prática que deve estar comprometida com a libertação humana, promovendo condições mínimas para a sobrevivência, para o crescimento intelectual, político e social da população, com a qual os assistentes sociais têm que fundamentar sua atuação.

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