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Fichamento Pratica profissional

Por:   •  1/7/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  352 Visualizações

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ENGLER, Helen Barbosa Raiz.  “Serviço Social / Filosofia empresarial”. UNESP, série serviço social 4.

Marcella Marcondes Resende, discente do 7º período de Serviço Social.

O fichamento presente trata-se de um estudo sobre o Serviço Social no setor empresarial, que traz e a discussão da possibilidade da efetivação do projeto ético-político da profissão, através da intervenção do assistente social nas empresas. A materialização do projeto profissional, no setor empresarial, torna-se uma possibilidade de superação das respostas imediatas às demandas dos trabalhadores, possibilitando a construção de respostas  profissionais pelo assistente social. Pautado nesta direção social, o profissional é capaz de avançar para além do que lhe é proposto pela instituição, ampliando os espaços de participação dos trabalhadores e luta pela garantia de direitos trabalhistas e sociais. Este fator tem agravado em muito a qualidade do serviço prestado à população usuária dos serviços públicos, em especial a famílias que dependem destes serviços para terem as mínimas condições de vida digna, já que a Constituição Federal de 1988 define como dever primeiro do Estado a garantia dos direitos sociais. Desta forma, as ações de mercado não trazem em si o dever de garantir direitos. Suas ações se limitam à área da filantropia e solidariedade. Nota-se que a reforma do Estado se orienta para o mercado e não para o benefício da população, além das transformações na produção, Estado e economia, altera-se também a gestão e a relação entre empresa e força de trabalho. No mundo do trabalho, o trabalhador polivalente, que necessita se especializar cada vez mais para não ficar fora do mercado de trabalho, sofre com esse ajuste, tendo que ser portador de diversas habilidades de forma que seja capaz de realizar múltiplas funções em um mesmo cargo, e também para que possa garantir-se em seu emprego. Os mais qualificados são aptos para os serviços intelectuais e os menos qualificados quando são contratados, realizam trabalhos braçais.                                                 A classe trabalhadora fragmenta, heterógena e se complica cada vez mais. Desta forma assumem um compromisso com o resultado final de seus trabalhos. Num primeiro momento observo que muitas são as mudanças que ocorreram na sociedade capitalista. O setor empresarial tem se expandido significativamente e ao mesmo tempo tem mudado a sua forma de produção uma vez que o trabalho tem se tornado flexível e terceirizado. Novas tendências e estratégias têm sido criadas com o intuito de aumentar a lucratividade do mercado.  Para o Serviço Social estas mudanças também trouxeram um impacto significativo uma vez que a profissão, enquanto assalariada e pertencente à contradição capital/trabalho, também necessita se adaptar a essas mudanças a (flexibilização) o e precarização do trabalho também têm seus reflexos na profissão. O profissional é chamado a trabalhar nas empresas com o objetivo de aumentar a produtividade dos funcionários. No setor empresarial, assim como em qualquer campo de trabalho profissional, encontramos um espaço contraditório, tendo em vista que o assistente social é chamado pelas empresas para dar subsídios de forma que o funcionário tenha disposição e saúde suficientes para que possa produzir mais e com mais qualidade. É pautado neste princípio que a empresa se “preocupa” com o social. O trabalho profissional nas empresas se evidencia, pois começam a surgir questões diversas da reestruturação produtiva e das demais transformações societárias que resultam em demandas que só podem ser enfrentadas por assistentes sociais.                                                         A empresa não pode se preocupar somente com o aumento da produtividade, mas com o “Bem-Estar” de seus funcionários uma vez que estes dois fatores estão relacionados. A empresa é um espaço contraditório uma vez que visa à obtenção do lucro e ao mesmo tempo propõe ações que se pautam na melhoria da qualidade de vida do trabalhador sem, no entanto se distanciar do objetivo da obtenção do lucro. É exatamente neste espaço que encontramos o trabalho do assistente social. Na maioria das vezes, o assistente social recebe uma orientação limitada ao atendimento de funcionários e seus problemas ou esclarecendo suas duvidas.  Destacar como as mais comuns atividades do profissional no setor empresarial papéis como avaliar o clima organizacional; melhorar as condições de trabalho para que haja integração dos trabalhadores às exigências do processo produtivo; eliminar as tensões sociais entre empregado e empregador, contribuindo para reduzir o absenteísmo, trabalhar na viabilização de benefícios sociais, atuar em relações humanas na esfera do trabalho. Compreender que as transformações do mundo atual na esfera da produção, da economia, do trabalho, do social, da cultura e do Estado, trouxeram profundas transformações na vida do trabalhador do campo empresarial. Novas formas de vida e de trabalho se estruturaram, entretanto sem perder o enfoque da obtenção do lucro como fim último. Neste intuito é que há um aumento da necessidade do trabalho do Serviço Social na empresa. O profissional é contratado para atender as demandas imediatas do trabalhador visando o aumento da produtividade deste. A estratégia da “Responsabilidade” social como uma confirmação das intenções econômicas voltadas ao lucro das empresas em tempo neoliberal. Embora se encontre num espaço contraditório, onde interesses empresariais e princípios profissionais caminhem em direções opostas, o profissional pode encontrar no espaço empresarial uma possibilidade de efetivação do Projeto Ético- Político da profissão.                                  O assistente social deve ter o direito social como princípio básico e fundamento emancipador, além de buscar a potencialização de talentos, autonomia, fortalecimento de vínculos entre os funcionários da empresa, família e comunidade. O investimento em grupo é uma possibilidade para efetivação dos princípios norteadores da profissão, não resumindo a ação profissional a meros atendimentos individualizados e imediatos, que se tornam ações pouco eficazes e reducionistas. O trabalho em grupos pode ampliar o atendimento, e tem um caráter preventivo e educativo. Assim  a efetivação do projeto profissional do Serviço Social só se tornará uma realidade possível se houver o compromisso profissional com o trabalho realizado e a competência, que também se resume numa forma de compromisso com o saber e com o aprimoramento da teoria e pratica profissional.

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