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O Uso Da Imagem No Ensino Das Artes Visuais

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Por:   •  2/6/2014  •  3.633 Palavras (15 Páginas)  •  1.031 Visualizações

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O USO DA IMAGEM NO ENSINO DAS ARTES VISUAIS

Denise Faustino Valentim Santos

Professor Orientador Ester Zingano

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Licenciatura em Artes Visuais (ART 0071) – paper

02/04/2014

RESUMO

A presente pesquisa intitulada: O uso da imagem no ensino das Artes visuais, tem como objetivo investigar a evolução histórica da Didática, e como a leitura de imagem pode contribuir para a construção do conhecimento na escola, e a evolução cultural dos alunos. Procurando uma compreensão sobre as bases epistemológicas, a semiótica, e aos recursos da linguagem. Acrescenta-se ao projeto a releitura de imagem realizada nos estágios I, e II, proporcionando uma observação reflexiva da vivência pedagógica, e consolidando as teorias realizadas durante o curso de graduação. Para a realização deste trabalho optou-se por uma abordagem teórico-prática baseada em artigos científicos, sites, livros e palestras, Apesar de o foco central da pesquisa vincular-se a leitura de imagens, acrescentou-se a observação das pinturas de artistas plásticos em destaque na história da Arte, e das imagens realizada por alunos dos estágios realizados.

Palavras-chave: Artes Visuais. Imagens. Prática.

1 INTRODUÇÃO

O estudo realizado sobre “O uso da imagem no ensino das Artes Visuais”, possui a perspectiva sobre a contribuição para a aprendizagem do futuro professor, com uma possibilidade de aproximação da prática na forma de consolidar a teoria aprendida e discutida durante as aulas no curso de graduação de artes visuais, com um conhecimento em didática para melhor enfrentar os desafios nas relações pedagógicas em sala de aula, e também fazer uma reflexão da realidade das escolas nos dias atuais, desta forma tornar evidente que o aprendiz venha a ter a oportunidade de reforçar as suas pesquisas nas questões da arte reforçar seu senso crítico, nesta perspectiva foi escolhida a linha de concentração, Ensino e aprendizagem das Artes Visuais.

Para desenvolver o potencial leitor de seus alunos, o docente necessita investir no seu próprio aperfeiçoamento, desta forma, busquei trazer a este trabalho o estudo de teóricos contemporâneos, seus estudos sobre a didática no ensino de artes visuais, estudo sobre a semiose e recursos da linguagem contribuindo assim com a bagagem cultural do docente.

Para refletir a respeito dos fundamentos da prática docente e a construção da formação do professor de Artes Visuais, torna-se necessário o conhecimento sobre a Didática e a metodologia no ensino, o termo em questão já se fazia conhecido desde os antigos gregos, Martins (2011, p.3), assim conceitua:

Deriva da palavra Texvn oioaktikn (technée didaktidé), que pode ser traduzida como arte ou técnica de ensinar, fazer aprende instruir. No entanto, enquanto uma disciplina ou campo de estudos específico, a Didática surgiu apenas no século XVII, com João Amós Comenius. é dele a definição, talvez um pouco exagerada, mas que revela bem o espirito de sua obra: “ A Didática é a arte de ensinar tudo a todos”.

O mesmo autor mostra que a Didática, como disciplina pedagógica, preocupa-se com o ensino e suas condições com os processos interativos, uma educação sedimentada no aprender e conhecer, voltada para a construção da cidadania, com uma aprendizagem significativa, conforme Martins (2011, p.05):

De forma geral, então, podemos conceituar como uma disciplina pedagógica que se preocupa com o processo de ensinar e aprender, procurando sempre melhorar a aprendizagem, mas sem perder de vista as finalidades sociais, humanas e politicas últimas da educação.

Para falarmos em métodos didáticos, é necessário observar a evolução histórica da educação de ensino e aprendizagem, Martins (2011, p.05) declara sobre a aprendizagem receptiva e passiva: “Aprender era sinônimo de memorizar e repetir”. Conclui-se que a Didática preocupa-se com as condições de aprendizagem, e com os sujeitos envolvidos, ou seja, alunos e professores.

No aspecto histórico da educação, muitos filósofos acrescentaram alternativas didáticas á educação, segundo Martins (2011, p.14): “Comenius, Rousseau, Pestalozzi, Herbart e Dewey são os principais representantes da evolução do pensamento didático, até o século passado”.

No Brasil em 1549, dá-se inicio a Educação formal, conforme Martins (2011, p.11) “O plano de instrução se manifestava no Ratio Studiorum, originário da Europa e utilizado pelos jesuítas do mundo todo, e aqui no Brasil representou a pedagogia Tradicional Religiosa”.

Um modelo, hierárquico e autoritário é um exemplo da segunda vertente educacional aqui no Brasil, onde o professor é o centro do processo do aprendizado, denominada Pedagogia Tradicional Leiga, que é separada a teoria e a prática, conforme Martins (2011, p.12) “Este enfoque didático supõe a atividade docente totalmente autônoma em relação á política, dissociando educação e sociedade.”.

O contraponto á pedagogia do modelo hierárquico e autoritário, veio com a Escola Nova, onde possui seus objetivos concentrado no aluno, procurando uma sociedade igualitária e mais justa, e que o estudante adapte-se ao seu ambiente social, segundo Martins (2011,p.12) “O marco inicial se dá com o lançamento do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932”.

O Escolanovismo que defende uma didática de base psicológica, a partir da década de 60, começa a ser trocada pela nova perspectiva didática, a Tecnicista. Conforme Martins (2011, p.13) “Derivou daí uma Didática que pode ser chamada de Tecnologia Educacional, na qual a eficiência e a eficácia do processo ensino-aprendizagem passam a ser as preocupações básicas.”

Neste contexto é feito uma organização racional do processo de ensino, com a elaboração de livros didáticos, o professor passa usar os materiais prontos. Para Martins (2011 p13):

[...] O ensino tecnicista é compartimentalizado, fragmentado e também dissociado da realidade sociopolítica, acentuando-se, ainda mais, o fosso entre teoria e prática. O professor é transformado em um mero executor de planejamentos preconcebidos. Muito do formalismo

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