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RE: Unidade III - Textos Científicos

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Por:   •  14/10/2013  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  939 Visualizações

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Odonto Magazine - Como o profissional de saúde bucal pode reconhecer o paciente nefropata?

Nathalie P. M. de Rezende - O profissional de saúde bucal deve ter em mente que existem diversos tipos de pacientes nefropatas, e que estas patologias de base são muito diferentes entre si. Entre as nefropatias, podemos citar as nefropatias congênitas e as adquiridas, que muitas vezes levam à insuficiência renal, que pode ser aguda ou crônica. A insuficiência renal possui diversos métodos de tratamento, que incluem tratamento medicamentoso, diálise, hemodiálise e, como última opção, o transplante renal, que melhora bastante a qualidade de vida do paciente, mas não a sobrevida. O cirurgião-dentista deve, através de uma anamnese detalhada, colher toda a história médica do paciente, com dados sobre a evolução da doença, medicações em uso, e presença de comorbidades, sendo as duas mais comuns nestes pacientes a hipertensão arterial e o diabetes. Durante o exame físico devemos identificar manifestações ligadas a estas alterações como edema das extremidades, de pálpebras, presença de fístula artério-venosa, hálito urêmico, coloração pálida de pele e mucosa. Exames complementares como hemograma, ureia e creatinina ajudam na identificação de anemias e na avaliação da função renal.

Odonto Magazine - Quais são as alterações bucais apresentadas pelos pacientes nefropatas?

Nathalie P. M. de Rezende - Os pacientes portadores de insuficiência renal crônica possuem uma restrição de ingesta de líquidos. Este fato geralmente está relacionado à xerostomia, que acaba levando ao aumento no número de cáries, principalmente cervicais e radiculares. Outra manifestação que pode acometer estes pacientes é a estomatite urêmica. Pacientes pediátricos e com insuficiência renal crônica apresentam um maior número de dentes com hipoplasia de esmalte. Já pacientes transplantados renais e que fazem uso de drogas imunossupressoras como a ciclosporina e de anti-hipertensivos, como bloqueadores de canais de cálcio, podem apresentar hiperplasia gengival medicamentosa.

Odonto Magazine - Existe um protocolo de atendimento odontológico para esses pacientes?

Nathalie P. M. de Rezende - Não há um protocolo odontológico para estes pacientes, principalmente porque a maioria deles apresenta mais de uma doença de base. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados em determinados casos. Em pacientes com Insuficiência Renal Crônica e que realizam hemodiálise, devemos realizar o tratamento odontológico em dias alternados aos da hemodiálise, por três fatores: risco de sangramento aumentado após a hemodiálise (devido à veiculação de heparina durante a mesma), desequilíbrios eletrolíticos e cansaço do paciente (a hemodiálise dura aproximadamente quatro horas). Se estes pacientes possuem fístula arteriovenosa para a hemodiálise, deve-se considerar a realização de profilaxia antibiótica prévia aos tratamentos odontológicos invasivos. Nestes casos, opta-se pela veiculação de vancomicina, um antibiótico não dializável, na hemodiálise do dia anterior ao procedimento odontológico. Nestes pacientes nunca devemos aferir a pressão arterial no braço com a fístula arteriovenosa, pois podemos danificá-la.

Quanto à terapêutica, devemos evitar o uso de

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