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Fome e suas Expressões Sociais

Por:   •  9/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  760 Palavras (4 Páginas)  •  171 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO SERVIÇO SOCIAL ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS

TAREFA 2 – POBREZA E SUAS EXPRESSÕES SOCIAIS

LEYLSON SILVA DA PAZ, CÓDIGO 830324

MATHEUS ENGLATURES, CÓDIGO 831042

PAULO MELINI, CÓDIGO 830802

Prof. Me. Marcelo Buffa

Ribeirão Preto - SP 2019

FOME E SUAS EXPRESSÕES SOCIAIS

O caso escolhido foi de uma mulher chamada Leidiane, cearense, mãe de seis filhos, ex-saltadora de lixo que atualmente se encontra desempregada, tendo sua subsistência e a de seus filhos assegurada apenas por programas sociais, com renda total de R$ 946,00. Leidiane também é ex-moradora de um barraco que foi invadido na área no Noroeste, região nobre do Plano Piloto, posteriormente ela foi gratificada com um apartamento do programa Minha Casa, Minha Vida no Paranoá Parque a 28Km da área central, há falta de emprego por lá também é um dos problemas que ela enfrenta o que no final das contas ajuda a agudizar a situação. Atualmente ela vive no condômino junto a cerca de seis mil famílias, não há escola próxima, a mais viável fica a 30km de distância do conjunto habitacional e é lá que seus filhos estudam. Sob o viés de pobreza relativa podemos compreender a situação da Leidiane em relação ao meio ao qual ela se encontrava, no primeiro caso ela vivia em um barraco, cujo o entorno escancarava as desigualdades que assolam a sociedade brasileira, uma sem teto que contrastava com a zona nobre de Brasília. No escopo da pobreza absoluta temos que levar em conta padrões fixos nacionais para classifica-la como pobres, ela invariavelmente também encaixa neste modelo de classificação, o que ela recebe não lhe põe acima do que é chamado de limite da linha da pobreza, os enfoques classificatórios que podem ser: biológicos, das necessidades básicas e de uma renda mínima (Salário Mínimo), a colocam abaixo da linha da subsistência necessária, não ficando acima da linha da qual é considerado o ideal, da qual a pobreza deixaria de existir. Por último temos o conceito de pobreza como privação das capacidades, este modo de compreender o fenômeno entende como pobreza aquilo que ceifa a liberdade substancial de adequar-se as suas próprias realizações afirmativas de subsistência, não restringindo-se meramente a sobrevivência, nesse caso o que se faz necessário é ter a capacidade de escolher entre níveis de qualidade de vida mais frutíferas, neste ponto seria a liberdade de escolha de Leidiane para explorar suas capacidades, transformando-as em oportunidades para que possa viver mais plenamente, não ignorando o caráter multidimensional da pobreza que a afeta, em gênero (mulher) e em cor (negra) estigmatizando-a socialmente, precarizando mais ainda a sua condição socioeconômica. É preciso traze-la a condição de agente cidadão, para tal as oportunidades devem ser universalizadas e só poderão ser criadas caso a vontade política se materialize, através de uma série de medidas que sejam eficazes, de forma qualitativa e progressiva, adequada a corresponder a realidade dessa família. O país enfrenta ainda hoje as consequências das desigualdades que nascem junto ao próprio Estado nacional, os desesperados, aqueles largados a própria sorte têm apenas como escolher entre perecer e sobreviver, e sobreviver aqui, diferenciam-se fortemente de viver, sobreviver é recolher lixo, passar fome, adoecer, é entrar para o crime quando não houver escolhas é no final, também perecer. Para intervir na vida de pessoas como Lediane teríamos que reivindicar políticas públicas, reivindicar construção de escolas próximas a zonas habitacionais, reivindicar geração de empregos públicos de tal forma com que os que lá vivem possam ter sua própria subsistência, reivindicar mercados populares onde famílias de baixa renda possam ter acesso a mantimentos com valor abaixo dos tradicionais, tendo cartões específicos para que apenas os titulares do benefício possam ter acesso. Somando-se também a isso medidas econômicas que se alinhem a tais soluções, no sentido de incluir assim não apenas Leidiane e sua família, mas todos que se encontram aquém da sociedade de consumo, criando assim um convívio que de fato respeite a dignidade humana, um meio social mais produtivo e equitativo, onde a pobreza seja de fato confrontada.

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