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Processo e Trabalho: A Dialética do Trabalho

Por:   •  1/8/2016  •  Resenha  •  1.296 Palavras (6 Páginas)  •  888 Visualizações

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Introdução

A dialética do trabalho reuniu fragmentos e textos escritos por Marx e Engels, ordenados por Ricardo Antunes que nos leva a conhecer o significado do trabalho. Lembrando que o trabalho é crucial para a vida em sociedade. E que foi a partir do trabalho que aos homens primitivos através das relações tecidas no decorrer da sociedade desenvolveram-se a tal modo, que modificaram a natureza e a si próprios fazendo surgir o Ser social.

No entanto, quando o trabalho torna-se o exclusivo fim, o trabalhador aliena-se e se vê prisioneiro mesmo sem enxergar claramente, todo seu empenho torna-se uma grande labuta. Assim o trabalho humano perde sua condição libertadora e socializadora, transformando-se em fonte de exploração para a produção da riqueza e fonte de opressão.

Logo, se faz necessário que o trabalho seja desvinculado a obrigatoriedade e compulsividade se tratando da apropriação econômica, e que crie condições de emancipação do indivíduo. Indivíduo este que reflita sobre a sua condição de explorado, sua condição de classe e nesses dias atuais procure promover um mundo melhor.

O Trabalho é condição de existência e reprodução da sociedade, determinação para satisfação material das mulheres e dos homens que compõem a sociedade. Todavia, foi através do desenvolvimento dos nossos antepassados, por exemplo, o macaco de raça antropomorfo que obteve através do aperfeiçoamento de seus músculos, seus ligamentos e habilidades com as mãos, novos artifícios ainda mais complexos que contribuíram para o seu desenvolvimento.

O desenvolvimento do trabalho propiciou o conhecimento de novas propriedades, a qual os homens desconheciam e ao ampliar esse conhecimento o homem se viu necessitado da ajuda do outro, compreendeu-se então que era preciso agrupar-se em membros para realização de determinadas tarefas e assim alcançar novas propriedades. Com os avanços e os agrupamentos os homens em construção veem a necessidade de criar um meio de se comunicarem. A linguagem é uma construção humana e foi essencial, assim como o trabalho para a transformação do macaco e homem. O desenvolvimento do cérebro do macaco propiciou ainda o desenvolvimento dos órgãos do sentido. O cérebro e dos sentidos por sua vez, facilitaram a capacidade de construir respostas para a realidade, acrescentou consciência e clareza, frente aos estímulos da palavra e do trabalho, e seus desenvolvimentos avançaram mais e mais.

Além disso, as mudanças nos hábitos alimentares favorecidas pelo trabalho de “exploração rapace” com a adaptação de alimentos não habituais, mas que contribuíram para o consumo de novos organismos e substâncias, o qual se criaram condições químicas para a transformação dos macacos em homens. Esse trabalho inicia-se com a elaboração de instrumentos que são utilizados na caça, na pesca e como armas. A caça e a pesca sinalizam uma mudança na alimentação que passa a ser mista e não mais exclusivamente vegetal, sendo um novo passo para a transformação do macaco em homem. A alimentação variada influenciou o cérebro e tornou mais rápido o seu aperfeiçoamento de geração em geração.

Assim tendo aprendido a comer de tudo, o homem aprendeu ainda a sobreviver em qualquer clima. A interação das mãos, dos órgãos de linguagem e do cérebro propiciou a sociedade e a cada indivíduo a realização de tarefas cada vez mais complexas. O trabalho se diversificou e aperfeiçoou de geração em geração, difundindo-se cada vez em novas atividades. O passar do tempo proporcionou aos homens a condição de pensar modificando sua ação, que passa ser planejada, com propósito de alcançar objetivos fazendo surgir o Ser Social. É através da capacidade de consciência que se desenvolve o sistema nervoso a um nível elevado, que agora o homem pode dominar a natureza, os animais e usá-los para sua serventia.

Contudo, embora o homem tenha alcançado grandes feitos e tenha tido com o tempo a capacidade de prever os fenômenos que a natureza lhe revidava, por dela se apropriar e modificar. Ao produzir em grande escala em busca de imediata acumulação, ele não imaginava as consequências que poderiam ocorrer pelo processo de repetição e concentração de riqueza. O domínio e o controle de uns por outros, propiciou a divisão da população em diferentes classes, os dominantes e os dominados. Enquanto uns enriqueciam outros viviam na miséria.

O domínio e o controle de homens sobre homens através da necessidade de venda de força de trabalho de alguns e o poder sobre os meios de produção, de outros. Produziu valores, sendo valores de uso e de troca. Que são fenômenos exigidos pelo capitalismo que transformou o trabalho em fonte de produção de riqueza e ao mesmo tempo de opressão.

Agora o homem transforma a matéria natural, e obtém o resultado que imaginou desde antes, com a sua capacidade de ideação, ele constitui objetos e meios para o trabalho. Os meios de trabalho são coisas ou complexos de coisas que auxiliam o trabalhador na ação sobre o objeto. Ao ser modificado pelo homem o objeto trabalhado torna-se matéria-prima, no entanto, nem todo objeto de trabalho é matéria-prima, muito embora também toda matéria-prima seja objeto de trabalho. Os meios de trabalho não são apenas sinais do desenvolvimento da força de trabalho, mas indicam as condições sociais em que se trabalha. Assim para que o processo de trabalho se realize são necessários os meios e todas as condições objetivas para a atividade.

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