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Resenha Critica sobre Planejamento Social

Por:   •  8/8/2016  •  Resenha  •  1.077 Palavras (5 Páginas)  •  5.777 Visualizações

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[pic 1]   UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ (UNESPAR)              

                              CAMPUS APUCARANA

Curso: Serviço Social –2º ano

Disciplina: Planejamento em Serviço Social

Professor: Eliezer

Resenha:

BAPTISTA, Myrian Veras. A racionalidade do planejamento. In:______. Planejamento Social – Intencionalidade e instrumentação. 2 ed. São Paulo: Veras Editora, 2000. p. 13-24.

Júlio César Martins[1]

O trecho resenhado compõe a obra “Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação”. Compilada em um total de 156 páginas, este livro aborda o planejamento enquanto um processo técnico-político, sendo assim, não deixando de considerar as relações de poder e interesses conflitantes presentes no processo de planejar. A obra ainda apresenta os elementos que constituem o planejamento, quais sejam: a construção do objeto, o estudo de situação, a identificação de prioridades, a definição de objetivos, o estabelecimento de alternativas, a planificação, a implementação, a implantação, o controle, a avaliação e retomada do processo. O livro realiza uma análise da trajetória para tomada de decisões, suas técnicas e instrumentos e, ainda, apresenta importantes discussões para uma prática metodologicamente conduzida e tecnicamente consistente.

O trecho resenhado aqui trata, especificamente, da racionalidade do planejamento. Inicialmente, a autora apresenta uma conceituação de planejamento a partir da perspectiva lógico-racional. De modo um pouco abrangente, Baptista (2000) situa o planejamento enquanto um processo permanente e também metódico, de abordagem científica e racional, sobre questões que se fazem presentes no mundo social. A partir de então, já é possível visualizar que a autora considera a relevância teórica e científica do processo de planejamento. Para Baptista, este processo é, ao mesmo tempo, selecionar atividades que são necessárias para atender a determinadas questões; e a decisão sobre os caminhos que serão percorridos, bem como todo o processo de controle no decorrer do planejamento.

A autora elucida a questão da racionalidade do planejamento, afirmando que tal dimensão ancora-se em uma certa logicidade, que está presente e norteia as ações humanas. Para Baptista, o ser humano planeja sem perceberem o que estão fazendo. Este processo, de acordo com a autora, é decorrente do uso da inteligência e um processo de racionalização dialética da ação. A autora apresenta, então, a ideia de Carlos Matus acerca do planejamento. A autora pretende, inicialmente, tratar da definição de planejamento, embora não haja um conceito unívoco, e, ainda, traçar, ainda que brevemente, uma trajetória histórica do processo de planejar.

Neste esforço, Baptista apresenta ao leitor o quanto, desde o início dos tempos, o processo de planejar fez parte da vida humana, mas que o processo de sistematização do planejamento foi algo que aconteceu a partir do interesse dos detentores do poder, a fim de traçarem estratégias para a solução dos problemas que vinham enfrentando. Neste momento da obra, acredita-se que o mais relevante a ser destacado é a percepção, ao longo do tempo, acerca da necessidade de se conhecer a realidade para o processo de planejamento. Afinal, para se mudar uma dada realidade é preciso conhecê-la.

É nesta perspectiva que a autora ressalta a necessidade de se definir um caminho a ser percorrido para possibilitar a mudança. Aponta, de acordo com Ferreira (1967), as operações complexas e interligadas do planejamento, as quais são: reflexão, decisão, ação e retomada da reflexão. Didaticamente, a autora apresenta um esquema de ciclo de tais elementos, para facilitar a compreensão do leitor.

Após isso, a autora passa, então, a tratar do planejamento enquanto um processo político. Baptista afirma que o planejamento é político pelo fato de ser um processo dotado de continuidade e, sobretudo, de tomadas de decisões, que se inscrevem nas relações de poder. Para autora, por este motivo, o planejamento envolve ou caracteriza uma função política.

Ademais ela observa que, historicamente, a ênfase no processo de planejamento esteve nos aspectos técnico-operativos, ou seja, não levando em consideração as relações de poder e a interferência do contexto no processo. Atualmente, pode-se afirmar, de acordo com a ideia apresentada pela autora, que já se leva em consideração demais aspectos no processo de planejamento, como condições objetivas e subjetivas, vontades políticas, correlação de forças, por exemplo, entre outros.

Utilizando-se de Lozano e Martin (1968), Baptista afirma que estabelecer relação entre o elemento técnico e o elemento político no processo de planejamento não é algo fácil. A ideia transmitida é que, tradicionalmente, essas duas dimensões estiveram em cisão: um técnico operacionaliza e equaciona as opções assumidas pelo “centro decisório”. Ou seja, a ideia é que, geralmente, “alguém decide e alguém executa”.

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