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O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS

Por:   •  16/6/2020  •  Resenha  •  614 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

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Professora: Iraci Reis Beltrão.

Aluna: Fernanda Cipola Augusto.

Resenha: O Ano em que meus pais sairam de férias.

O filme O Ano em que meus pais sairam de férias retrata com sutileza um período negro na História do Brasil denominado por alguns de anos de chumbo esta designação se dá ao  período mais repressivo da ditadura militar, estendendo-se basicamente do fim de 1968, com a edição do AI-5 em 13 de dezembro daquele ano, até o final do governo Médici, em março de 1974. Além da tortura e da repressão, o governo Médici usou a propaganda como arma política. O presidente Médici era apresentado como um "homem do povo" e "apaixonado por futebol". A vitória da seleção brasileira sobre a seleção italiana por 4 a 1, na final, foi bastante explorada pela propaganda do governo Médici em slogans do tipo "Ninguém segura este país" ou "Brasil; ame-o ou deixe-o

 Mauro o protagonista é um pré adolescente  alegre e carismatico, envolvido em uma mentira  que tem si a intenção de proteger o garoto. As ferias repentinas de seus pais transforma a vida do menino, que é deixado sob os cuidados do  avô em outro estado, este avô falece e o menino passa a ser cuidado  Shlomo um idoso, judeu vizinho do avô de Mario.

O vizinho judeu é muito calado e Mario se sente só a espera dos pais, o que leva o garoto a aprofundar os vinculos com a comunidade, que é rica em diversidade cultural. Judeus, catolicos, italianos, estudantes, trabalhadores, comerciantes, viuvas, crianças com perfil de criação diversos compõem o bairro onde Mario vive. Este aspecto do filme é enriquecedor  e da prazer de assistir.

Mario o jovem menino esta como todos na epoca envolvido com emoção da Copa do Mundo no Brasil, o que faz com ele demore um pouco a perceber sua real situação. Alguns intelectuais de esquerda, opositores do Regime Militar, afirmavam que o futebol era o "ópio do povo", pois faria a população se alienar, deixando de lutar pela solução dos problemas sociais. A expressão foi criada por Karl Marx.

Observando a História podemos perceber o porquê da demora em romper com o militarismo, enquanto um grupo da sociedade se organizava para lutar contra esta força, luta que levava a tortura e a morte, o outro grupo estava envolvido com a Copa e outras questões.

Atualmente ainda há grandes abusos ocorrendo como as disparidades sociais, que tortura é mata, com certeza existem grupos se mobilizando contra isto, mas ainda somos ludibriados por artimanhas que potencializam nossa cegueira social. A dominação é uma força bruta que se manifesta não só pela armas, mas também através da alienação.

Na minha visão a alienação é a mais eficaz das armas na garantia  da proliferação do capital e do capitalismo.

 Na época de Mario os EUA apoiavam as ditaduras a fim de manter o regime capitalista Hoje com a globalização somos vitimas do fetichismo que induz a tantos desejos de compra, de felicidade e a falsa ilusão de avanço e oportunidade para todos.

 Estamos mais que anestesiados, o povo contribui com seu silencio para o avanço do capital.

Assim na analise de um passado nem tão distante podemos e devemos reconhecer a força de quem luta pelo capital.

Mudam-se os cenários, os atores, as atuações,  só não mudam o sistema.

Uma frase do garoto chamou demais minha atenção, o menino grita ao rever o velho judeu que havia sido solto da prisão: Shlomo o Brasil ganhou!!! Ai o garoto entra no quarto e ve mãe machucada e deitada na cama, pergunta pelo pai, e a mãe deixa entender que o pai não volta mais. Fica então a pergunta o Brasil ganhou ? Ganhou o que ?

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