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Melhoramento genético de milho com fins de manejo comunitario

Por:   •  5/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.685 Palavras (11 Páginas)  •  385 Visualizações

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RESUMO:  

                                  O milho (Zea mays) é uma espécie profusamente cultivada, estudada e com grande diversidade genética; cultivada nos mais diferenciados sistemas e extremamente adaptável a tecnologia. Alimenta desde a mesa ao gado. A escolha do banco em que se guarda o material genético do vegetal é parte fundamental e decisiva para qualquer programa de melhoramento de vegetais, quer seja para o avanço da variedade ou para aplicação de híbridos, podendo atuar no fiasco ou triunfo da espécie. A variedade crioula evita a erosão genética desses materiais tão singulares, com adaptabilidade únicas e uma carga histórica sem precedentes. Assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas tem a oportunidade de preservar suas sementes se ocorrerem possíveis condições temporais não favoráveis a conservação das mesmas, que possuem alta carga cultural e histórica. E que haja um impacto social, político, ambiental, cultural, organizativo e econômico numa agricultura reinventada, com princípios que visem a soberania alimentar de todas as classes.

. A diversificação da produção agrícola, a construção do conhecimento agroecológico, manejo sustentável do solo, preservação da biodiversidade, acesso igualitário a água, resgate e valorização dos hábitos alimentares tradicionais, mudanças do hábito alimentar a partir da produção familiar são valores que mostram sua grande importância perante o explícito restringir de recursos e de ação dos agricultores.

O manejo comunitário visa a união entre agricultores e comunidade acadêmica e a quebra da barreira do conhecimento bancário

“Daí que um de seus objetivos fundamentais, mesmo que dele não estejam advertidos muitos do que a realizam, seja dificultar, em tudo, o pensar autentico. Nas aulas verbalistas, nos métodos de avaliação dos ‘conhecimentos’, no chamado ‘controle de leitura’, na distância entre educador e educandos, nos critérios de promoção, na indicação bibliográfica, em tudo, há sempre a conotação ‘digestiva’ e a proibição ao pensar verdadeiro. ”

Fonte: pedagogia do oprimido – Paulo freire

, para um conhecimento crítico que deseja incentivar, atingir o maior número de comunidades possíveis.

                                    INTRODUÇÃO:

 O melhoramento genético de espécies crioulas visa acabar com a desigualdade prescrita pela sociedade (países com remanescente de comida – alto nível de desenvolvimento econômico e social - e outros carentes do mesmo, geralmente os subdesenvolvidos), que precisam do apoio e intervenção do Estado para que haja soberania alimentar.

JUSTIFICATIVA:

 “Uma visão típica entre amostras de sementes comerciais e crioulas, pode ser observada por exemplo, em espigas de milho (Zea mays), que variam entre espigas extremamente uniformes até aquelas variegadas (...) pode se observar que são dois tipos distintos em suas características morfológicas: forma, arranjo e cor das sementes, mas cada uma delas bem uniforme. Baseado nestes critérios poderia enquadrá-las com variedade comerciais.

Entretanto, ao adicionarmos um dado a estas amostras, o de idade, esta classificação muda completamente, pois as espigas das fotos são na verdade amostras arqueológicas encontradas em cavernas de Minas Gerais, e foram datadas como tendo sido produzidas no século X de nossa era, ou seja, possuem ao redor de 1000 anos de idade, tendo sido manejadas por populações indígenas do passado.

A presença de dois tipos distintos e contemporâneos de espigas indica não apenas que aquelas populações possuíam mais de uma variedade de milho, mas principalmente, que possuíam um conhecimento profundo a respeito do modo de manejo daquela planta, a fim de evitar a recombinação/ mistura de dois tipos.

Assim, é válido sugerir que aquelas populações já 10 séculos atrás, deveriam ter diferentes campos agrícolas, plantando cada variedade separadamente, como se fossem pequenos campos uniformes, dentro de um mosaico maior. ”

Fonte:Embrapa

O agricultor é extremamente importante no processo de manejo do melhoramento, pois proprietário de todo o conhecimento empírico, cultural, histórico defini os parâmetros de melhoramento no sentido de escolha da espécie, necessidades do solo, pragas, conservação do material genético para o avanço de uma agricultura que empodera no sentido de dar autonomia na hora da decisão quanto ao hábito alimentar.

 Proporcionar o melhor desenvolvimento, adaptação em consórcio de uma determinada espécie resulta em seleção de sementes mais adequadas para o manejo naquele determinado ecossistema.

OBJETIVOS:

  • Manejo de sementes crioulas unindo o saber acadêmico (teórico) e do agricultor (empírico);
  • Mapeamento genético que mapeiam locos que controlam características quantitativas para obter informações fenotípicas, diversidade genética e genômica da espécie.

                                     

     METAS: 

  • Disponibilização e equilíbrio do fluxo de nutrientes;
  • Proteção e conservação da superfície do solo;
  • Preservação e integração da biodiversidade;
  • Exploração da adaptabilidade e complementariedade no uso de recursos animais e vegetais;
  • Soberania alimentar.

Metodologia

  • Agricultores (seleção de espécies);

“A conservação deve se dar principalmente pela garantia de reprodução das redes informais de intercâmbio presentes nas comunidades. Dentro dessas redes, o fortalecimento do sistema tem se mostrado muito importante. O apoio de outras instituições, sobretudo públicas(...). A experiência local demonstra que quando o trabalho é desenvolvido em grupos, os resultados tendem a ser melhores, pois se valorizam e fortalecem as relações de troca de sementes e de conhecimentos. Em relação especificamente a seleção de variedades locais, são duas as estratégias principais:

Seleção no paiol: Logo depois da colheita, as espigas são armazenadas num paiol, que geralmente se trata de uma construção de madeira, pouco protegida contra a ação de roedores e insetos. Nesse local, as espigas ficam depositadas, sendo retiradas rotineiramente para a alimentação dos animais, para a comercialização, para a fabricação de farinha nos moinhos locais ou então como semente para o próximo plantio. Nesse sistema, as melhores espigas (maior tamanho, emparelhamento, espessura do sabugo e sanidade) são escolhidas para posterior retirada das sementes. Esse processo de seleção costuma ocorrer próximo a data de plantio, quando as espigas já estão armazenadas há vários meses.

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