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RESENHA "LIGANDO FRUGIVORIA E DISPERSÃO DE SEMENTES À BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO"

Por:   •  13/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.069 Palavras (5 Páginas)  •  368 Visualizações

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RESENHA

"LIGANDO FRUGIVORIA E DISPERSÃO DE SEMENTES

À BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO"

Professora: Michele S. Gonçalves                        Disciplina: Ecologia Tropical

Acadêmico: Heitor Ferreira Gomes                Biologia 8º Período

        O artigo aborda o tema da dispersão de semente e seus fatores como, por exemplo, a interação entre as plantas e os animais frugívoros, mostrando que a dispersão das sementes vai muito além da ideia superficial de que seja meramente um transporte das sementes de um local para o outro.

        O texto deixa claro que o processo de dispersão é de grande importância e imprescindível para a perpetuação da maioria das espécies vegetais, ressaltando que não é apenas o valor numérico de indivíduos da espécie que aumentara, mas também o aumento da variabilidade genética da espécie. Entretanto os vegetais podem sofre influência demográfica. Assim os animais frugívoros podem limitar o crescimento populacional das plantas de duas formas: A quantidade de sementes que eles dispersam é insuficiente, ou qualidade de dispersão é baixa, ou seja, dispersando as sementes para locais inapropriados seja pela alta competitividade com outras sementes, seja pelos locais impróprios para que essas sementes se desenvolvam. Esses consequentemente aumenta a taxa de mortalidade das sementes, limitando o desenvolvimento e perpetuação das populações vegetais.

        Entre os processos de limitações que se originam no estágio de dispersão das sementes o autor cita quatro conceitos chaves para essa problemática. São eles: Limitação na produção de fruto ou limitação de fonte, limitação de dispersão, limitação de recrutamento e limitação de estabelecimento.  A limitação de fonte é causada principalmente pela polinização ineficiente, conflitos de alocação de recursos, predação de flores e predação pré-dispersão das sementes. A limitação de recrutamento abrange todos os estágios entre a remoção dos frutos e o estabelecimento dos adultos, embora ela seja mais aplicada aos estágios após a deposição das sementes pelos dispersores. A limitação da dispersão engloba a remoção e a deposição das sementes. Isso inclui todos os processos que podem limitar o número de sementes que chegam a locais seguros. Por fim a limitação de estabelecimento, que é o resultado da dispersão de má qualidade realizada pelos dispersores. Isto implica em dizer que a ineficácia do estabelecimento não está diretamente ligada com a quantidade de sementes dispersas, mas principalmente com a qualidade do local onde essas sementes foram depositas pelos seus dispersores.

        Os benefícios que as plantas recebem ao ter suas sementes dispersar por animais além do aumento do numero de indivíduos das espécies, é o aumento da variabilidade genética que as populações dispersas apresentam. Estes fatores contribuem de forma positiva para o fortalecimento das espécies e a colonização de novas áreas para a mesma. Porém problemas ambientais como a fragmentação do habitat, extração seletiva da madeira e a extinção local dos animais de grande porte os principais dispersores a longa distancia, podendo implicar na perda considerável de diversidade, reduzindo a poucos indivíduos um conjunto outrora grande de indivíduos geneticamente relacionados.

        A defaunção é outro ponto que afeta negativamente a dispersão. Podemos dizer que se trata da redução ou até mesmo a extinção local de espécies frugívoros de grande porte, e está associado com a caça predatória, desmatamento, efeito de borda entre outros. Quando isso ocorre, as espécies vegetais, principalmente as que produzem grandes frutos, sofrem com a falta dos seus dispersores. A diminuição das populações vegetais interfere no fluxo gênico das mesmas, e aumentando também o risco de contaminação das sementes com patógenos em função das mesmas passarem a ficar por mais tempo disponíveis no solo. Por outro lado A diminuição da biomassa de grande porte favorece as espécies de médio e pequeno porte, pois tem a chance de aumentar suas populações consideravelmente em áreas defaunadas como resultado da falta de competidores e predadores.

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