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Projeto de Intervenção

Por:   •  14/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  179 Visualizações

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Objetivo Geral: Oportunizar reflexão sobre a alimentação seletiva do autista, mostrando como amenizar os sintomas apresentados pelos portadores da síndrome, e assim contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida.

Justificativa:

O Serviço Social faz a interligação entre os sistemas-recursos e de poder com os sistemas-utilização, tendo como objetivo a inclusão social do excluído pela sociedade desigual, facilitando a comunicação entre os sistemas, principalmente em caso de dificuldade e ausência de relação entre os dois sistemas (FALEIROS, 2006). Pensando nisso surgi a idéia efetivar o projeto de intervenção, junto a Associação dos Amigos Autista do Piauí (AMA/PI) que é uma entidade sem fins lucrativos, parceira do Programa Mesa Brasil e que atende crianças Autistas.

O Autismo é caracterizado por uma variedade de desordens no desenvolvimento psicomotor que afeta a capacidade de comunicação, interação interpessoal e do estado comportamental do indivíduo, é conhecido também como Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os autistas apresentam características específicas como interesses restritos, alguns desenvolvem uma inteligência superior e fala intacta, outros possuem sérios problemas no desenvolvimento da linguagem, alguns parecem fechados num mundo idealizado por eles e distantes, porém todos têm comportamentos estereotipados. Essas características variam de acordo com a gravidade da doença, podendo ser de leve a debilitante e geralmente persistem ao longo da vida. Em casos específicos e na apresentação dos sintomas precocemente, é possível realizar o diagnóstico antes dos dois anos de idade.

Normalmente nos primeiros dois anos de vida a criança experimenta uma gama de alimentos, texturas e sabores diferenciados. Já as crianças portadoras do espectro autista são muito mais seletivas e resistentes ao novo e costumam criar um bloqueio a essas novas experiências alimentares. Acredita-se que o comportamento repetitivo e o interesse restrito tenham um papel importante na seletividade dietética. A recusa alimentar ocorre tanto em crianças que se desenvolveram normalmente quanto em crianças com autismo, sendo relacionado a algo normal que ocorre na primeira infância, uma vez que há introdução de alimentos com texturas e sabores desconhecidas. No entanto pais de crianças autistas relatam que seus filhos são altamente seletivos e com um repertório alimentar limitado a um máximo de cindo alimentos. Com essas restrições o consumo de nutrientes essenciais como vitaminas, minerais e macronutrientes, passa a ser impróprio, levando a um estado nutricional inadequado.

A Literatura científica tem nos mostrado que, com relação à alimentação, o autista tem especialmente na hora da refeição, três aspectos mais marcantes: seletividade, que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais; recusa, mesmo ocorrendo a seletividade é freqüente a não aceitação do alimento selecionado o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica e a indisciplina que também contribui para a inadequação alimentar. A má alimentação e a falta de equilíbrio energético são motivos de especial preocupação, pois, a ingestão de micro nutriente está estreitamente relacionada com a ingestão de energia. É provável que as crianças cujo consumo de energia é menor, também sofram de deficiência de ferro e zinco (DOMINGUES, 2011) . Existe assim a necessidade de trazer à tona, novas discussões sobre a alimentação, dos portadores desta síndrome. Diversos estudos sobre a alimentação do autista, associados à experiência de pessoas diretamente envolvidas, vêm contribuindo para a melhoria dos comportamentos e atitudes próprias destes portadores. Vale ressaltar a necessidade de mais estudos abordando os aspectos nutricionais do autista e dos portadores de espectros do autismo.

O autismo infantil corresponde a um quadro de extrema complexidade, exigindo que abordagens multidisciplinares sejam efetivadas, visando-se não somente, a questão educacional e a socialização, mas, principalmente a questão médica e a tentativa de estabelecer etiologias e quadros clínicos bem definidos, passíveis de prognósticos precisos e abordagens terapêuticas eficazes. O autismo é uma condição complexa, no qual a nutrição e os fatores ambientais desempenham papéis primordiais para melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Os diversos estudos científicos sobre a alimentação do autista, associados à experiência de pessoas diretamente envolvidas, especialmente mães ou cuidadores, vêm contribuindo para a melhoria dos comportamentos e atitudes próprias destes portadores, mas não há um consenso entre os pesquisadores, visto que cada ser humano tem suas próprias características pessoais, psicológicas e corporais. As observações diárias e contínuas através dos sinais e sintomas clínicos e laboratoriais e dos relatos familiares, ou seja, a interação família médico e pesquisador são essenciais para as descobertas, esclarecimentos e o sucesso das terapias aplicadas aos pacientes autistas, pois a melhora clínica depende da avaliação individualizada. É importante que crianças e adolescentes com deficiências, em especial aquelas que são propensas a riscos nutricionais, sejam acompanhadas por profissionais e estimuladas a participar de atividades físicas e adaptações da dieta. Novos estudos são necessários para ratificar e/ou aprimorar as pesquisas envolvendo até mesmo a questão da dependência e/ou deficiência de algumas vitaminas e minerais. Estes estudos servirão para maiores esclarecimentos e para aprimorar os tratamentos multifatoriais, envolvendo a nutrição, os fatores ambientais, medicamentos e as terapias comportamentais, de fala e educacional.

Metodologia Operacional: Este trabalho foi desenvolvido através de levantamento bibliográfico por meio de leitura, pesquisa, compilações e transcrições textuais de autores nacionais e internacionais, obtidos por meio de livros e artigos de revistas científicas especializadas de conteúdo confiável que abordam os temas relacionados à educação, nutrição e autismo.

Nutrição e Autismo: Considerações Sobre a Alimentação do Autista. Disponível em: <http://www.itpac.br/arquivos/Revista/51/1.pdf> . Acesso em 05 de junho de 2016.

Junior P, Martim F, Alysson M, Márcia LM. Revista Autismo – Preconceito, um mal que só pode ser combatido com informação. Guia Brasil, ano II, nº 2 – Abril/2012: 7 e 9. Disponível em: http://www.revistaautismo.com.br/RevistaAutismo002.pdf. Acesso 05 de junho de 2016.

METAS

 Para alcançar os objetivos propostos neste Projeto de Intervenção, serão utilizadas como metas as ações abaixo descritas:

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  • Promover 01 (um) momento de encontro entre os pais e os palestrantes para explicar a importância da temática a ser discutida atingindo 95% dos participantes;
  • Realizar 01 uma palestra sobre a importância de trabalhar a seletividade alimentar do autista para melhoria de sua qualidade de vida atingindo 90% dos participantes;
  • Realizar 01 uma palestras sobre dicas de como se inserir a alimentação saudável para o autista atingindo 80% dos participantes.

Metodologia Operacional

A pesquisa deve ser planejada e executada em conformidade com as normas estatuídas para cada método de investigação. Assim para Richardson (1989, p. 29), em sentido amplo, “método em pesquisa significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação dos fenômenos”.

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