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Ensino de biologia

Por:   •  10/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.076 Palavras (5 Páginas)  •  306 Visualizações

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Introdução

A História da Ciência é um instrumento didático útil para o ensino de Biologia em qualquer uma de suas áreas. A partir da análise das contribuições dos cientistas do processo de formação dos conhecimentos científicos aceitos atualmente, e das circunstâncias históricas que o acompanharam, o aluno pode compreender melhor os conceitos da Ciência (KOVALESKI, et. al. 2013). Nesse sentido, Martins (1998, p.18) salienta:

Este tipo de estudo pode contribuir para a formação de uma visão mais adequada acerca da construção do pensamento científico, das contribuições dos cientistas e da própria prática científica, permite que se conheça o processo de formação de conceitos, teorias, modelos, etc. Além disso, pode auxiliar o ensino da própria ciência, tornando-a não apenas mais atraente, mas principalmente mais acessível para o aluno, possibilitando uma melhor compreensão de conceitos, modelos e teorias atuais.

Nos últimos anos houve uma aproximação entre a historia da ciência e o seu ensino devido ao déficit no sistema educacional. Segundo dados do Governo no Brasil a evasão escolar é um grande desafio para as escolas, pais e para o sistema educacional. De acordo com dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), de 100 alunos que ingressam na escola na 1ª série, apenas 05 concluem o ensino fundamental, ou seja, apenas 05 terminam a 8ª série hoje 9º ano (IBGE, 2007). Segundo a Revista Nova Escola (2011) é possível descrever evasão escolar através do desinteresse dos alunos, dos pais, da comunidade escolar e da comunidade em geral em relação à escola e a educação. No Brasil, as principais causas da evasão escolar, de acordo com os dados do Ministério da Educação são: o desinteresse total e a falta de incentivos, a necessidade de trabalhar juntamente com a oferta de trabalho, a dificuldade de absorção do conteúdo passado em sala de aula, conflitos com colegas e desentendimento com professores e também a repetência do ano letivo. Essa questão preocupante configura um fato evidenciado nas escolas, a consequência desse ato é um analfabetismo tanto cientifico quanto de outras disciplinas. O problema da desinformação implica em uma formação de alunos que não enxergam o real valor da ciência bem como seus benefícios. Incompreensões essas que acabam por prejudicar o desenvolvimento e o investimento feito na ciência e na educação. O analfabetismo científico torna a população vulneráveis a pseudo-ciência, a movimentos que tentam denegrir a ciência e a charlatães. O mal da pseudo-ciência tem assolado nosso planeta todo com livros de auto-ajuda e de propagandas de seitas que se dizem científicas, como é o caso do livro “O Segredo”, “Quem Somos Nós?” e etc.(QUINTAL, et al 2009, SITE). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (1997:2) é bastante clara a esse respeito.

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

De modo geral, os livros didáticos apresentam a história da genética assumindo Gregor Mendel (1822-1884) como pai da genética, o qual desenvolveu seus estudos com ervilhas no jardim do Mosteiro de Altbrunn, Áustria. Publicados em 1886 e resgatados em 1900, estes trabalhos fundamentaram a genética atual. Apesar de não ter sido o primeiro pesquisador a realizar experimentos com hibridização, foi Mendel quem aplicou o método científico, considerando os resultados em termos de características individuais, adotou procedimentos experimentais, contou e classificou as ervilhas resultantes de cruzamentos. Ele também comparou as proporções com modelos matemáticos e formulou hipóteses para explicar as diferenças. Apesar de ter delineado respostas matemáticas, Mendel não conceituou biologicamente o que presenciava. O que, provavelmente, fez com que seus estudos não tivessem repercussão no meio acadêmico da época. Apenas em 1905 W. Bateson reconheceu essa nova ciência em desenvolvimento e a denominou de “Genética”.

 Moreira e Silva (2001) enfatizam que para muitos professores a Genética abordada em sua formação acadêmica é uma área do conhecimento relativamente nova, por isso seu ensino nas escolas é feito de maneira superficial, deficitária e incoerente. Como consequência os alunos apresentam dificuldade para compreender até mesmo conceitos básicos. Para Matthews (1995) a elaboração do contexto sócio-histórico no ensino de genética traz grandes avanços para a educação, pois: a) evidencia que a história, a filosofia e a sociologia da ciência não detêm todas as respostas; b) as aulas de ciências podem ser mais desafiadoras e reflexivas; c) há a contribuição para um entendimento mais integral da disciplina como ciência; d) pode melhorar a formação do professor auxiliando o desenvolvimento de uma epistemologia da ciência mais rica e autêntica.

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