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O Conceito De Hegemonia De Gramisci A Laclau E Mouffe

Por:   •  23/2/2021  •  Resenha  •  454 Palavras (2 Páginas)  •  104 Visualizações

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ALVES, Ana Rodrigues Cavalcanti. O CONCEITO DE HEGEMONIA: DE GRAMISCI A LACLAU E MOUFFE. Lua Nova. São Paulo, n°80, p 71-96, 2010.

No artigo O CONCEITO DE HEGEMONIA: DE GRAMISCI A LACLAU E MOUFFE, de autoria da Ana Alves, é abordada significação da hegemonia na tradição marxista e desenvolvida pelos teórico Gramisci, Laclau e Mouffe. Destaca-se, que a concepção de hegemonia surge junto à social democracia- russa e logo após Lênin esboça uma primeira significação com enfoque nas disputas entre classes sobre o poder. Porém, a partir do italiano Antonio Gramisci (da segunda geração do marxismo), que o termo ganha contornos mais sofisticados por assim dizer, até chegar à concepção de hegemonia dos pós-marxistas Enersto Laclau e Chantal Mouffe. Nesse aspecto, é exposto no artigo os pontos em que os teóricos se aproximam e divergem, ressaltando que suas concepções se inserem na circulação política e concebem as relações sociais em torno da disputa pela hegemonia.

Eles ainda demonstram, que a hegemonia não atinge por completo a sociedade e defendem a criação de uma hegemonia através do conjunto dos grupos subalternos somado aos intelectuais orgânicos (no caso de Gramisci) ou de uma de uma cadeia de equivalência (no caso de Laclau e Mouffe). Mas Gramisci, sendo um dos principais teóricos do termo irá divergir em dois pontos sobre a concepção d hegemonia dos outros dois teóricos abordados no artigo. Primeiro que para Gramisci, a prática articulatória designa uma classe social essencial e segundo a hegemonia irá designar também a unidade de todo o bloco histórico em prol de sua ideologia a ser disseminada no conjunto social em que encontra-se inserida. Já para Laclau e Mouffe, postulam o questionamento a todo tipo de sutura, pois consideraam algo impossível. Com isto a tentativa de fechamento e fixação toma um cunho ideológico. Vale a pena destacar, que as duas concepções sobre hegemonia convergem para compreenderem a ideologia como papel central de constituição social e os elementos ideológicos ‘articulados pela classe hegemônica não tem uma pertinência de classe necessária’. As duas posturas refletem também de forma incisiva, em seus projetos de sociedade, pois para Gramisci a possibilidade da instauração do socialismo e de uma sociedade sem classe social, onde o partido político e esse tipo de atividade dele exercida desapareceriam.

Por sua vez, Laclau e Mouffe não consideram esse tipo de possibilidade, devido ao antagonismo da constituição social e seu caráter aberto. Desta maneira declaram que a democracia não possui neutralidade e para o estabelecimento de uma nova hegemonia, terá requerido o surgimento de ‘novas fronteiras políticas’ e não sua extinção. Diante destas duas concepções, infere-se que o caráter hegemônico é algo da constituição social, disseminado por uma das ideologias dominantes e de uma classe sob a outra.

Palavras-chave: Hemonia. Ideologia. Poder. Política.

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