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Estudo dirigido - Biossegurança

Por:   •  19/7/2017  •  Ensaio  •  4.318 Palavras (18 Páginas)  •  1.092 Visualizações

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ESTUDO DIRIGIDO – BIOSSEGURANÇA

Aula #2 - Conceito

1. Defina Biossegurança.

“A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” - Teixeira & Valle, 1996.

2. Qual é a diferença entre biossegurança e biosseguridade?

A Biosseguridade inclui tanto os riscos biológicos como também questões relacionadas à saúde pública ou ainda à segurança nacional. Um programa de biosseguridade é composto por um conjunto de princípios, normas, medidas e procedimentos de cuidados com a saúde e o bem-estar de uma população (visa a diminuição do risco de ocorrência de qualquer ameaça a uma determinada população) – impede que microrganismos sejam usados como armas. Enquanto a biossegurança tem ação educativa garantindo o desenvolvimento seguro de uma determinada atividade (processo de aquisição de conteúdos e habilidades, com o objetivo de preservação da saúde do homem, das plantas dos animais e do meio ambiente).

3. Qual é a relação entre biossegurança e biotecnologia?

Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços, como por exemplo, o cultivo de microrganismos para produzir os antibióticos, e a engenharia genética. A biossegurança, por sua vez, propõe a utilização segura da biotecnologia.

4. Quais são as quatro classes propostas para os agentes infecciosos?

Os agentes infecciosos foram classificados em quatro classes:

Classe de risco 1: Agentes biológicos que oferecem baixo risco individual e para a coletividade, como por exemplo Lactobacillus (utilizados na fermentação da lactose) e Bacillus subtilis (utilizado como indicador biológico – para verificar se algo foi esterilizado corretamente, esse microrganismo vai junto com o material a ser esterilizado);

Classe de risco 2: Agentes biológicos que oferecem moderado risco individual e limitado risco para a comunidade, que provocam infecções mas existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes, como Schistosoma mansoni (barriga d’água) e Rubéola;

Classe de risco 3: Agentes biológicos que oferecem alto risco individual e moderado risco para a comunidade, que possuem capacidade de transmissão por via respiratória, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Anthrax (utilizado como arma biológica; a disseminação pode ocorrer por inalação, ingestão, e lesão por picada de inseto. A vacina é cara e tem efeitos colaterais consideráveis), e HIV (que pode ser transmitido por contato direto com secreções ou sangue, porém há eficiência crescente no tratamento);

Classe de risco 4: Agentes biológicos que oferecem alto risco individual e para a comunidade, com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Nem sempre está disponível um tratamento eficaz ou medidas de prevenção contra esses agentes. Causam doenças de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente, por exemplo: Ebola (que provoca febre hemorrágica, é causada por vírus, transmitida por sangue ou secreção, e tem taxa de mortalidade de 50 a 90%), e o Vírus Lassa (também transmitido por sangue e/ou secreções).

5. Biossegurança e risco biológicos utilizam a mesma simbologia?

O símbolo da biossegurança, que na realidade é o símbolo do risco biológico, foi desenvolvido pelo engenheiro Charles Baldwin, visando uma padronização na identificação de agentes biológicos de risco. Mas como um símbolo pode simultaneamente representar uma condição de segurança e uma condição de risco? Pensamos que este símbolo deve significar o risco por agente biológico (pelo seu histórico), e a biossegurança deveria ser representada de outra forma, já que não se refere apenas aos agentes biológicos, mas também aos químicos, físicos, ergonômicos e psicossociais.

Aula #3 – Riscos

1. Quais são as 4 classes de agentes infecciosos propostas pela legislação brasileira em vigor? Cite exemplos de cada classe.

*Ver pergunta 4, Aula #2.

2. Qual é a portaria que permitiu a revisão da classificação dos agentes biológicos?

A portaria n°178 de 20 de abril de 2009, que revisa e atualiza a classificação de risco dos agentes biológicos, anteriormente aprovada pela portaria n°1.608 de 5 de julho de 2007.

3. Quais fatores específicos de infecção são utilizados na classificação dos agentes biológicos?

Virulência (gravidade/mortalidade): capacidade patogênica (de infecção), por exemplo, a raiva pois possui alta taxa de mortalidade e pode ser transmitida pelas secreções de animais; Modo de transmissão: percurso até o hospedeiro - direto ou indireto (ingestão, inalação, contato com mucosas ou pele); Estabilidade: manutenção do potencial infeccioso no meio ambiente; Concentração e volume: relativo ao acidente e a dose infectante; Origem do agente biológico: endemicidade e natureza do vetor; Medidas profiláticas: se tem como prevenir – vacinação (que pode ser apenas em grupos de risco, por exemplo, para trabalhadores da área da saúde), antissoros e globulinas, medidas sanitárias, quarentena; Tratamento eficaz; Dose infectante: número mínimo de agentes para a doença; Manipulação do agente biológico: potencializa o risco; Eliminação do agente biológico: conhecimento das vias naturais de eliminação; Fatores referentes ao profissional: características individuais, como estado imunológico, gravidez, hábitos de higiene, EPIs e etc.

4. Como os fatores citados acima interferem na classificação dos agentes biológicos?

5. Os agentes biológicos são apenas microrganismos? Justifique sua resposta com exemplos.

Não, os agentes biológicos podem ser vírus, bactérias, fungos, príons e toxinas, que não são consideradas como microrganismos.

6. A vacinação é uma medida profilática importante. Comente.

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma enfermidade do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – seja contaminada.

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