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Resenha: Doutrinas Éticas Fundamentais

Por:   •  2/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  2.551 Visualizações

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1. ÉTICA E HISTÓRIA

As doutrinas éticas fundamentais se desenvolvem e nascem em diferentes épocas e círculos, isso aconteceu como respostas aos problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens, principalmente seu comportamento moral. As doutrinas éticas não podem ser consideradas separadamente, pois, foram mudanças que aconteceram com um conjunto de fatores. A moral tem certos princípios, valores e normas, mudando a vida social também se muda a moral. Com tantas mudanças no decorrer do tempo, a teoria da moral, seus conceitos e normas tiveram que se modificar. Com isso aparecem doutrinas éticas fundamentais que contribuem até hoje com as suas teorias.

2. ÉTICA GREGA

Os problemas éticos obtiveram uma atenção maior quando aconteceu a democratização na antiga Grécia. Os filósofos do primeiro período tiveram uma preocupação com os problemas do homem, principalmente com os problemas políticos e morais. As condições novas que se apresentaram em muitas cidades Gregas, como o triunfo da democracia e também a democratização da vida politica, deu-se origem à filosofia politica moral.

I. Os Sofistas

Sofista significa orginalmente mestre ou sábio. Os sofistas reagem contra o saber do mundo porque consideram ele improdutivo, sendo atraído então por um saber a respeito do homem, particularmente o saber politico e jurídico, tendo a intenção de intervir na vida pública. No entanto os sofistas se transformam em mestres para que possam ensinar a arte de convencer, pois, em uma sociedade em que o cidadão atua ativamente é muito importante ter a vitória na vida política. Nesse aprendizado de convencer, é passada também a arte de expor, argumentar ou discutir.

II. Sócrates

Sócrates distribui o desprezo dos sofistas pelo conhecimento da natureza, porque para ele o saber fundamental é o saber a respeito do homem “conhece-te a ti mesmo”, se caracterizando em 3 elementos: 1 – é o conhecimento universalmente válido; 2 – antes de tudo vem o conhecimento moral; 3 – conhecimento prático. Concluindo então que a ética de Sócrates é racionalista, portanto, a bondade, conhecimento e felicidade se ligam, o homem age fortemente quando conhece o bem.

III. Platão

Inimigo da democracia Ateniense, a ética de Platão se relaciona direto com a sua filosofia politica, porque para ele o centro é o terreno próprio da vida moral. A faculdade superior e a característica do homem são levadas da razão ao mundo das ideias. Para ele o fim é purificar ou até mesmo libertar da matéria o que realmente leva acima de tudo a Ideia do Bem. Na obra de Platão A República, ele constrói um Estado ideal para cada alma, cada parte dela corresponde uma classe especial: a razão (classe dos governantes, filósofos) guiada pela prudência; o ânimo ou vontade (classe dos guerreiros, defensores do Estado) guiado pela fortaleza; apetite (classe dos artesãos e os comerciantes, encarregados dos trabalhos materiais e utilitários) guiado pela temperança. Compete à justiça social estabelecer na cidade a harmonia indispensável entre as várias classes. Na ideia de Platão, ética se forma espiritualmente somente no Estado e mediante a submissão do individuo a comunidade.

IV. Aristóteles

Para ele o dualismo não existe separado dentro dos indivíduos, a ideia existe somente nos seres individuais. É preciso diferenciar duas classes de virtudes: intelectuais ou dianoéticas (que operam na parte racional do homem, razão) e prática ou ética (que operam naquilo que há nele de irracional). A ética para Aristóteles está inserida à sua filosofia politica, já que para ele o corpo social e a politica é o meio necessário da moralidade, e que somente nela pode se realizar o ideal da vida teórica na qual se baseia a felicidade.

V. Estóicos e Epicuristas

O estoicismo e o epicurismo surgem no curso de decadência do mundo grego-romano, que foi caracterizado pela perda de autonomia dos Estados gregos e pela organização, desenvolvimento e queda dos grandes impérios. Para ambos, a moral não é definida pelo centro, mas sim ao universo. A moral problemática é colocada sobre o fundo da necessidade física, natural do mundo, por isso ambos são de acordo com a física que é a principio da ética. Para os estóicos, o mundo é um único que tem Deus como primórdio, onde só acontece o que Deu quer, tal que, o homem como parte desse mundo o possui como seu destino. Para os epicuristas, tudo o que existe incluindo a alma é formado de átomos materiais, não há nenhuma interferência divina nos fenômenos físicos nem na vida do homem.

3. ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL

Caracterizada pelo seu profundo rompimento econômico e politico, devido à existência de uma multidão de feudos, a religião garante certa unidade social, pelo fato de que a politica esta na dependência dela e da Igreja, exercendo um poder espiritual monopolizando a vida intelectual. A moral e ética estão impregnadas também no conteúdo religioso.

I. A Ética Religiosa

A ética religiosa parte de um conjunto de verdades reveladas a respeito de Deus, da relação do homem como o seu criador e do modo de vida que o homem deve seguir para obter a salvação. No cristianismo o que o homem é e o que deve fazer não tem relação com um corpo social, ou com o universo, mas antes de tudo Deus. O homem vem de Deus e todo seu comportamento, até mesmo a moral e ética, deve orientar-se para ele como objetivo maior.

II. A Ética Cristã Filosófica

O cristianismo não é uma filosofia, mas sim uma religião, porém apesar disto, faz-se filosofia na Idade Média para esclarecer e justificar, lançando a mão da razão o domínio das verdades reveladas, para abordar questões que se relacionam as questões teológicas. Naquele tempo dizia que a filosofia é serva da teologia, sendo assim também se subordina a ética. A ética agostiniana se contrapõe ao racionalismo dos gregos, e a ética tomista coincide nos traços gerais que se trata de cristianizar a sua moral como a sua filosofia.

4. A ÉTICA MODERNA

A ética moderna é dominante desde o século XVI, é um dominador comum desde então.

I. A Ética Antropocêntrica no Mundo Moderno

O homem aparece como o centro da politica, ciência, arte e também da moral. Ao transferir a centralidade de Deus para o homem, será apresentado como o absoluto, ou como o criador ou legislador,

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