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Fundamentos III

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.531 Palavras (11 Páginas)  •  292 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

(POLO PADRÃO)

SERVIÇO SOCIAL – 7º SEMESTRE

SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO

        

   

        O presente artigo científico faz parte das Atividades Práticas Supervisionadas do 4º Semestre do Curso de Graduação em Serviço Social da Faculdade Anhanguera e tem por objetivo mostrar o resultado do trabalho de pesquisa e discussão em grupo de estudantes acerca das possibilidades dos campos de atuação do assistente social e suas problemáticas, no âmbito de empresas privadas e setor público, em aspectos que envolvem sociedade, educação, saúde e trabalho.

        A produção deste artigo e sua temática têm a intenção de colaborar com a disciplina no esclarecimento sobre possíveis questões a serem enfrentadas pelo futuro profissional da área e das possibilidades de empregar os conhecimentos adquiridos nos bancos escolares em situações práticas, visto que os assuntos abordados refletem a realidade da sociedade brasileira, seus problemas e exemplos de soluções para o desenvolvimento do progresso social num país democrático de direitos e deveres.

        O Serviço Social faz parte das ciências humanas recentes, cuja história pode ser considerada moderna, se comparado às ciência tradicionais. Seus fundamentos datam do século XIX, após a Revolução Industrial, que consolida o capitalismo como alicerce da sociedade burguesa, influenciada pela Igreja Católica.

        Sua área de atuação envolve as questões sociais e as desigualdades surgidas do relacionamento dos homens e sua diferenças enquanto força de trabalho, no intuito de promover a defesa e ampliação dos direitos humanos e a justiça social.

        Para entender as atuais tendências do serviço social no mercado de trabalho brasileiro, é preciso conhecer um pouco de sua história, visto que seu processo de profissionalização foi lento, surgido através de movimentos sociais, num cenário industrial e de crescimento da população nas áreas urbanas.

         Historicamente, o serviço social se apresenta como uma profissão influenciada pelo conservadorismo moral, religioso e político, como resultado da tradição católica dos países ocidentais influenciados pela Europa e a Igreja. É na relação com a igreja católica que o serviço social vai formular seus primeiros objetivos político-sociais A ruptura com este conservadorismo se iniciou através de um projeto ético-político que permitisse um pluralismo profissional.

        Na década de 80, a construção deste projeto foi reforçada pelas lutas democráticas e dos trabalhadores em seus movimentos sociais organizados, numa participação mais política e cívica do profissional da área, significando o início do rompimento do pensamento teórico dominante em relação à situação vivida na época, através da recusa de papéis tradicionais e afirmação da liberdade, cada vez mais próxima da classe trabalhadora.

        O surgimento do Código de Ética e sua posterior reformulação conduzem o serviço social na década de 90 para a afirmação do homem como sujeito das ações, que direciona o trabalho para a justiça social, para os direitos humanos e para os segmentos sociais excluídos da sociedade, num universo capitalista de instituições que não promovem a manutenção da vida humana, em termos materiais e subjetivos, resultando no crescimento da pobreza, do desemprego, da desregulamentação do trabalho e da proteção social.

        Desta evolução resulta um serviço social preocupado em garantir o direito constitucional para o desenvolvimento do gênero humano, face às precárias condições de existência social da população. Diante deste quadro, a tecnização do trabalho e a transformação da sociedade vão exigir um sistema qualificado de profissionais prontos para atuar num Estado que insere novas políticas no campo social.

        Um novo perfil é dado ao Serviço Social, ajustando os padrões de intervenção social cujas tendências resultam das conjunturas políticas do País, da necessidade de contestação e transformação social, onde a intervenção do assistente social passa a ser regulamentada, com a criação da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que não só coloca o profissional como executor, mas também em posição de gestão e planejamento, confirmados com a Constituição Federal de 1988.

        A sociedade capitalista e seus mecanismos de acumulação do capital globalizado fizeram com que os sistemas de proteção social regredissem e o Estado passasse a interferir mais nas questões sociais, incentivando o reordenamento das políticas sociais, através da participação da sociedade e dos profissionais do serviço social, direcionando as modalidades de intervenção sob diversas formas que vai desde a necessidade de redirecionar a atuação do assistente social ao apelo para a filantropia, solidariedade programas de combate à pobreza e exclusão social. O assistente social passa então a ser solicitado diretamente pelo poder público para exercer a função de intermediário e mediador nos conflitos existentes entre os donos do capital e a classe trabalhadora.

        A filantropia social de que se prevalecem as políticas sociais tratam-se da ação de auxiliar pessoas ou institutos com tarefas de valor social significativo, que podem ser desde a arrecadação de dinheiro, roupas, ou outros patrimônios financeiros a ações que produzam o bem estar. Palavra de origem grega, que significa amor à humanidade, expressa o exercício da crença na possibilidade de mudar rumos sociais, sem ajuda governamental.

        Ações desta natureza acabam sendo necessárias em momentos de calamidades sociais, crises econômicas e catástrofes, o que confere a quem a pratica certa repercussão midiática ou política, e que faz com que grandes empresas a adotem como forma de obterem retorno empresarial, ao mesmo tempo em que promovem o desenvolvimento.

        Longe de ser uma ação suportada por entidade filantrópica ou empresa, existe o assistencialismo, ação voluntária e individual ou coletiva, que visa atender aos mais carentes em determinados serviços previstos ao cidadão. Esta prática não é embasada em teoria e, sendo assim, não é capaz de transformar a realidade social daquele que carece de necessidades, satisfeitas momentaneamente através das doações realizadas.

        O assistencialismo não erradica o problema e muitas vezes pode ser um artifício político, pela construção de uma imagem favorável dos doadores para o público alvo. Para que seja efetivo, é necessário ao assistencialismo tornar-se um processo elaborado, onde se encontra levantada a verdadeira necessidade de uma determinada comunidade, por exemplo.

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