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UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS

Por:   •  5/12/2018  •  Resenha  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  240 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA [pic 1]

Campus Juvino Oliveira

Credenciada pelo Decreto Estadual Nº 7.344 de 27.05.1998

Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais

Curso de Ciências Biológicas

Matéria: Didática.

Docente: José Lucio

Discente: Alisson Soares Moreira – 3º Semestre.    Data: 23/11/2015

RESENHA: “UM DISCUSSO SOBRE AS CIENCIAS”

A obra nós apresenta análise sobre “Um discurso sobre as Ciências”. A crise como identificar a ciências no tempo que vivemos.

Boa ventura baseia-se nas obras de Rousseau “Discours sur Le Sciences et lês Arts”, de 1750, onde buscou respostas simples e elementares, por exemplo como se caracteriza a ordem cientifica hegemônica, assim analisando as condições teóricas e sociológicas sob a crise dessa hegemonia, propondo um perfil cientifico e emergente sob essa condições.

A ordem cientifica dominante que vem na obras como “O paradigma dominante”, versa sobre o modelo de racionalidade que vem como herança do século XVI e consolidado no século XIX.

Essa nova racionalidade vem despontando uma única forma de alcançar o conhecimento verdadeiro que era decorrente de seus próprios princípios epistemológicos e de suas regras metodológicas. Apresentando um modelo de saberes aristotélicos e medievais. Rebelava o conhecimento científico e conhecimento do senso comum, duvidava das evidências da experiência imediata e do senso comum e buscava respostas na observação científica sistemática, rigorosa e controlável dos fenômenos naturais, opunham-se natureza e pessoa humana, buscando conhecer a natureza para poder controlá-la e dominá-la. 

Para que fosse feito uma observação e experimentação que convertesse a um conhecimento mais intenso e rigoroso da natureza, aplicava-se, como instrumento privilegiado de análise, a matemática. A matemática consentia que a natureza, bem como os seus fenômenos, fossem analisados e estruturados sob dois pilares, quantificação como sinônimo de conhecimento, pelo emprego rigoroso das medições e redução da complexidade do mundo, por meio da divisão e classificação sistemática havendo assim divisão primordial em que as condições iniciais, reino da complicação e do acidente, onde é necessitava selecionar as condições a serem observadas e leis da natureza reino da simplicidade e da regularidade, onde há a possibilidade de se observar e medir de forma rigorosa a natureza. 

Assim que foram descobertas das leis da natureza, o isolamento das condições iniciais evidentes, foram produzidos resultados independentemente do lugar e tempo das condições iniciais, o conhecimento fortuito da ciência moderna que buscava entender o “como” ao invés do “por quem” ou “para que”, ocasionaram, dentre outras consequências, a previsibilidade dos fenômenos naturais. É por meio dessa suposta previsibilidade que se firmou o conhecimento na ideia de ordem e equilíbrio do mundo, sendo este “estável” e “determinável” por meio de leis físicas e matemáticas que poderiam o decompor. Eis aí o fundamento do chamado determinismo mecanicista que irá sustentar a ciência moderna o mundo-máquina, com a sua ideia de um mundo conhecível pela decomposição dos seus elementos constituintes.

Se tratando um modelo de racionalidade hegemônica daquela época, a ciência moderna, por intervenção de precursores como Bacon, Vico e Montesquieu, não demorou a permeabilizar o campo do comportamento social. Como bem afirma o autor, “tal como foi possível descobrir as leis da natureza, seria igualmente possível descobrir as leis da sociedade”. (Santos, Boaventura de Sousa, 2008, p. 32).

Então, ao meio do século XIX, a urgência das chamadas ciências sociais, as quais admitiram duas correntes diferentes de assimilação do modelo mecanicista, aplicava, dentre as possibilidades existentes, os princípios epistemológicos e metodológicos do estado da natureza, ciências sociais como extensão das ciências naturais e estabelecia uma metodologia própria para as ciências sociais, com base na “especificidade do ser humano e sua distinção polar em relação à natureza” (Santos, Boaventura de Sousa, 2008, p. 34).

A princípio a eminencia defendia a aplicação de um modelo de ciências sociais construindo a partir de pressupostos das próprias ciências naturais, tendo imediatamente um caráter de conhecimento universalmente válido. Como apresentava Boaventura, ao esclarecer essa corrente, “Portanto, por maiores que sejam as diferenças entre os fenômenos naturais e sociais é sempre possível estudar os últimos como se fossem os primeiros” (Santos, Boaventura de Sousa, 2008, p. 34). 

A segunda eminencia irá em defesa de uma metodologia própria, em que as dificuldades em concordar que os dois campos das ciências, naturais e sociais, são instransponíveis. O fundamento trás esse pensamento é a subjetividade do comportamento humano, o qual, revestindo-se de complexa estrutura, não pode ser analisado e explicado da mesma maneira que é explicada a natureza por suas características exteriores observáveis. Como destaca o autor, ao explicar a segunda corrente, “a ciência social será sempre essa ciência subjetiva e não objetiva como as ciências naturais; tem de compreender os fenômenos sociais a partir das atitudes mentais e do sentido que os agentes conferem às suas ações, para o que é necessário utilizar métodos de investigação e mesmo critérios epistemológicos diferentes das correntes nas ciências naturais” (Santos, Boaventura de Sousa, 2008, p. 38).  

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