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Teoria das Ciências Sociais

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Por:   •  23/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.228 Palavras (13 Páginas)  •  182 Visualizações

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Teoria, do grego θεωρία , é o conhecimento descritivo puramente racional. O substantivo theoría significa ação de contemplar, olhar, examinar, especular1 . Também pode ser entendido como forma de pensar e entender algum fenômeno a partir da observação. Na Grécia antiga, teoria significava "festa solene, procissão ou embaixada que as cidades helênicas enviavam para representá-las nos jogos olímpicos ou para consultar os oráculos".

O termo é aplicado a diversas áreas do conhecimento, sendo que em cada área possui uma definição específica.

Em ciência, a definição de teoria científica difere bastante da acepção de teoria em senso comum, o de simples especulação; o conceito moderno de teoria científica estabelece-se, entre outros, como uma resposta ao problema da demarcação entre o que é efetivamente científico e o que não o é.

Índice [esconder]

1 Teoria científica

1.1 Equívocos sobre teorias científicas

2 Teoria nas ciências sociais

3 Teoria do conhecimento

3.1 Hipótese

3.2 Marco teórico

3.3 Tese

4 Teoria nas comunidades acadêmicas

5 Teoria segundo Hawking

6 Teorias famosas

7 Referências

8 Ver também

Teoria científica[editar | editar código-fonte]

Uma definição científica de teoria é a de que ela é uma síntese aceita de um vasto campo de conhecimento, consistindo-se de hipóteses necessariamente falseáveis - mas não por isto erradas, dúbias ou tão pouco duvidosas - que foram e são permanentemente e devidamente confrontadas entre si e com os fatos científicos, fatos estes que integram um conjunto de evidências que, juntamente com as hipóteses, alicerçam o conceito de teoria científica. As hipóteses, em casos específicos, devido à simplicidade e ampla abrangência, podem ser elevadas ao status de leis.

Ressalta-se aqui portanto que uma "teoria científica" é o conjunto indissociável dos dois subconjuntos: o subconjunto de fatos naturais, evidências necessariamente verificáveis mas, ao contrário do que muitos pensam, não obrigatoriamente reprodutíveis, e um subconjunto de hipóteses científicas adequadas à descrição destes fatos, de ideias necessariamente falseáveis, testáveis (e testadas) frente às evidências e que, junto àquele, dão corpo ao conceito de teoria científica.

É comum associar-se o conceito de teoria apenas a uma ou a um conjunto de ideias que tenta prever com alto grau de exatidão os fenômenos da natureza. Em verdade, vários cientistas acabam muitas vezes por aderir a esta conotação. Contudo em ciência o conjunto de fatos faz-se sempre presente e indispensável, e este está, mesmo quando não explicitamente considerado, certamente subentendido. Sempre que observamos algum fato novo que venha a contrariar a teoria vigente, deve-se abandonar as ideias conflitantes e jamais ignorar o fato: modifica-se a teoria, de forma a integrá-los à mesma, fato e novas ideias. Conclui-se que as teorias evoluem em virtude da descoberta de novos fatos, que necessariamente passam a integrar a versão evoluída da mesma.

Há também de se sublinhar que a ciência, ao buscar uma simplificação da sistematização do conhecimento produzido, divide-se em áreas e mesmo em disciplinas por mera formalidade. A ciência entretanto é única. Há um único conjunto de fatos naturais, sobre o qual as mais variadas teorias científicas válidas se assentam. Apesar de um subconjunto de fatos em particulares ser destacado para integrar determinada teoria, nenhum paradigma válido - nenhuma teoria em vigor - pode conter ideias que contrastem com qualquer dos demais fatos científicos conhecidos, independente da área científica da qual este seja proveniente ou da área na qual este seja (mais) relevante. Se isto ocorrer, a teoria DEVE ser reformulada; esta encontra-se impelida a evoluir. Em outras palavras, citando um exemplo de validade significativa frente ao contexto cultural, as ideias da teoria da termodinâmica e da teoria da evolução, ao contrário do que alguns leigos científicos afirmam, sendo ambas paradigmas válidos hoje, não podem se contradizer e não se contradizem; tão pouco podem contradizer ou contradizem os fatos hoje conhecidos, sejam eles oriundos da física, da química, ou da biologia, ou de qualquer outra cadeira científica.

Para Karl Popper, deve-se submeter criticamente as teorias à prova dos fatos e selecioná-las de acordo com os resultados obtidos, através da dedução lógica e da comparação dos resultados. Popper indica quatro diferentes linhas para submeter uma teoria à prova:

Comparação lógica das conclusões umas com as outras, para se testar a coerência interna do sistema;

Investigação da forma lógica da teoria, com objetivo de determinar se ela apresenta caráter de uma teoria empírica, científica ou tautológica;

Comparação com outras teorias, para ver se há avanço de ordem científica ;

Comparação da teoria por meio de aplicações empíricas das conclusões que dela se possam deduzir.2

No pensamento científico o fato sempre é superior à ideia, sendo que o fato sempre pode destruir - corretamente dizendo, tornar falsa - a ideia científica. Por isso, por ser uma teoria científica sempre formada a partir de hipóteses testáveis e falseáveis, há sempre a possibilidade de aparecer um fato que venha a destruir a visão nela encerrada e até então válida e atual. Decorre que teorias científicas jamais são provadas pois é impossível garantir-se que nunca se descobrirá um novo fato que venha a contradizer alguma de suas ideias até então válidas. Entretanto, algumas teorias estão tão bem corroboradas por uma quantidade tão grande de fatos que, na prática, é pouco provável conceber que estas sejam falseadas. Entretanto esta possibilidade é inerente e indissociável de qualquer teoria que se diz científica, não devido aos fatos, mas às ideias associadas à mesma.

Explicitamente, segue-se que, em acordo com a definição moderna de teoria científica - notoriamente atrelada ao positivismo de Popper e outros - não existe teoria científica, nem uma sequer,

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