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Modalidades De Cuidados Pailiativos

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Por:   •  15/10/2014  •  2.133 Palavras (9 Páginas)  •  247 Visualizações

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A terminalidade da vida, de acordo com Gutierrez (2001), ocorre quando se esgotam as possibilidades de cura de uma determinada doença e a morte se torna inevitável. Nesse momento crítico é importante o cuidado humanizado ao paciente terminal e seus familiares.

Para Maciel (2008) é importante amenizar o sofrimento que precede a morte, oferecendo cuidados paliativos a pacientes e familiares que se deparam com a ameaça à continuidade da vida.

O cuidar dos pacientes oncológicos terminais na sua totalidade dá ênfase à dor e ao sofrimento do paciente, alcançando todas as dimensões: física, psíquica, social e espiritual (PESSINI; BERTACHINI, 2004).

Os cuidados paliativos ministrados a esses pacientes não abreviam e nem prolongam a morte, eles aliviam a dor e o sofrimento, proporcionando melhor qualidade de vida, até que aconteça de forma natural. Tais cuidados se iniciam com o diagnóstico da doença e se estendem até o luto É necessária uma equipe multiprofissional qualificada, com preparo suficiente para que haja interação e muita dedicação aos pacientes para alcançar os resultados (Brasil, 2008).

Os cuidados paliativos devem ser iniciados o mais precocemente possível junto a outras medidas para prolongar a vida, como quimioterapia e radioterapia, incluindo ainda investigações necessárias para melhor compreensão e controle dos sintomas. Não se pode privar o paciente dos recursos diagnósticos e terapêuticos que a medicina pode oferecer, devendo ser usados de forma hierarquizada, levando em consideração o custo e benefício. A aplicação precoce dos cuidados paliativos antecipa e previne os sintomas.

Princípios dos Cuidados Paliativos:

• Aliviar a dor e outros sintomas físicos desconfortáveis ao paciente;

• Reconhecer a importância da vida, considerando o morrer como um processo natural;

• Integrar as diferentes dimensões da estratégia do cuidado: seus aspectos psicossociais e espirituais;

• Estabelecer um cuidado que não acelere a chegada da morte (eutanásia), nem a prolongue com medidas que não terão impacto positivo sobre a qualidade de vida do paciente (obstinação terapêutica/medicina fútil/distanásia);

• Oferecer um sistema de apoio ao paciente para ajudá-lo a manter sua vida ativa o quanto possível enquanto não lhe sobrevenha à morte;

• Oferecer um sistema de apoio também aos familiares durante o processo de enfrentamento da doença do paciente e durante seu luto;

• Aplicar esses cuidados mesmo na fase precoce do curso da doença, associados à outras terapias que intencionam prolongar a sobrevida do paciente (tratamento ativo), como quimioterapia ou radioterapia. Assim, o tratamento ativo e o tratamento paliativo não são mutuamente excludentes.

Modelos de Assistência:

Hospitalar

Vantagens:

• Profissionais disponíveis 24 horas;

• Arsenal medicamentoso disponível;

• Logística adaptada ao ambiente.

Desvantagens:

• Horários para visitas restritos;

• Número de acompanhantes restrito;

• Pacientes sob Cuidados Paliativos entre pacientes com outros diagnósticos (hospital geral);

• Pacientes sob Cuidados Paliativos entre pacientes em outras etapas de doença;

• Unidade exclusiva para Cuidados Paliativos pode dar a ma impressão de que e unidade para moribundos;

• Proporção pacientes-funcionário alta, diminuindo o tempo disponível para pacientes.

Domicílio

Quando os profissionais conseguem conduzir seu mister (de tratar os pacientes fora de possibilidade terapêutica de cura e dentro da ótica dos Cuidados Paliativos) de maneira ótima, abordando de forma franca, honesta e verdadeira as questões relativas a diagnóstico, prognóstico e planejamento de cuidados, por vezes o paciente solicita os cuidados em sua própria residência.

Vantagens

• Atender as necessidades conforme a preferência do paciente;

• Maior sensação de conforto e proteção;

• Disponibilidade dos cuidadores direcionada totalmente ao paciente.

Desvantagens

• Dependendo da forma como o serviço esta estruturado, a disponibilização de drogas pode não ser imediata;

• Residir o paciente longe de recursos de saúde;

• Dificuldade na obtenção da declaração de óbito para pacientes que optam por morrer em casa.

Critérios de inclusão no Atendimento Domiciliar

• Ter diagnóstico definido;

• Ter um plano terapêutico definido e registrado;

• Residir em domicilio que ofereça as condições mínimas para higiene (luz e água encanada);

• Ter cuidador responsável e capaz de compreender as orientações dadas pela equipe;

• Desejo e/ou permissão expressa para permanecer no domicilio dados pelo paciente ou familiar no impedimento desse.

Unidades de Internação em cuidados Paliativos​

Enfermaria de Cuidados Paliativos

Consiste numa ala de um hospital geral, secundário ou terciário, que opera em leitos próprios e com equipe especializada em Cuidados Paliativos. A equipe deve ser composta por médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem, psicólogo, assistente social e capelão de caráter ecumênico. Pode contar também com fisioterapeutas, farmacêuticos clínicos e voluntários, alem da ação intermitente de outros profissionais e clinicas do hospital.

Funciona como uma clinica de especialidade no hospital, com equipe constante e bem treinada, maior flexibilidade com relação a visitas de familiares, alimentação e regras do hospital.

A família deve ficar bem acomodada e

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