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Bioclimatologia Em Cunicultura

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Por:   •  3/10/2013  •  2.462 Palavras (10 Páginas)  •  1.521 Visualizações

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FUNDAMENTOS DE CONFORTO AMBIENTE APLICADOS À CUNICULTURA

AMBIÊNCIA, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS.

A domesticação do coelho é relativamente recente, quando comparada à de outros animais de produção, datando da idade média. São animais susceptíveis a alterações bruscas de intempéries e de manejo, possuem um reduzido número de glândulas sudoríparas, sendo que estas são importantes para a dissipação do calor produzido pelos animais. Por isso as instalações devem ser construídas de maneira a facilitar as trocas de calor. O estresse do animal frente ao desconforto térmico pode ser observado através da queda da produção, transtornos reprodutivos e aumento de doenças. Os coelhos são oriundos de clima temperado. Dentre todos os outros animais domésticos de produção, o coelho é o mais sensível ao estresse de desequilíbrio etológico devido ao seu agregarismo, territorialismo, recente domesticação, hábito mais noturno e facilidade de descargas adrenalínicas. Tanto o frio excessivo quanto o calor intenso são prejudiciais aos coelhos, sendo a zona de conforto térmico para essa espécie compreendida entre 16 e 21°C, mas é possível criá-los sem problemas em regiões com temperatura média anual de até 24°C. Deve-se ressaltar que os coelhos são

mais sensíveis ao calor do que ao frio e as variações bruscas de temperatura são mais nocivas do que uma mudança gradual na temperatura fora da zona de conforto. A temperatura crítica superior para a criação de coelhos é de 30 ºC. Com relação aos láparos, observa-se, que em algumas épocas do ano existe alta mortalidade provocada por excesso de calor. Nesta fase, os mecanismos de dissipação de calor ainda não estão totalmente desenvolvidos, tornando-se necessário à determinação de um modelo de ninho e manejo adequado às condições ambientais do criatório. A baixa temperatura também é prejudicial aos láparos que ainda não tem seu mecanismo termo-regulatório desenvolvido. A temperatura do ninho precisa estar em torno de 30°C e para isso é importante a correta preparação do ninho pela coelha bem como um eficiente manejo de cortinas.

De acordo com a figura abaixo, todos os fatores de meio influenciam a vida econômica do animal.

Figura 1: Os elementos físicos do meio ambiente que direta (fecha direta) ou indiretamente, através das interações (flecha concêntricas), influem na performance dos animais ou sobre o regime de manejo empregado. A largura das flecha indica o grau de influencia.

Importância das instalações

Barbosa et al. (1992a) cita que dentre os fatores importantes na criação de coelhos, destacam-se sem dúvida as instalações. O autor considera que nos climas tropicais a temperatura do ar durante todo ano, é bastante elevada e percuta-se dar condições de conforto aos coelhos, construindo instalações que permitam uma boa ventilação, luz suficiente e temperatura mais próxima da zona de conforto. Os pesquisadores ainda destacam que por o coelho ter ausência de glândulas sudoríparas ele apresenta dificuldades em perder calor.

Nããs (1989) cita que tanto o ganho quanto a perda de calor por condução dar-se-á através dos componentes das edificações, ou seja, pelas paredes, teto e piso. Tais componentes devem ser propícios a favorecer a mais lógica troca de calor para melhor favorecer o conforto animal.

Camps (2002), cita que os animais postos no solo, comparando com outros em gaiolas, têm maior mortalidade, pior conversão alimentar e menor crescimento diário.

Para manter as condições técnicas próximas da ideal, é necessário um bom isolamento, sendo, portanto prioritárias a utilização de material adequado para a construção de paredes e coberturas. Barbosa et al. (1992a) avaliaram o efeito do tipo de instalação e época do ano, em Maringá, sobre coelhos em engorda usando três tratamentos sendo eles gaiolas ao ar livre sombreadas com tela sombrite permitindo 80% de sombra, galpão em alvenaria totalmente fechado e galpão em alvenaria com tela de arame galvanizado nas laterais, isto durante as épocas de verão e inverno. Não foi observada diferença (P>0,05) para o consumo líquido de ração, ganho de peso líquido e bruto e conversão alimentar porém houve diferença (P<0,05) para o consumo bruto de ração entre instalações e época do ano, sendo maiores para as instalações ao ar livre e galpão com tela lateral no verão e instalações ao ar livre no inverno. Os pesquisadores concluíram que é viável a criação de coelhos em instalações ao ar livre tanto no verão quanto no inverno.

No mesmo experimento, os pesquisadores acima verificaram o efeito sobre a temperatura corporal e freqüência respiratória verificando diferenças (P<0,05) apenas para época do ano sendo maiores para o verão. No período da tarde, houve também diferença (P<0,05) entre as instalações e época do ano, onde as instalações ao ar livre e galpão com tela lateral apresentaram maiores valores no verão. Os autores chamaram a atenção para a radiação solar incidente diretamente sobre os coelhos a qual é muito prejudicial.

Outro ponto interessante que é destacado pelos autores acima em seus trabalhos, é que a criação dos animais em instalações gaiolas ao ar livre propicia aos mesmos, condições de vida semelhantes àqueles criados nas instalações convencionais, refletindo no seu estado de saúde e no seu desempenho. Tais instalações são uma boa alternativa para baixar os custos de produção principalmente para pequenos produtores.

As construções, as instalações e equipamentos devem ser de fácil limpeza e desinfecção, além de não alterarem a paisagem do meio, com materiais agressivos. É imprescindível também que a granja esteja localizada em local tranqüilo longe de auto-estradas e cidades.

Medidas adaptativas dos coelhos

Segundo Zapatero (1979) o coelho tem um sistema termorregulador no hipotálamo que atua em face de um calor excessivo, acelerando os movimentos respiratórios, evaporando água através da superfície pulmonar. Outro mecanismo é a vasodilatacão cutânea, que poe muito sangue em contato com a superfície externa, irradiando calor e fazendo baixar por sua vez a dos órgãos internos, sem o que transpiram sem a intervenção das glândulas sudoríparas o que no coelho tem um numero bem reduzido. As orelhas do animal ganham destaque nas trocas de calor com o ambiente.

De acordo com Baêta e Souza (1997) quando o animal está em ambiente térmico estressante, as formas latentes de calor são

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