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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.485 Palavras (10 Páginas)  •  162 Visualizações

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Introdução

Este trabalho apresenta resultado de pesquisa sobre, mercado de trabalho e práticas profissionais do Assistente Social, a atuação profissional nos três setores, conceitos de filantropia e assistencialismo, assim como suas relações com o Serviço Social. Trata também de temas relevantes e atuais para o campo de trabalho do assistente social enfatizando a visão profissional, suas formas de intervenção, relacionando o contexto geral entre o referencial teórico, as práticas assistenciais e as áreas de atuação do assistente social nos diversos setores da sociedade, norteando a atuação e orientando sobre as diferenças conceituais entre assistência social, assistencialismo, filantropia e caridade, tendo como eixo central a “questão social” no cenário brasileiro. A visão tradicional do Serviço Social como sinônimo de ajuda, humanização e dedicação, aos poucos deve ser substituída pela defesa dos direitos sociais, na conquista da cidadania, da justiça e liberdade, da inclusão, e da transformação social.

O Serviço Social nos dias de hoje.

O serviço social atualmente vive um momento de desafios e conquistas, com as questões sociais existentes no mundo capitalista, que trazem a desigualdade e a exclusão social para os menos favorecidos. Questões como desemprego, fome e falta de inclusão ainda afetam a sociedade, que trás para o assistente social um grande desafio de trabalhar com pouca renda e elaborar grandes projetos para a evolução e orientação da população, por seus direitos.

O principal objeto de trabalho do profissional é a questão social que vem a cada dia se modificando e crescendo.

Atualmente a sociedade ainda é individualista em seus interesses o que gera a desigualdade e exploração, que tem sido uma marca histórica no nosso país, por isso os profissionais devem estar atualizados sobre estas condições, se capacitando a cada dia, para detectar e solucionar as questões sociais.

Outra informação importante que a autora mostra a respeito da gravidade da questão social no nosso país é que apenas 15% da população economicamente ativa da região nordeste chegou à era da cidadania regulada. Também há outro dado interessante no texto, que se trata das imagens da pobreza que foram criadas no Brasil; em 1950, a imagem de pobreza era o Jeca Tatu, preguiçoso e sem ambição. Em 1960, era o malandro carioca, que não trabalhava e vivia espertamente. Hoje, a imagem de pobreza está radicalizada, é o perigoso, que rouba e não trabalha, é a imagem, não da pobreza, mas da violência institucionalizada.

Diante do processo de privatizações e falta de renda o assistente social está tendo sua colocação dentro das empresas (setor privado) com as políticas de RH, com a controladoria da qualidade total estimulando o trabalhador a sempre ser o melhor em tudo, além do setor público que atua diretamente com as políticas sociais e ONGs .

O assistente social deve estar sempre envolvido com a sociedade, fazendo valer os direitos dos usuários, respeitando sempre à cultura local e as diversidades. Para isso, deve-se conectar a prática profissional à prática da sociedade e não só viabilizar bens materiais.

Sendo capaz de gerar uma mudança na sociedade e principalmente no sujeito através do incentivo de participação.

O instrumento de trabalho que o assistente deve deter é o conhecimento nas suas bases, que é o meio pelo qual é possível decifrar a realidade e ter noção do trabalho que deva ser realizado, pois como trabalhadores não ditemos os bens materiais suficientes, mas somos capazes de tentar viabilizá-los. Onde dependemos diretamente da organização das instituições que irão fornecer estes recursos para a efetivação do trabalho.

O assistente social pode envolver-se com a população atendida, para tanto, deve captar os reais interesses e necessidades das classes populares e supor conhecimento crítico do universo cultural de tais classes.

O profissional também deve estar atento para não parecer um “estranho” ao que a comunidade vive. O código de ética deu um rumo ético-político e novos horizontes para o exercício profissional, porém é importante haver um esforço da categoria para que este seja cumprido e não se torne abstrato no cotidiano da prática.

Não podemos esquecer que o valor ético central é o compromisso com a liberdade, ou seja, autonomia, expansão e emancipação dos indivíduos sociais. Para a defesa dos direitos humanos, devemos recusar qualquer autoritarismo ou arbítrio, pois quaisquer dos dois inviabilizam a democracia na vida social. Buscamos, na verdade, a construção de uma cultura pública democrática, com uma sociedade capaz de propor e questionar.

Também devemos salientar que na relação entre o público e o privado, o profissional deve estar preocupado com a qualidade dos serviços prestados, com o respeito aos usuários e com o zelo pela eficácia dos serviços prestados. O assistente social está presente nas negociações entre população e entidades empregadoras. Na atualidade, podemos afirmar que, apesar das dificuldades, o assistente social é capaz de ousar e sonhar.

Filantropia e Assistencialismo

Filantropia tem origem grega, e significa “amor à humanidade”. Filantropia é a ajuda ao próximo sem fins lucrativos, e sem que haja intento de obter qualquer tipo de vantagem, desta forma percebemos que o termo tem mais relação com organizações não governamentais do que com empresas privadas, pois as mesmas pode tem vantagem em venderem seus produtos.

Percebemos que o trabalho do Assistente Social por suas características, pode ser confundido com Filantropia, uma vez que sua atuação auxilia o ser humano em suas necessidades básicas.

Historicamente no Brasil as ações filantrópicas estiveram estabelecidas à concepção caritativa de ajuda ao próximo sob o prisma da moral cristã, na qual há o reconhecimento do valor da pobreza.

Foi no período de Getúlio Vagas que o estado assume a primeira iniciativa de criar uma assistência pública no interior do aparato governamental, efetiva pela Legião Brasileira de Assistência, sob o comando da primeira dama. Esta organização legitimou o estado patrimonialista numa lógica conservadora da assistência social em sua versão filantrópica, reiterativa das práticas de cunho moral, subalternizadora para quem

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