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Raça e Desigualdade na Sociedade de Classes no Brasil

Por:   •  29/3/2020  •  Projeto de pesquisa  •  6.553 Palavras (27 Páginas)  •  130 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO                 3 JUSTIFICATIVA                 5 REFERÊNCIAL TEÓRICO         7 OBJETIVO GERAL                 17 OBJETIVO ESPECÍFICO                         17 METODOLOGIA         18

SERVIÇO SOCIAL, A QUESTÃO DE RAÇA E SUAS DESIGUALDADES         19 CONSIDERAÇÕES                 21

CRONOGRAMA         22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS         23

Evellin Cinthia de Souza Márcia Costa Souza

Maria do Rosário Trajano da Silva

Raça e desigualdade na sociedade de classes no Brasil

Eixo: identidade e cultura - etnia Sub-eixo: reestruturação produtiva

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Raça e desigualdade na sociedade de classes no Brasil

Introdução

Este trabalho se destina a expor a desigualdade racial enquanto peça fundamental da questão social, abordando a discriminação da população negra e de que forma isso se reflete no contexto na sociedade de classe brasileira. Nessa perspectiva, essa diferenciação se torna um empecilho social, criando desigualdades que aumentam as dificuldades de acesso a bons empregos, e a má remuneração quanto a atividades igualmente desempenhadas por brancos. Dessa forma promove a pauperização, bem como o aumento da violência contra o indivíduo por conta da cor. Para isso, fizemos uma pesquisa bibliográfica, onde se verificou que existe uma desigualdade fundamentada por conta da raça, porém iremos nos atentar às questões que impedem a ascensão da população negra na sociedade capitalista.

Florestan Fernandes explica a partir de sua obra, “a integração do negro na sociedade de classes”, a razão pela qual os negros são impedidos de ascender economicamente pelo fato de não serem absorvidos pelo mercado de trabalho, quando adquiriram sua alforria. O autor traz nesta primeira parte da obra, vários elementos que mostram a desigualdade racial como peça fundante das desigualdades estruturadas na nossa sociedade. Trata da transição rural e urbana, trazendo como personagens principais dentro desse processo: o negro, o imigrante e o fazendeiro.

A partir do que Fernandes traz, podemos entender que essa desigualdade racial é um elemento que está estruturado na sociedade capitalista desde a sua formação, e que para se compreender como isso se dá, é necessário uma retrospectiva dessa passagem histórica antes e após a abolição. O brasileiro acredita viver em uma democracia racial, quando na realidade esse fato se mostra uma ideia controversa, já que neste contexto, observa-se que as desigualdades são entendidas como discriminação racial, pois se encontram e se comprovam

instrumentos que causam e operam em esferas tanto individuais quanto sociais, reproduzindo e perpetuando a ideia de raça. Portanto nosso objetivo geral é analisar os fatores que servem de acúmulo de desigualdades sociais, como por exemplo, a má distribuição de renda que impossibilita a ascensão da população negra em nossa sociedade.

Vivemos em um país de enorme desigualdade social, fruto resultante do processo capitalista onde o lucro fica restrito nas mãos de poucos, que no caso são aqueles que sempre detiveram o poder em suas mãos. Remetendo assim ao período da era colonial, que após a sua “abolição” não significou um momento de total liberdade para os negros, visto que, os mesmos não tinham possibilidade de estudar ou se desenvolver, tendo que trabalhar em qualquer função, recebendo o que lhe era oferecido, criando-se assim, um impedimento de ascensão econômica e social.

Em pleno século XXI a questão de raça ainda atua fortemente no mundo capitalista, considerando que neste cenário é visível a diferença econômica e de posição em cargos públicos e políticos que são em sua maior parte ocupados por pessoas brancas, apesar da maior parte da população ser negra.

Uma matéria publicada em 17/11/2017 intitulada de “Seis estatísticas que mostram o abismo racial no Brasil” aponta que o Brasil abriga a quarta maior população prisional do mundo onde mais da metade (61,6%) são pretos e pardos de acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). Também é a população mais afetada pela desigualdade e pela violência conforme a Organização das Nações Unidas (ONU). Já no mercado de trabalho, pretos e pardos enfrentam inúmeras dificuldades a mais quanto à progressão da carreira assim como na igualdade salarial, são também mais vulneráveis ao assédio moral afirma o Ministério Público do Trabalho.

Mesmo nos dias atuais ainda se encontra resistência quanto às questões de igualdade de direitos e oportunidades. Portanto questionamos: como em pleno século XXI a questão racial, peça fundamental da desigualdade na sociedade capitalista, tem sido enfrentada para o combate a pauperização da população negra do nosso país? Esse é um problema que é muito pouco abordado na atualidade, já

que se trata de um assunto que ainda é um tabu e que não é um fato totalmente admitido na sociedade.

Considerando nosso problema de pesquisa levantamos a hipótese de que raça, no contexto brasileiro, é a peça fundamental para se compreender a perpetuação da desigualdade social. Esse fato continua latente, atuando nas estruturas sociais com forte reprodução na sociedade capitalista, porém o mesmo passa despercebido, tornando-se uma falta de respeito e um grande fator excludente, contribuindo para o aumento da marginalização da população negra.

JUSTIFICATIVA

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE publicada em 11/05/2018 intitulada de “IBGE mostra as cores da desigualdade”, aponta que as estatísticas de cor ou raça mostram que o Brasil está muito longe de se tornar uma democracia racial. A pesquisa aponta que em média os brancos têm os maiores salários, e por isso sofrem menos com o desemprego, além de ser a maioria entre os que frequentam o ensino superior, por exemplo. Já os indicadores socioeconômicos da população “preta” e “parda”, assim como os dos indígenas, costumam ser bem mais desvantajosos.

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