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Serviço Social Interdisciplinar

Por:   •  25/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.398 Palavras (10 Páginas)  •  206 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP

SERVIÇO SOCIAL E INTRDISCIPLINARIDADE

ESTUDO DE CASO

Prorfº Daniel

Alexandre Nikolas RA: D0073H-3

Caroline Rigotti de Brito RA: B724CG-0

Luzia de Oliveira Lima RA: B78030-4

Valdirene Alves de Sales RA: C54BCI-6

"Caso de Paulo"

Realizado em um trabalho de avaliação em escolas estaduais. Foram comuns queixas escolares como a de Paulo de nove anos de idade, ele estava há três anos no Ensino Básico. A queixa escolar em relação ao Paulo, feita por sua professora Maria, era a seguinte: “ele é distraído, recusa-se a fazer lições de casa, agressivo, com os colegas, briga no recreio”. Segundo a professora Paulo iria permanecer mais um ano no Ciclo Básico.

No prontuário de Paulo, havia um relatório referente a um psicodiagnóstico datado de Junho de 1993 (época em que se cursava... primeiro ano de escolarização), no qual a psicóloga concluíra que Paulo tinha dificuldades para se concentrar e produzir coisas por si próprio sempre dependendo da opinião de outra pessoa; revelava baixa autoestima; sentia-se ameaçado pelo mundo externo, defendendo-se deste com atitudes agressivas; era intolerante a frustrações, revelando insegurança e medo ante o desconhecido; sentia a figura paterna ausente e autoritária e a figura materna como uma pessoa fraca.  [...] Paulo foi encaminhado, em seu segundo ano de escolarização, para uma classe cujo conteúdo era dado de forma mais lenta e na qual, segundo as professoras , as crianças podiam ter uma atenção mais individualizada.

[...] Marcamos um dia para os pais de Paulo irem à escola. Eles não vieram ao encontro marcado. Voltamos a falar com Paulo e pedimos a ele que perguntasse a seus pais se poderíamos fazer uma visita a sua casa no sábado de manhã. No dia seguinte, Paulo disse-nos que havia falado com sua mãe e que ela poderia nos receber, Combinamos com Paulo que ele iria até a escola no sábado cedo e de lá nos acompanharia até sua casa. Paulo morava na favela perto da escola e tendo companhia dele ficava mais fácil e seguro encontrar a sua casa. [...] Ao chegarmos a casa de Paulo fomos muito bem recebidos. Dona Inês, mãe de Paulo, ofereceu-nos café e bolacha. Ficamos conversando com ela e com a avó paterna de Paulo. O Pai de Paulo faleceu no início deste ano, foi assassinado depois de uma briga no bar. Dona Inês sustenta seus quatros filhos (Paulo é o caçula), trabalhando como faxineira em um prédio de escritórios. Contou-nos que Paulo sempre foi briguento, tendo piorado após a morte do pai. Ele sempre fala que quer matar quem matou o pai. Enquanto o pai era vivo, Paulo tinha muito medo dele. Dona Inês se diz culpada por não poder ficar em casa ajudando Paulo. Sente que Paulo precisa de mais atenção, e por isso ela o inscreveu no Circo-Escola. Dessa forma ele tem mais atividades. Dona Inês contou-nos que a avó de Paulo que está idosa e doente, ajuda bastante, pois faz a comida para as crianças e arruma a casa. [...] Quando Paulo nasceu, o marido de Dona Inês estava desempregado. [...]Segundo Dona Inês, seu marido gostava muito dos filhos [..] em relação ao fato de Paulo não aprender na escola ela e seu marido concordavam que ele talvez tivesse algum problema na cabeça e por isso gostaram quando foi atendido pela Psicóloga. [...] depois de alguns meses, o pai não queria mais que o filho fosse ao atendimento, pois não percebia progresso no aprendizado do filho. Dona Inês não sabia que o filho estava em uma classe para alunos que, segundo as professoras, apresentavam dificuldades no processo de escolarização. Quando indagada sobre o que pensava sobre esse fato, Dona Inês disse que as professoras decidiram isto é porque deveria ser o melhor.

Dona Inês contou que Paulo gostava muito de desenhar e jogar  futebol. Em algumas tardes ele empinava pipa com o irmão e duas vezes por semana ia co Circo-Escola. [...] ele gostava do professor de trapézio e fantasiava-se de palhaço nas apresentações. Lá, não sabiam que Paulo nem escrevia. Os profissionais do circo ficaram surpresos fomos conversar com eles. O relato de Dona Inês e a história familiar de Paulo trazem alguns elementos que se repetiram em outras histórias. Alunos e pais não pensam nem participam do processo de decisão em relação a certos acontecimentos da vida escolar. Paulo percebia que sua classe era mais “lenta”, pois seu primo, da mesma idade lia [...].

PROPOSTA

De acordo com esse caso quais as possibilidades de intervenção de um Assistente Social?

Parecer do Primeiro Profissional

A princípio faz-se necessário citar a importância da inserção do Assistente Social nas escolas públicas. Como o projeto que tramita na Câmara dos Deputados (PLC) 060/2007, que dispõe sobre a inserção de assistentes sociais e psicólogos nas escolas públicas de educação básica.

De acordo com a queixa da professora, Paulo era distraído, se recusava a fazer lições de casa, agressivo e brigava com os colegas e por fim diz que Paulo iria permanecer mais um ano no ensino básico.

No caso de Paulo a intervenção principal se faz necessária em analisar as questões que o levam ao desinteresse pela aula e a agressividade. Deixando como segundo plano o desempenho acadêmico.

Ao analisar está situação se vê a falta de capacitação da professora em lidar com a questão extraclasse. Em buscar compreender o porquê que Paulo está agressivo, não apenas como fator psicológico, mas quais as problemáticas que levavam Paulo a ser agressivo e a brigar com os colegas.

A meu ver o assistente social deveria fazer o acompanhamento deste aluno na escola e em visita domiciliar junto aos pais, buscando conhecer o seu entorno e as expressões da questão social que estão presentes nesta família. Seja alcoolismo de algum familiar, a ausência dos pais no dia a dia, agressão na família, dentre outras questões que posam levar  Paulo ter um desempenho inesperado na escola, objetivando a garantia de direitos, encaminhamentos que irão levar o fortalecimento de vínculos.

Também é fundamental a atuação deste profissional junto a psicólogos que podem identificar causas psicológicas que necessitam de intervenção, pedagogos para proporcionarem uma adequação à forma de ministração de matéria e trabalhar as habilidades de Paulo.

Poderia também haver reuniões entre profissionais para estudarem as potencialidades como foi visto que Paulo era um excelente aluno de atividades físicas, e as dificuldades de Paulo e as formas de intervenção profissional.

Segundo o Código de Ética profissional do Assistente Social, relacionado à atuação dos Assistentes Sociais com outros profissionais, no artigo 10º alínea D, é um dever do Assistente Social “incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar;”.

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