UMA ANÁLISE DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

serviço social

MARA NATÁLIA MELO CANUTO

uMA ANÁLISE DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

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Esperantina - PI

2013

MARA NATÁLIA MELO CANUTO

uMA ANÁLISE DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

Trabalho apresentado em requsito a Produção Textual individual relativa ao 2° Semestre, Portfólio para as Disciplinas de Sociologia e Serviço Social, Ética, Política e Sociedade, Psicologia Social, Fundamentos Históricos e Metodológicos do Serviço Social II;

Professores: Adarly Rosana, Lineia Rampazzo, Márcia Bastos e Sergio Goes.

Esperantina - PI

2013

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................4

2 - DESENVOLVIMENTO............................................................................................5

3 - CONCLUSÃO..........................................................................................................8

4 – BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................9

1-INTRODUÇÃO

Nesta produção textual busco mostrar como se comportam as Famílias Contemporâneas e como se deu as modificações sofridas por ela no contexto histórico, social, cultural, político e econômico.

No final das últimas décadas, a família vem se estruturando de maneira distinta, ao modelo de família nuclear, caracterizado pela disfunção entre as responsabilidades conjugais e parentais, principalmente por assuntos referentes à autonomia das esferas conjugais e da sexualidade relativas à reprodução.

Ao examinarmos as relações humanas no contexto familiar neste final de século e início de milênio, não podemos fazê-lo isoladamente, sem considerar a família como parte de todo o complexo social em que o ser humano vive. As transformações do mundo atual são rápidas e profundas. Os valores éticos e morais são mudados constantemente e, as relações familiares tem sido afetados diretamente por eles.

Com ênfase nas uniões homoafetivas, veremos recentes conquistas dos homossexuais em constituir família perante a lei e os problemas enfrentados por eles, pois uma parcela da população ainda não aceita estas novas configurações familiares.

2-DESENVOLVIMENTO

Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco ou não entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.

A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural da sociedade e tem direito à proteção da própria sociedade e do Estado. É considerada um dos principais agentes da socialização e da reprodução de valores e padrões culturais dos indivíduos, já que neste espaço se tecem relações que envolvem posições etárias, posições sexuais, produtoras e reprodutoras das representações sociais, que justificam e orientam diversas práticas familiares e sociais.

Além da tradicional estrutura familiar denominada nuclear ou elementar, as transformações sociais e culturais, proporcionaram a existências de diferentes estruturas familiares:

Família Nuclear, que consiste em um homem, e uma mulher e seus filhos, biológicos ou adotados, habitando um ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário;

Família Monoparental, formadas por um dos pais e seus descendentes;

Família Extensa, aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade;

Família Reconstruída, quando existe uma nova união conjugal, com ou sem descendentes de relações anteriores, de um ou dos dois cônjuges;

Família Unitária, constituída por uma pessoa que vive sozinha, independentemente de relação conjugal sem coabitação;

Família Consanguínea, família em que existe uma relação conjugal consanguínea, independentemente da restante estrutura;

Família de Coabitação, homens ou mulheres que vivem na mesma habitação sem laços familiares ou conjugais, com ou sem objetivo comum;

Família Homossexual, em que existe uma união conjugal entre duas pessoas do mesmo sexo, independentemente da estrutura, o qual detalharei nos próximos tópicos deste trabalho.

A família contemporânea se afastou do modelo talhado em séculos passados. Antes, os laços familiares eram formados apenas por critérios patrimoniais e biológicos. Hoje, o elemento unificador da família constitucionalizada é o afeto. As famílias se formam através dos vínculos do amor e afeição. Estes sim são verdadeiros elementos solidificadores da unidade familiar.

A família homoafetiva (de casais do mesmo sexo) parte da união, por vínculo de afeto, entre pessoas de mesmo sexo. Não tem previsão legal, mas também não tem vedação. Aliás, o STF – Supremo Tribunal Federal, a maior Corte de Justiça do Brasil, no julgamento histórico ocorrido em 05 de maio de 2011, reconheceu, por unanimidade de votos (10 x 0), a União Homoafetiva como entidade familiar, conferindo-lhe todos os efeitos jurídicos previstos para União Estável.

No Censo realizado em 2010 a pergunta “cônjuge do mesmo sexo” foi incluída na sondagem, como forma de contemplar os novos arranjos familiares existentes na nossa sociedade. E surpreendentemente constatou-se que o Brasil há mais de 60 mil casais homoafetivos, apesar de ainda haver muito preconceito. São casais que assumem a relação perante a sociedade e que provavelmente representam apenas uma pequena parte da realidade. O resultado obtido a partir do recenseamento sinaliza a necessidade de se discutir garantias para essa parcela da população.

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